Quando o estúdio Nook Architects achou que tinha encerrado o ciclo de reformas em um prédio de Barcelona com os projetos Casa ROC³, Twin House e Roc Cube, um quarto apartamento ficou vago. Com o sucesso das outras obras, o convite para fazer mais um retrofit foi quase automático. Experientes em encontrar soluções para o local, as ideias surgiram naturalmente e o processo para erguer G-Roc foi o mais prático entre todos.
O primeiro passo foi uma espécie de reaproveitamento dos materiais usados nas outras obras. O mesmo tipo de revestimento, como o piso em peças hexagonais e os armários para a cozinha, foram aplicados no imóvel. Porém, neste, o teto com meio metro a mais de altura possibilitou a construção de um ambiente de madeira com uma cama em um nível superior, liberando espaço no piso. Com isso, nasceu um cômodo multiuso, que pode ser usado como sala de estar, home office ou closet.
Nos outros apartamentos, para aumentar metragem, os arquitetos tiveram que incorporar a área externa à interna. Já em G-Roc, que possui uma galeria interna em vez de varanda, o charme de se ter um recanto a céu aberto falou mais alto. Entretanto, as paredes que separavam o interior do exterior foram colocadas abaixo, conjugando a pia do banheiro a essa área luminosa. Com essa mudança, mesmo as áreas reservadas, como o chuveiro, ganharam espaço.
O resultado final não poderia ser outro: um lar cheio de soluções criativas, com muitas cores e diversas texturas. O espaço, que não era dos maiores, foi melhor aproveitado e a decoração contemporânea deu novos ares à morada. Assim nasceu um quarto elemento para uma tríade de residências que já haviam provado ser sucesso absoluto.
Uma das características mais especiais do ser humano é a singularidade. Cada indivíduo faz escolhas que somente dizem respeito a si mesmo e são estas que definem quem ele realmente é. Foi com base nesse pensamento que o designer Dragos Mortica criou a luminária "/" para a marca romena Ubi Kubi.
Quando o consumidor abre a caixa do produto recém-adquirido, ele é confrontado por um desafio. O pendente cilíndrico, inspirado em instalações industriais, é feito de cortiça, concreto armado, grade metálica, corda de escalada, LED, contraplacado de bétula e carretel de fios de alta tensão. Junto a ele vem uma pedra para que o objeto seja customizado. É ai que deve ser feita uma decisão: deixar a peça como está ou torná-la única?
"Ultimamente, tudo o que importa para nós é como podemos manipular mentalmente o valor de um objeto ao passá-lo através do nosso filtro pessoal. Ao quebrar "/", você se torna o designer de um objeto único. Ao deixá-lo intacto, você optou por um objeto em série simplesmente porque gosta dele assim. Então você já está tomando uma decisão muito subjetiva", explica Mortica.
Dessa forma, além de um acessório altamente adaptável, a luminária "/" coloca nas mãos do cliente uma porção de conceitos opostos: novo/usado; estético/antiestético, inteiro/quebrado, em série/único, impessoal/pessoal, comum/particular. Cabe a cada um decidir.
Dizem que os gatos são animais independentes, mas quem tem um bichano desses em casa sabe que eles também têm momentos em que gostam de ficar perto dos donos, seja ao pé da cama, numa almofada do sofá, passeando por entre as pernas ou mesmo sobre a mesa de trabalho. Por isso, aqueles que trabalham em casa não raro encontram seus gatos postados sobre o laptop. E aí, vem a difícil missão de afastá-los dali.
Para evitar que donos e bichinhos tenham de passar por essa situação, o arquiteto chinês Hao Ruan desenhou uma escrivaninha que permite o convívio entre eles, mesmo na hora do trabalho: a CATable se compõe de um tampo de madeira maciça com superfície plana e túneis esculpidos à mão, por onde os felinos podem circular à vontade, pertinho dos donos, mas sem atrapalhá-los. “Uma cavidade no tamanho ideal pode ser irresistível para os gatos. A curiosidade deles será satisfeita ao explorarem os caminhos desconhecidos que estão por trás de cada buraco”, explica a equipe de design do escritório LYCS Architecture, que é liderado por Hao Ruan e fica em Hong Kong.
Além dessa incrível característica, a mesa se destaca também pela beleza do trabalho na madeira, e pelos finos pés, também de madeira, posicionados em ângulo, que receberam resina pigmentada para torná-los mais escuros. Lançada durante a semana de design de Milão, em abril, a peça amplia a lista de móveis idealizados para uso dos animais domésticos, como é o caso do projeto Architecture for Dogs. “Esta escrivaninha permite a interação desejada por donos e animais. É uma mesa para os humanos, e um paraíso para os gatos”, finalizam os designers da LYCS.
Ele cortou os cachos. Ainda sim, a cara de menino esconde os 40 anos de muita ralação. Para quem pensa que “virar artista” é algo que acontece da noite para o dia, repare na história de Henrique Oliveira, que participou de importantes bienais e de exposições em lugares como o Palais de Tokyoe o Château de Chaumont, mas já fez de um tudo: entregou pizza, colheu tomate cereja de joelhos, cavou uma trincheira, entregou jornais, trabalhou como pedreiro assentando azulejos, fez estamparia de camisetas, vendeu seus quadros por 150 reais e fez animações. “É preciso ser um pouco vagabundo para ser artista”, ele me disse em seu ateliê, na Lapa, em uma sexta-feira a noite, ao som de Queens of the Stone Age. Depois de ouvir toda a sua história, eu diria “É preciso ter muita coragem e força da vontade para ser artista”.
Ele nasceu em 1973, em Ourinhos, no interior de São Paulo, e cresceu nadando em rios e cachoeiras, entre poltronas e mesas da loja de móveis dos pais. Aos 16 anos, veio para São Paulo para estudar. “Não sabia que existia faculdade de Artes Plásticas e resolvi tentar arquitetura e publicidade”, explica o artista. Logo, ele viu, no entanto, que o curso da ESPM não iria satisfazê-lo e resolveu estudar inglês em Cambridge. “Ia voltar para o Brasil dali 5 dias, quando conheci um israelense que incentivou a ir trabalhar em seu país. Desmarquei a passagem e fui”. Henrique é assim. Tranquilo, ele deixa a vida lhe levar. Este jeitão sussa dele de ser, aliás, já ficou bastante claro quando visitei a montagem de Transarquitetônica, no Mac: “brother” dos assistentes, mas ainda consegue ser respeitado como “chefe”... ali no meio deles comendo churrasco, pão de queijo e tomando cerveja na caneca.
Formou-se publicitário e começou seu primeiro curso de pintura com Paulo Whitaker e Celso Orsini, enquanto fazia pequenos jobs em agências para se sustentar. Olha ele aí fazendo o que dava na telha: “Em um Natal fui para Ourinhos e não voltei mais”. Montou, então, um ateliê na antiga marcenaria de seu pai, na qual começou a fazer estampas de camisetas com um amigo. Nas horas vagas, pintava. Os quadros? Eram vendidos por 150 reais. “Gostava mais de pintar e ganhava mais dinheiro com os quadros do que com a estamparia”, se diverte o paulista que, nesta época, chegou pintar uma boate em Ourinhos.
Quase dois anos depois, voltou para a cidade grande para se dedicar exclusivamente à pintura. No MUBE, retomou as aulas com Paulo Whitaker e conheceu seu novo ídolo: Nuno Ramos. “Gostei das colagens dele e do jeito que ele pintava aglomerando coisas do mundo real” – foi aí que Henrique, sem saber, começou a se destacar como pintor nada clássico: se Nuno oferece a própria desconstrução da ideia de pintura –ainda na década de 1980, usava graxa, estopa, pedaços de madeira, entre outros materiais que tivesse à mão –, Henrique se destaca no mercado de arte contemporânea internacional com suas “pinceladas de madeira”, enquanto muitos de sua geração se limitam a lutar com as tintas.
Explico: Foi ainda durante o curso na ECA que o artista começou a olhar com carinho para as lascas de madeiras que evoluiu para a série Tapumes – apesar das expressivas (e um tanto psicodélicas) pinturas, são as instalações de Henrique, que desafiam a arquitetura e questionam a maneira como a sociedade olha para as favelas, que andam ganhando notoriedade internacional. “Na época da faculdade, ninguém tinha dinheiro para comprar material e muitos alunos usavam materiais de construção. Além disso, estava estudando desenhos sem profundidade, o que me levava a um interesse especial para a pesquisa de materiais dentro da própria linguagem da pintura”, conta o artista.
Os pedaços de tapumes, então, logo viraram suporte para suas tintas esmaecidas e, aos poucos, foram ganhando corpo tridimensional. “Comecei fechando ambientes com as madeiras pintadas. Quando percebi que elas eram flexíveis, comecei a usar tubos de PVC e compensado para dar-lhes forma”.
Tapumes, 2009, na Rice Gallery, Houston
Um dos “tumores” de Henrique em formação
Tapumes, apresentado no Ateliê Amarelo, em 2005: os tubos de PVC começam a ser usados para dar as formas mais arredondadas
À esq., o canto da pintura em seu ateliê para os momentos mais solitários; à dir., uma das primeiras obras da série Tapumes, feita na Funarte, em 2003. Aqui, Henrique ainda não brincava com volumes ou cavernas... Mas já dialogava com a arquitetura do espaço expositivo
No espaço onde trabalha com os tapumes, móveis feitos de papel machê
À esq, Turbilhão para Turner, de 2007; à dir., SteamBoat in a SnowStorm, obra de William Turner que inspirou Henrique
Tudo começou, portanto, como pinceladas pouco tradicionais e se transformou em obra instalativa. Nas palavras de Ricardo Resende:
“Não é tinta, mas os próprios restos de madeira que dão o colorido a suas “pinturas”. Passariam longe de pinturas construtivas formais. Estariam mais para a arte abstrata gestual diante da aparente despreocupação na sobreposição das lâminas de madeira.(...) São as mesmas ondas dos mares revoltos vistos nas pinturas do inglês William Turner (1775-1851). Ou o mesmo desprendimento do gesto de pintar ou intervir na superfície da tela visto na obra do norte-americano Jackson Pollock (1912-1956), com suas pinturas de ação que registram o gesto de jogar-se sobre a tela”.
Não à toa, Henrique foi chamado para fazer uma homenagem a Turner, no British Council, em 2007. Coloque uma obra ao lado da outra...o diálogo é impressionante e belo. Henrique foi, assim, se apaixonando pelas lascas que retirava dos tapumes. “Gosto das diferentes camadas e das veias, que criam uma noção de movimento para a obra final.”
O turning point de sua carreira, segundo o artista, tinha sido um dois antes, com sua participação em uma exposição no Centro Universitário Mariantonia, para a qual fez uma escultura de tapume levemente arredondada, e, em seguida, no Ateliê Amarelo, usando tubos de PVC. Nesta mesma época, ele começou a olhar para os tapumes para além da atração pictórica. “Na verdade nunca tive a intenção de criticar nada, mas esta discussão, da relação entre as ocupações urbanas desordenadas e os problemas do corpo humano (as doenças e o câncer) surgiu a partir de uma pesquisa estética e material. Foi a parir daquilo que eu estava fazendo que pensei no trabalho com esta metáfora: ele dava forma ao modo como a sociedade, os políticos, a mídia, sempre trataram as formas “favelizantes” de ocupação dos espaços vazios das grandes cidades”, esclarece. – daí as formas parasitas, que lembram tumores, de algumas de suas esculturas.
Na mostra Itaú Contemporâneo – Arte no Brasil 1981-2006, ele cria, pela primeira vez, uma instalação com a ideia de uma casa, ou melhor, uma caverna, em uma clara inspiração na primeira grande instalação de que se tem notícia, a Merzbau (1937), do alemão Kurt Schwitters. “É uma referência para todas as minhas instalações que permitem a entrada do corpo. Merzbau é um trabalho muito importante, mas que pouca gente viu porque foi destruído na segunda guerra”.
Vista interna e externa de A Origem do Terceiro Mundo, 29ª Bienal de São Paulo
Baitagogo, em 2013. O nome da obra elaborada para o Palais de Tokyo, em Paris, foi inspirado por um personagem do livro The rawandthecooked, deleviStrauss. Baitagogo foge para a floresta e uma árvore começa a crescer em suas costas
Desnatureza, de 2011, na GalerieVallois, em Paris
A ideia evoluiu, e Henrique ganhou confiança para um diálogo cada vez mais radical com os espaços expositivos – pense nos trabalhos apresentados na Bienal do Mercosul de 2009. A história da arte apareceu mais uma vez em A origem do terceiro mundo, apresentada na Bienal de São Paulo, em 2010. Ali, ele retomava a tela A origem do mundo, de Gustave Courbet e nos convidava a explorar as entranhas de sua gigantesca “pintura” (voltando, mais uma vez a Merzbau) ou do útero da mulher – para quem visitou, lembre-se: para atravessá-la era necessário encolher-se como um feto. “É uma pintura que pulsa. Um corpo vivo que parece crescer e se expandir”, descreveu Resende. No título, uma ironia ressalta as condições da existência de um “terceiro mundo”, o que transforma a instalação em obra política.
Note: O diálogo com Courbet não se restringe a este trabalho. O francês pintou também muitas cavernas e mares revoltos. São paisagens e vistas marítimas com viés romântico e cavernas que nos convidam a penetrar em seus interiores escuros e úmidos. Outros pintores que Henrique admira? Paul Cézanne, Édouard Manet, Gerard Richard, Willem de Kooning e Peter Doig. “Mas não gosto dessa pintura realista do Gerard Richard. Prefiro as abstratas”, esclarece antes que eu anote qualquer coisa no meu caderninho! Comentário que faz bastante sentido quando ele comenta suas obras “As minhas instalações são pinturas feitas com algo que pertence às ruas e o mundo real [tapumes], e não apenas uma tentativa de representação literal desta realidade”.
Quando idealizou Baitogogo, exposta no Palais de Tokyo, ele começou a pensar sobre as estruturas arquitetônicas racionais e minimalistas. “Outro aspecto que me interessa é a transição pela qual a matéria prima passa: a madeira vem da natureza; é cortada em estruturas geométricas para ser usada pelo homem; em seguida, é descartada. Aí pego de volta este material rejeitado e o transformo em obra de arte, cujo formato retoma a forma orgânica original”, explica. Não à toa, sua Transarquitetônica, exposta no Mac de São Paulo até 30 de Novembro, é não só a maior, mas a mais completa obra de Henrique: na entrada, a representação do cubo branco (ápice da arquitetura racional) que, aos poucos, começa a se ramificar e ganha paredes de barro ( referência direta às favelas e às construções vernaculares). Estes espaços, em seguida, se transformam em túneis de madeira que terminam em “raízes” feitas a partir de árvores do Ibirapuera. “Não é só um objeto, mas uma experiência completa. Quero instigar todos os sentidos quando as pessoas andam dentro da obra: a textura, o cheiro e o som das lascas de madeira quebrando quando pisadas”.
Ou seja, Henrique começa no museu, passa pelas favelas e termina na natureza. Aqui, ele fala dos três principais aspectos de sua obra: 1. A escultura como pinturas tridimensionais e as lascas como pinceladas. 2. Discussão sobre a maneira como as favelas são vistas pela sociedade (um tumor arquitetônico!) e questionamento da arquitetura racional. 3. A própria origem, destino e formas da madeira, sua principal matéria prima.
Em Transarquitetônica, Henrique parece desviar das colunas de Oscar Niemeyer, mas expor em um prédio que virou ícone da arquitetura moderna foi crucial no momento de elaboração da obra. “O ideal utópico de Niemeyer é muito distante da realidade do resto do país. Minha vontade era, portanto, desconstruir este espaço e convidar o publico a se desligar desta realidade organizada”, aponta.
No texto de Tadeu Chiarelli, curador da mostra: O artista não projetou mais um espaço de passagem, de travessia. Transarquitetônica não se configura somente como tal, mas como um lugar, um trabalho de arquitetura que engloba pintura e escultura. Vivenciando seus diversos ambientes, ao mesmo tempo em que recebe vários estímulos que envolvem praticamente todos os seus sentidos, o visitante é instado a refletir sobre as diversas transformações passadas pela arquitetura desde o racionalismo modernista – que é a tônica que rege o edifício de Niemeyer onde a peça está inserida – até as cavernas que serviam de abrigo ao homem e à mulher há milênios.
Se o próprio Henrique já declarou que gostava de desenhar “coisas ligadas ao terror” desde pequeno, o curador Tadeu Chiarelli parece definir com precisão uma misteriosa incoerência: “Henrique continuou realizando suas pinturas de aparência agressiva e estridente, o que seria uma contradição frente à sua personalidade tão plácida, se a pintura – ou a arte como um todo – fosse uma mera expressão do “eu” do artista”. Com a roupa suja de tinta e um sorriso sereno constante, ele explica: “Sou um cara do mato”.
Entrada da garagem-ateliê de Henrique e um dos cantos de pintura
Pinceis e mesa de pintura: apesar do sucesso das instalações, ele não parou e não pretende parar de pintar suas telas ultra coloridas
À esq., canto do ateliê com tela de um de seus assistentes; a dir., sua “coleção” de lascas de madeira que fica do lado de fora do ateliê
Em Realidade Líquida, de 2012, as paredes da Galeria Millan ganham vida. Aqui fica claro: a obra de Henrique é viva e pulsa
Henrique em ação: muitas vezes, ripas de madeira são usadas para dar forma a suas instalações
Em Realidade Líquida, de 2012, as paredes da Galeria Millan ganham vida. Aqui fica claro: a obra de Henrique é viva e pulsa
Os livros dos pintores que Henrique admira como Gerhard Richter ficam protegidos... há tinta para todos os lados. No banheiro das meninas, umaimpressão de A origem do universo
Espaço e tempo para pintar: as vezes Henrique precisa mergulhar nas tintas e telas
Tapumes, apresentados em 2005, no Centro Universitário Mariantonia: foia primeira vez que ele começou a arredondar as lascas de madeira
Tintas, tintas e mais tintas. Henrique não poupa pinceladas espessas em suas telas
Primeira instalação da série Tapume, feita em 2003, na ECA...no início, o interesse era apenas pela plasticidade do material. Repare: esta instalação parece uma pintura plana com pinceladas em tons de pele e azul
Detalhe de obra no ateliê: as ripas de madeira são presas cuidadosamente para dar forma ao “tumor” que envolve um aparador
Escultura Boxoplasmose, de 2011 – o artista busca inspiração na biologia e doenças do corpo humano
Bololô, de 2011, “ataca” a arquitetura do SmithsonianNationalMuseumofAfricanArt se enrolando nos pilares do espaço expositivo
Em Transarquitetônica, exposta no Mac até novembro deste ano, o diálogo é com o desenho de Niemeyer
Interior de Transarquitetônica: o espectador começa a experiência em um cubo branco, passa por paredes de barro, chega às cavernas de Henrique e sai pelas raízes - origem do material mais usado pelo artista
Se a ordem da atualidade é reaproveitar, um grupo de jardineiros ao redor do mundo tem se destacado pela criatividade além da conta. A nova tendência em paisagismo e reutilizar vasos quebrados e transformá-los em verdadeiros jardins de fada.
Com castelos, passarinhos e flores de gesso, a técnica, além de dar beleza aos ambientes, também é um socorro financeiros aos profissionais, que vez ou outra se deparam com um vaso trincado. A arte tem chamado a atenção pela beleza e possibilitado uma nova forma de presente para os amantes da natureza.
A curiosidade de Luis Herman tem lhe rendido ótimas idéias e trabalhos incríveis. O fotógrafo se interessou recentemente pelas energias que nos cercam diariamente, principalmente as ondas wifi, e com ajuda da tecnologia as tornou visíveis, o que até em então era desconhecida pela maioria.
Denominado Projeto Digital Ethereal, Luis usou um dispositivo chamado Kirlian para revelar e colorir as ondas energéticas, como o wifi. “Acredito que a nossa interação com esta paisagem de sinais eletromagnéticos, descrito por Antony Dunne como hertziana espaço, pode ser caracterizada nos mesmos termos que os fantasmas e espectros. Ambos são entidades paradoxais, cuja substância atípica lhes permite ser uma presença invisível”, diz o fotógrafo em seu site pessoal.
Para os interessados em ver suas próprias ondas wifi, Luis criou um aplicativo para Android chamado Kirlian Device Mobile. De acordo com ele, o dispositivo permite aos usuários detectarem as energias em seu entorno.
Instalação Project Brazil, 2014, feita de fios de cobre, design de Analogia Project, Giorgio Bonaguro e Marco Guazzini
Em 2013, o curador e colunista de Casa Vogue Waldick Jatobá e a coordenadora de eventos Kátia d’Avillez criaram um evento para reunir designers, artistas, empresários e galeristas. Desde então, a Made fez tanto sucesso que ganha uma edição pop-up durante o festival Design Weekend, em São Paulo.
A versão cápsula da mostra traz designdo Brasil, Itália e Polônia entre 14 a 17 de agosto, no mezanino do Shopping Cidade Jardim. No período, quatro exposições acontecem por lá.
Project Brazil é uma instalação com fios de cobre inspirada na fiação emaranhada e exposta do Rio de Janeiro e São Paulo. A autoria é dos escritórios italianos Analogia Project, Giorgio Bonaguro e Marco Guazzini. Já The Spirit of Poland mostra a produção contemporânea do design polonês.
Os jovens designers do grupo (In)vasão expoem pratos decorativos, rasos e de sobremesa revelando o seu universo criativo. Outra exposição será destinada à série de cadeiras Zia, desenvolvida pelo atelier Marko Brajovic. Apesar de montadas com MDF cortado por robôs, as peças remetem às cadeiras de palhinha tradicionais brasileiras. "Chamamos este processo criativo de artesanato digital'", conta Brajovic, que também assina a cenografia da Made.
Outro destaque da feira são os fóruns que abordam temas como Design Thinking e Design Contemporâneo Italiano. As palestras acontecem em inglês e terão 40 lugares disponíveis.
Made Pop-up
Data: de 14 a 17 de agosto
Local: Shopping Cidade Jardim, 3º andar
Endereço: Av. Magalhães de Castro, 12.000 - São Paulo, SP
Horário: quinta-feira, das 16h às 22h; sexta e sábado, das 14h às 22h; e domingo, das 14h às 20h
Zia, 2014, de MDF, do atelier Marko Brajovic
Grupo (in)vasão. Da esquerda para direita: Carol Gay, Bruno Simões, Leo Capote, Marcelo Stefanovicz, Ana Neute e Rodrigo Almeida
Poltrona Acaú, estrutura de alumínio revestida com falsos corais, 1,45 x 0,9 m
O designer Sérgio Matos ganhou fama (e algums prêmios) por criar móveis inspirados no artesanato da cidade onde mora, Campina Grande, na Paraíba. Agora, vai mais longe e apresenta móveis que incorporam falsos corais, adornos criados com coral moído pelas marisqueiras da praia de Acaú, no litoral sul do estado.
Mesas laterais, uma poltrona e uma luminária fazem parte da mostra Corais de Acaú, que acontece entre 14 e 16 de agosto na loja Gabinete D Imagem, durante a mostra Design Weekend, em São Paulo. A pequena exposição, com sete itens, tem curadoria de Beto Cocenza e dos proprietários do espaço, Eduardo Machado e Wair de Paula.
Além de conhecer as novidades, os visitantes poderão rever e brincar com o balanço Bodocongó, criado com colheres de pau, estrutura de aço carbono e revestimento de cordas. O item fez parte do Projeto Balanço, em que designers são convidados a criar uma peça para o jardim do Museu da Casa Brasileira.
Corais de Acaú
Local: Gabinete D Imagem
Endereço: rua Estados Unidos, 273 – Jardim Paulista , São Paulo, SP
Data: de 14 a 16 de agosto
Horário: segunda a sexta, das 10 às 19h; sábado, das 10 às 16h
Mesa lateral Acaú, 60 x 40 cm, estrutura de aço carbono revestida com falsos corais
Balanço Bodocongó, 2013, criado com 40 colheres de pau, estrutura de aço carbono e revestimento de cordas
Quem troca de casa com frequência sabe: guarda-roupas são peças pesadas e difíceis de transportar. A designer holandesa Renate Nederpel resolveu inovar e criou um móvel que, como o seu conteúdo, pode ser dobrado e levado a qualquer lugar.
Chamado de Pop-Up Linen, o armário é formado por um tecido de algodão sustentado por quatro varas de pinho cruzadas. Duas réguas menores entre as varas contribuem para o apoio. Basta remover as abas nas laterais para desmontar a peça, com design semelhante a um origami. O móvel tem um cabideiro e vem em duas versões: uma medindo 1,6 x 2 x 1 m; e a outra, 50 x 70 x 35 cm.
"O corpo robusto, com suas quatro pernas, confere ao guarda-roupa uma feição quase humana", diz Renate, de 29 anos. A jovem gosta de dar aos móveis que desenha uma cara amistosa - criando peças com molduras pouco rígidas, corpos macios e texturas convidativas. Com isso, tenta fazer os objetos transmitirem aos ambientes conforto, calor e familiaridade - tudo que deseja quem vive de mudança.
“O que é prático é belo”, instituía como conceito primordial o estilo Shaker, iniciado no século 19 por membros da comunidade religiosa de mesmo nome. Tendo a funcionalidade como principal objetivo das construções, móveis e objetos que criavam, os artesãos shakers estabeleceram um novo paradigma para o design, em que a ornamentação deveria ser evitada. A estética seria consequência do bom desenho, e não uma meta do processo de criação.
Esse modo de pensar marcou definitivamente a história do design, e sua influência se mantém até os dias de hoje, como se observa na coleção de móveis do designer inglês Torsten Sherwood, inspirada nesses princípios. “O trabalho dos shakers era baseado na produção artesanal e no bom uso dos materiais. Dado que o feitio é tão importante para o design e para a arquitetura, eu acho admirável que eles tenham buscado o caminho da simplicidade e do bom-senso em tudo que produziram. E, como eles, espero mostrar que uma solução eficiente na técnica é eficiente na estética também”, diz Sherwood.
A coleção do designer, lançada no Salão Satélite durante a semana de design de Milão em abril deste ano, inclui três tipos de móveis: a cadeira Homage, a escrivaninha Banca e os banquinhos Pew e Throne. Em todas as peças se revela a simplicidade do desenho, mas com soluções inovadoras que privilegiam a ergonomia e a funcionalidade, além de explorar as possibilidades da madeira. “Os bancos são um bom exemplo disso: da junção das ripas nascem o assento em forma de V e uma estrutura bem forte. Embora tenham desenhos intricados, as peças são fáceis de produzir, por isso acredito que representem a essência do design, em que se combinam produção eficiente e toques poéticos”, finaliza o designer.
Construída em 1920 e localizada na área de Silver Lake Hills, em Los Angeles, o estilo desta casa é o que se convencionou chamar Spanish Colonial. O cliente, um jovem casal de empresários, queria uma casa que fosse fácil e prática, tanto para receber amigos, como para lidar com um dia a dia que envolvia filhos e cachorros - mas que ainda assim fosse aconchegante e confortável. Coube então a Krista Schrock e David John Dick, fundadores da firma Disc Interiors, transformar a charmosa propriedade num lar que correspondesse às necessidades dos moradores. “O casal gosta de design e realmente aprecia a qualidade de peças artesanais e objetos vintage”, comenta Krista sobre a experiência. “Eles entendem o nosso conceito de misturar o novo e o antigo. Foram ótimos de se trabalhar e tivemos muita liberdade para fazer o que achávamos serem as melhores opções.”
Já no hall de entrada os decoradores fizeram uma homenagem à profissão do casal através de uma elegante luminária tubular minimalista (desenho de Billy Cotton), que faz referência ao ramo de tecnologia em que o marido trabalha. Foi preservado o lindo teto de madeira pintado com motivos art déco e que já existia na casa, herança dos donos anteriores. “Nós queríamos acentuar as tintas metálicas no teto: ouro, prata e cobre; por isso escolhemos a luminária de tubos polidos de Billy Cotton para fazer uma conexão com as linhas do teto e dar um brilho ao espaço. As formas delicadas do lustre contrastam com as referências pesadas das vigas”, explica Krista.
Na sala de estarcombinou-se peças artesanais e vintage, como é o gosto do casal. O sofá principal e pufe, que serve também para armazenamento, foi desenhado pela própria dupla do Disc, com tecido da Pindler & Pindler (sofá), e da Zak & Fox (pufe). Já o sofá perto da lareira é da Lawson Fenning. Para reforçar o toque clássico, o ambiente recebeu um antigo armário espanhol de madeira, uma cadeira com encosto alto e tecido cinza da Ralph Lauren, e a cadeira em couro marrom do designer dinamarquês Borge Mogensen.
Na sala de jantar, uma mesa redonda com tampo de madeira e base de metal, da Thomas Hayes Gallery, deixou bastante espaço para as cadeiras da Hollywood at Home - e conforto para as pernas. Iluminando o ambiente, um lustre da Apparatus e um abajur moderno da Vintage Marx.
Também desenhada pela Disc, a cama do quarto de hóspedes usa tecido da Templeton, papel de parede inspirado em madeira da Nobilis e luminária retrô da One Forty Three.
Por todo o projeto, as paredes brancas e as abundantes janelas dão aos espaços bastante luz, criando ambientes despojados e que realçam o design das pecas usadas. “É o contraste de luz e escuridão, novo e antigo. Tentamos usar isso como um tema desse projeto, pois as casas de estilo espanhol tendem a ser mais sombrias, pesadas”, comenta Krista. “A ideia foi trazer luminosidade e elementos leves para equilibrar o lar”.
Decortrico apresenta tecidos com fios softy touch e seridó, delicados ao toque e antialérgicos
Cerca de 180 expositores trazem produtos de 23 países para a Craft Design, feira de negócios focada em utensílios domésticos, objetos decorativos e moda, que acontece de 14 a 17 de agosto nos 6.200 m² do Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo.
A ideia é apresentar as tendências nas áreas de decoração, design e arte. As empresárias Daniela Cecchini e Elaine Landulfo selecionaram os expositores, cujos estandes vão desde os itens para casa a produtos infantis, roupas e jóias.
São esperados por volta de 7 mil visitantes nessa 25ª edição do evento semestral. Podem participar da feira apenas profissionais do setor.
O evento apresenta ainda três atrações. A exposição Promenade – Um passeio pelo design holandês mostra os destaques dos últimos 25 anos do desenho industrial no país. O designer Sergio Mattos, premiado por seus objetos inspirados na cultura popular brasileira, dará a palestra "A importância do objeto artesanal brasileiro no mercado nacional". Visitantes também podem conferir a palestra Interior View Pantone 2015, criada por Blanca Liane Cernohorsky, diretora executiva da empresa Lexus Groupe, que representa a Pantone no Brasil.
25ª Craft Design
Local: Centro de Convenções Frei Caneca
Endereço: rua Frei Caneca, 569, 5º andar, São Paulo, SP
Data: de 14 a 17 de agosto
Horário: das 10h às 20h; dia 17, das 10h às 19h
Confira abaixo alguns dos lançamentos da Craft Design 2014.
A argentina Kom apresenta seus tecidos decorativos
A empresa Minúsculos destaca os híbridos entre móveis utilitários e brinquedos para crianças
Abajur de porcelana feito com xícaras e bules, de Rina Ammar
Gaveteiro com rodízios acoplados, da Girante
Vaso de porcelana pintado à mão, do atelier Patrícia Virmond
O designer Leonardo Bueno apresenta suas esculturas com madeira de diferentes lugares do Brasil
A designer Ana Morelli traz almofadas da marca AnaMor, cujas estampas digitais foram inspiradas nas memórias afetivas da criadora
Luminária da Brother Wood
A designer Adriana Yazbek apresenta luminárias elaboradas com seda e papel japonês
O estúdio LG traz seus objetos decorativos feitos com madeira reciclada, como esse robô, misto de brinquedo e luminária
A artista Eleonora Hoshino apresenta seus objetos decorativos compostos por chapas de aço cortadas a laser e montados sobre base de madeira
Graças a amplas janelas e portas piso-teto de vidro, a luz banha esse hall de entrada, criado pela moradora na cidade de Apeldoorn, Holanda. A luminosidade permitiu pintar as esquadrias de preto e adotar móveis e adornos escuros, como a escrivaninha, as luminárias e os vasos de flores. Os tons claros vêm do piso, da cadeira Eames e do armário de madeira. O arranjo equilibrado passa a sensação de tranquilidade. Uma estátua representando Buda, apoiada sobre uma mesa lateral, dá o tom étnico visto no resto da casa.
Engana-se quem pensa que os famosos só comem comidas requintadas, ou até mesmo vivem em restaurantes luxuosos. No dia a dia, as celebridades encaram de tudo e compartilham com seus seguidores nas redes sociais suas paixões gastronômicas.
A atriz Carolina Ferraz, por exemplo, adora dividir suas receitas saudáveis, inclusive as que escolheu para o cardápio da festa de Casa Vogue neste mês de agosto, da qual ela é capa com seu novo apartamento em São Paulo. Já a cantora e atriz mexicana Thalia tem um gosto bem duvidoso. A eterna “Maria do Bairro” já compartilhou um sanduíche de vermes, que segundo ela, estava crocante.
Veja abaixo os gostos e momento de gula dos famosos na hora das refeições!
Longe da televisão desde que deixou a Record, em 2012, Gugu Liberato já mostrou que é um chef de primeiro. O apresentador cozinha com os filhos...
... e ensinou seus seguidores um macarrão com salsicha
Carolina Ferraz já lançou até um livro com suas receitas favoritas. Na foto um bolo de banana...
... e nesta outra, um dos quitutes escolhidos pela atriz para o petit comité de Casa Vogue, em agosto de 2014, quando Carolina foi capa da revista com seu apartamento de São Paulo
E quem disse que modelo não come? Olha ai o café da manhã de Alessandra Ambrosio
Um dos momentos de gula de Beyoncé, que pelo visto adora frutos do mar
Nada de caviar! Eike Batista gosta mesmo é de um fast food
Até a apresentadora Luciana Gimenez, que é defensora da barriga negativa, não resiste ao tradicional balde de frango americano
Outra das paixões gastronômicas de Eliana são esses palitinhos de tapioca com queijo
Olha o café da manhã de Flávia Alessandra. Reforçado, não?
Fiuk é do time dos amantes dos restaurantes japoneses
Olha um dos cafés da manhã de Eliana
Bruno Gagliasso ama tanto comer bem, que tem até um restaurante italiano
E parece que a mulher de Gagliasso, Giovanna Ewbank, também gosta de um carboidrato. Olha os sonhos que a atriz compartilhou com seus seguidores do Instagram
Isis Valverde já se declarou uma formiguinha...
... mas o que deixa a atriz feliz mesmo é o macarrão com queijo da mamãe
Grazi Massafera costuma manter a dieta até na hora de brincar com a filha. Na foto, a atriz compartilhou o café da manhã ao lado de Sofia, quando tomou suco verde no lugar do café...
... Agora é só a família de Grazi Massafera desembarcar em São Paulo, que o bolo de milho ganha o coração da atriz
Neymar recebe convites para os jantares mais refinados do mundo, mas é o tradicional bife acebolado com salada e frituras são os pratos que fazem os olhos do jogador brilharem
Marcos Mion já é do time dos mais regrados. O apresentador compartilha apenas comidas saudáveis
Deu até água na boca esses quitutes publicados pelo fundador do Facebook, Mark Zuckerberg
Olha o Obama ai se acabando com uma pizza!
Bem diferente de Oprah Winfrey, que compartilhou o resultado da feira que fez
Apetitoso o macarrão de Justin Bieber, não?
Como uma boa moradora dos Estados Unidos, Taylor Swift não abre mão dos donuts
Será que é bom? Thalia compartilhou um sanduíche de verme que preparou para o jantar
Sthefany Brito não só gosta de um bom doce, como os prepara. Na foto, o brigadeiro e o brigadeirão são obras da atriz
Outra apaixonada pelo brigadeiro é Sophie Charlotte
Que tal uma sopa de Peru, como a compartilhada pela atriz Zooey Deschanel
É de dar água na boca o famoso 'pf', prato feito, da apresentadora Sarah Oliveira
A versão light do momento de gula de Luciana Gimenez...
Se depender da Orlean, o frescor da primavera não tomará conta apenas dos jardins nos próximos meses. A marca de tecidos e papéis de parede traz para o Design Weekend 2014 - entre os dias 14 e 17 de agosto, em São Paulo - sua nova coleção, intitulada Living Garden.
Durante o evento, o público poderá conhecer de perto os tecidos com cartela de cores em tons de azul, verde e mesclas de branco. Listras, xadrezes, ikats e desenhos abstratos, dentre outras estampas, são os fortes da coleção. A linha tem assinatura da diretora e fundadora da marca, Simone Orlean.
Aproveitando a ocasião, a marca também promoverá uma oficina de customização de almofadas com retalhos de tecidos e todo tipo de aviamento. A aula será liderada pela gerente da área de tecidos da Orlean, Ana Claudia Antonio, que antes apresentará a coleção Living Garden.
Lançamento da Coleção Living Garden e oficina de customização de almofadas
Local: Orlean
Endereço: alameda Gabriel Monteiro da Silva, 1914 – Jardim América, São Paulo, SP
Oficinas: 14 e 15 de agosto
Horário: 15h
Email para inscrição: marketing@orlean.com.br
Luminária Cherry, de aço pintado de dourado, design Nika Zupanc
“Você conhece um país através da arte criada neste local. O nosso design foi construído com base na história, nos materiais que tínhamos disponíveis, nas possibilidades de construções e nas visões culturais”, explica André Bastos, designer e curador da La Lampe. A marca, que busca se aprofundar nas raízes do Brasil, é responsável pela exposição Luz e Arte na Terra do Sol, que acontece em parceria com a Galeria Eduardo Fernandes durante a terceira edição do Design Weekend.
Entre 14 e 17 de agosto a loja da La Lampe, localizada na Alameda Gabriel Monteiro da Silva, recebe uma exposição de arte ao mesmo tempo que apresenta seus novos artigos de iluminação, criando um paralelo entre a criação artística e a do design. Tanto as obras de Vicente Mello, Mai Britt Wolthers, Gabriel Petito e Alessandra Azambuja quanto as peças de design têm inspiração na luz solar. No caso das luminárias, pendentes e abajures, ela é representada pelo dourado e pelo cobre.
Exposição Luz e Arte na Terra do Sol
Local: La Lampe
Endereço: Alameda Gabriel Monteiro da Silva, 1258, São Paulo, SP
Data: 14 a 17 de agosto
Luminária pendente Tom Tom, de madeira e alumínio pintado de branco, design Nada se Leva +
Instalações da exposição Luz e Arte na Terra do Sol
Luminária Krisalide redondo, de alumínio e madeira maple, design Andrea Cerretelli e Fabiana de Andrade
Instalações da exposição Luz e Arte na Terra do Sol
A luminária pendente Palitos, criada pelo estúdio Dominici tem releitura assinada pela La Lampe. Nela os acabamentos foram modernizados com varetas brancas
Luz e Arte na Terra do Sol
Criada originalmente em meados dos anos 1970 pelo estúdio Dominici, a luminária de parede Bengala está sendo reeditada pelo Studio La Lampe com o mesmo design, porém com novas tecnologias
A luminária Bengala na versão lustre, também um desenho da década de 1970 que está sendo reeditado com novas tecnologias
Luminária pendente Kilter, de aço e madeira freijó, design Nada se Leva +
Luminária Cherry, de aço pintado de dourado, design Nika Zupanc
Com 190 m² de área, o apartamento da arquiteta Letícia Nobellfica na cobertura de um edifício localizado em meio ao burburinho da rua Oscar Freire, nos Jardins, em São Paulo. Quando adquiriram o imóvel, Letícia e seu marido logo vislumbraram a chance de transformar aquele lugar em uma morada com clima de casa de praia.
A ideia de obter ambientes que conciliassem conforto, personalização e um visual descontraído induziu à escolha por peças de estilos dos mais diversos. Revestimentos que remetem ao urbano, como o cimento queimado Dalle Piagge, foram combinados com móveis rústicos e de design étnico, caso do armário abaixo do espelho, no acesso à varanda. No living, peças de linhas mais contemporâneas, como o sofá cinza fornecido pela Dpot e o rack na sala executado pela AS Móveis, dividem espaço com a madeira de demolição.
Tanto nas áreas de vocação mais social, quanto os quartos empregaram uma paleta de cores neutra, que versa entre o branco, o cinza e o preto.
O projeto de iluminação apostou em muita luz indireta por meio de abajures e de pontos de luz colocados nos vasos. Na área interna, também há spots embutidos no forro de gesso. Já na varanda/espaço gourmet, foram utilizadas cordoalhas eletrificadas com spots industriais sob as telhas metálicas, mantendo coerência com a proposta mais despojada.
No apartamento da arquiteta, a área de lazer se destaca, com um ambiente a céu aberto e outro protegido por um telhado metálico. O deque de madeira de demolição executado pela Lavoro & Arte foi determinante para criar uma atmosfera de veraneio. Além do aspecto estético, o deque desempenha também um papel funcional. Elevado a 17 cm, ele esconde os encanamentos do condomínio e permite fácil acesso no caso de alguma manutenção na infraestrutura hidráulica.
A cidade de Krumbach, na Áustria, tem apenas mil habitantes e belas paisagens alpinas. Inserida na região de Vorarlberg, que é reconhecida internacionalmente por sua arquitetura sustentável e que faz bom uso da madeira, Krumbach já teria atrativos suficientes para os visitantes que passam por ali, porém a associação cultural da cidade decidiu incentivar ainda mais o turismo com o projeto BUS:STOP, que promove o que há de melhor no local, ao reunir arquitetura, cenários deslumbrantes e a habilidosa mão de obra da região.
Arquitetos de sete renomados escritórios de diversos países foram convidados a criar abrigos de pontos de ônibus que não apenas se tornassem marcos na paisagem, mas também dialogassem com ela, além de servirem como espaços de encontro para a população. “Queríamos unir a expertise da arquitetura internacional, com seus diversos pontos de vista, à nossa cultura”, contam os organizadores do projeto, da associação Kultur Krumbach.
Arquitetos famosos como Sou Fujimoto, do Japão; e Wang Shu, chinês ganhador do prêmio Pritzker; além de profissionais da Espanha, Bélgica, Chile, Rússia e Noruega passaram três dias na região para conhecer a cultura e o trabalho dos construtores locais. O intercâmbio resultou em projetos que ficaram prontos este ano. Há desde uma simples caixa envidraçada com teto de concreto e uma casa de passarinho acoplada, que se assemelha a uma sala de estar, assinada pelo chileno Smiljan Radic; a uma pequena “floresta” de finas estacas de aço brancas que dão suporte a degraus de madeira, criada por Sou Fujimoto.
“A ideia é que todos possam subir a escada do ponto de ônibus e aproveitar a vista panorâmica da cidade”, diz o arquiteto japonês. Projetos e construções foram documentados em fotos, que ficarão em exposição no Vorarlberger Architektur Institut, em Dorbin, na Áustria. “As menores formas apresentam os maiores desafios da arquitetura. Somente os melhores conseguem obter algo grandioso numa escala pequena”, diz Dietmar Steiner, um dos curadores do projeto.
Que as escadas servem para subir e descer, todo mundo sabe. Mas além do seu uso básico e essencial, historicamente as escadas também têm sido utilizadas como assento. E de um jeito bastante democrático, afinal, quem nunca se sentou no degrau de uma escada? Nas escolas e faculdades, é comum os alunos ficarem nas escadarias, batendo papo ou estudando. Os degraus também servem de assento aos profissionais que fazem uma parada rápida para o almoço nos centros urbanos. E apoiam pedintes, fumantes e turistas.
Partindo da observação desse uso, o designer canadense Geof Ramsay percebeu que a escada tem um valor prático e estético que vai além de seu propósito original. E que seu formato atende perfeitamente à funcionalidade de um assento. Criou então um banco multiuso, chamado de Steps, composto de uma estrutura que suporta três degraus profundos. Na plataforma do meio, se encaixa um encosto destacável. “Ele pode ser um assento com duas mesas laterais, ou dois assentos e uma mesa. Ao enxergarmos para além de sua função essencial, podemos achar alternativas de uso para diversos objetos, até mesmo de uma escada”, fala Ramsay.
Feito com chapas compensadas de madeira maple, o móvel acompanha uma placa que serve como escosto no degrau do meio, mas pode ser facilmente retirada, uma vez que ela fica apenas encaixado numa abertura da base. Almofadas para assentos, e também para o encosto do segundo degrau deixam o banco mais confortável. Elas podem ser revestidas com tecidos de diferentes cores, à escolha do cliente.
Depois de conquistar notoriedade no Museu de Arte Moderna de Nova York - MoMA, e no Salão do Móvel de Milão, chegou a vez da Seletti trazer para o Brasil uma de suas coleções mais irreverentes. Trata-se da Toilet Paper, uma linha de peças bem humoradas para a cozinha inspirada nas obras dos artistas Maurizio Cattelan e Pierpaolo Ferrare, feitas para a revista da qual a coleção empresta o nome.
Para o lançamento que acontece hoje na loja Firma Casa, durante o São Paulo Design Weekend, ninguém menos que Stefano Seletti, proprietário da empresa, desembarca no país para receber convidados no evento Boteco Seletti.
Além da Toilet Paper, o público poderá conhecer de perto outras novidades da marca, como a linha de lumináriasMultilamp e os porta-trecos Suburbia. Design que une funcionalidade e muito estilo.
Boteco Seletti
Local: Firma Casa
Endereço: alameda Gabriel Monteiro da Silva, 1487, São Paulo, SP
Data: 14 de agosto
Horário: de 19h às 23h