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Gente Novos Talentos


Família unida com harmonia e sutileza

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  (Foto: Toshiyuki Yano)

Se há um elemento a favor do qual tudo parece conspirar na residência construída em Yoro, no Japão, é o equilíbrio visual. Assinado pelo arquiteto Keiichi Kiriyama, do Airhouse Design Office, o projeto atende de forma criativa a uma das principais demandas dos clientes – permitir que a presença da família pudesse ser sentida em casa a todos os momentos. Para tanto, a solução foi colocar praticamente toda a residência em um só ambiente, com a única exceção sendo os quartos, localizados num bloco à parte.

A estética escolhida manteve as características industriais do galpão - por todo lado, são visíveis as vigas brancas que sustentam o lar. A principal fonte de luz artificial provém de lâmpadas sem cúpulas, que pendem do alto teto, um detalhe cuja crueza contribui para o look fabril. Com o cair do sol, a luminosidade que emana desses pontos flutuantes atribui um ar romântico e etéreo ao espaço. Tal qualidade, contra o pano de fundo formado pelo telhado de duas águas e pelas delicadas e inúmeras vigas, empresta à casa certo lirismo reminiscente do origami.

  (Foto: Toshiyuki Yano)

Além da intensa convivência entre os membros da família, a grande vantagem oferecida por um espaço altamente integrado é a liberdade para dimensionar cada área. Neste caso, a paixão do casal de proprietários pela culinária traduziu-se em uma cozinha excepcionalmente comprida, em torno da qual o restante dos espaços foram organizados. Enquanto a bancada daquele ambiente se estende livremente, outros espaços são delimitados de forma mais precisa. Um exemplo é uma pequena sala de estar em frente à cozinha, que se restringe exatamente à área do tapete sobre a qual repousa.

De veia minimalista, a decoração foi pensada para preencher o espaço de forma delicada, sem excessos. O resultado é uma composição clean, na qual elementos de personalidade podem se destacar, a exemplo das cadeiras Standard (mesa de jantar) e Antony (sala de estar), de Jean Prouvé, ou a eterna Panton na área elevada.

Presente tanto dentro quanto fora, a natureza pontua a decoração na forma de diversos vasos, e aumenta a sensação interna de bem-estar. A leveza da madeira que compõe parte do mobiliário, além dos tetos e da parede, é sublinhada pela claridade natural que adentra as claraboias e as grandes janelas retangulares, iluminando o suave e harmonioso projeto. O piso, de imaculada brancura, faz parecer que o conjunto todo flutua sobre luz.

  (Foto: Toshiyuki Yano)

 

  (Foto: Toshiyuki Yano)

 

  (Foto: Toshiyuki Yano)

 

  (Foto: Toshiyuki Yano)

 

  (Foto: Toshiyuki Yano)

 

  (Foto: Toshiyuki Yano)

 

  (Foto: Toshiyuki Yano)

 

  (Foto: Toshiyuki Yano)

 

  (Foto: Toshiyuki Yano)

 

  (Foto: Toshiyuki Yano)

 

  (Foto: Toshiyuki Yano)

Xícaras reproduzem casinhas portuguesas

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  (Foto: Divulgação)

Andando pela pequena Ílhavo, no noroeste de Portugal, a ilustradora Fernanda Massotti era diariamente agraciada pela arquitetura típica da cidade, repleta de casas coloridas e cheias de vida. Diante da beleza que preenchia seu cotidiano, lhe ocorreu uma ideia: desenhar porcelanas voltadas para o público infantil. A paisagem urbana cheia de vida foi então reproduzida na coleção Bairro das Flores, para a marca Vista Alegre Atlantis.

Os conjuntos são compostas por duas, três ou quatro xícaras, e sua graça está no fato de serem empilháveis. Quando devidamente colocadas umas sobre as outras, as peças formam pequenas casas, sendo que cada xícara representa um andar. Por dentro, todos os "pavimentos" possuem  detalhes minuciosos como flores, vasos, varandas e objetos decorativos que recriam ambientes domésticos.

Com isso, a artista diz pretender estimular o imaginário das crianças durante as refeições, mostrando a importância do convívio familiar, mas de uma maneira que elas imaginem quem mora nas casinhas – já que os ambientes não tem figuras humanas, apenas pistas de que elas estiveram ali.

O trabalho de Massotti teve início em 2012 quando ela entrou no programa de estágios da fábrica de porcelanas Vista Alegre Atlantis. Nele, artistas plásticos, designers e arquitetos participam durante três meses de laboratórios criativos onde desenvolvem projetos que podem ser produzidos pela empresa – exatamente o que aconteceu com a criação da ilustradora.
 

  (Foto: Divulgação)

 

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  (Foto: Divulgação)

Um guia de viagens para poucos e bons

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   (Foto: divulgação)

São praticamente infinitas as opções de guia para os viajantes do século 21. Mas a miríade de exemplares que enche pratelerias de livrarias em todo o planeta não parece ter intimidado Nabil Sabio Azadi, cuja proposta no livro For You The Traveller foge bem do comum. Lançada em 2012, a obra é uma espécie de hot list com os contatos de 27 pessoas espalhadas por todo o mundo. Tais indivíduos compartilham histórias de vida e de viagens e, mais importante, prometem prestar apoio a qualquer pessoa que, portando o livro, passar por eles em suas viagens.

De caráter exclusivo, For You The Traveller tem tiragem de apenas 200 cópias. Cada edição é impressa em papel reciclado, encadernada à mão e encapada com pele de coelho reaproveitada. Para Azadi, um jovem de 21 descendente de iranianos e neozelandeses, uma das principais intenções por trás do livro é oferecer uma experiência capaz de mudar vidas. “Já recebi mensagens de pessoas que dizem que não pretendem viajar com o livro, mas que a leitura por si só foi bastante impactante."

A ideia de Azadi, que conhece pessoalmente cada um dos 27 participantes, era incluir pessoas de diferentes idades, etnias e profissões. O fio condutor entre tantas personalidades seria uma inclinação para ajudar viajantes, tanto na prática quanto em modos mais espirituais.

Ficou interessado? Este link aqui dá todas as instruções para adquirir o livro.

  (Foto: divulgação)

 

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  (Foto: Angela Ferro)

Décor do dia: cozinha nada convencional

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  (Foto: Fraser Marsden)

São poucas as escolhas tradicionais na decoração desta cozinha em Melbourne. O projeto do escritório Edwards Moore renovou o lar, outrora uma dependência de empregados. Alguns de seus aspectos originais foram mantidos, como a estrutura antiga da parede, que expõe tijolos em certos pontos. Mas a originalidade não parou por aí. A mesa, de madeira sem tratamento, tem corte assimétrico e não há duas cadeiras iguais a cercarem-na. Há também a luminária que esbanja personalidade e – talvez a cereja do bolo – um crânio que repousa sobre um nicho na parede. Como é o caso de toda boa decoração, está aí um espaço que desperta curiosidade acerca de seu dono.

Giro Casa Vogue: Descubra as melhores lojas de decoração em Fortaleza com Inês Cavalcante e Mônica Albuquerque

Arte cinética ocupa galeria em Ipanema

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  (Foto: Divulgação)

Em comemoração aos seus 40 anos, a Galeria de Arte Ipanema inaugura no dia 3 de setembro a mostra Cinéticos: Arte em Movimento, com a qual pretende exibir trabalhos de alguns dos maiores expoentes da corrente artística que rompeu com a condição estática da obra: Jesus Soto, Cruz-Diez, Julio Le Parc, Vasarely, Luis Tomasello e Abraham Palatnik.

A arte cinética tem como proposição o movimento na estruturação da obra. Esse movimento não necessariamente se faz de forma física. O meio óptico, como trabalhos que se transformam à medida que o observador muda de posição, é um dos mais explorados.

Apesar de seus princípios terem surgido anteriormente a 1955, foi nesse ano que ganhou força - e nome - com a exposição Le Mouvement, na galeria Denise René, em Paris. Na oportunidade, o novo conceito que surgia foi recebido com enorme resistência, pois não se enquadrava em nenhuma das técnicas comuns às obras da época. Hoje, mais de 60 anos após seu surgimento, a corrente é considerada uma das mais importantes e criativas manifestações artísticas da história.

“A exposição é uma oportunidade rara de se ter uma visão geral do melhor da produção cinética mundial”, afirma Luciana Sève, sócia da Galeria. A conferir!

Cinéticos: Arte em Movimento 
Local: Galeria de Arte Ipanema  
Endereço: Rua Anibal de Mendonça, 27 - Rio de Janeiro 
Data: de 3 de setembro a 15 de outubro de 2013 

  (Foto: Divulgação)

 

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Uma imagem para a sexta… (#52)

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  (Foto: Fabio Cançado / reprodução)

A imagem dessa sexta é um clique inspiradíssimo do mineiro Fábio Cançado. Essa foto integra a mostra A Visita do Olhar da Sombra, que segue até 06 de setembro no Gabinete D, em São Paulo, na qual o fotógrafo explora um elemento-chave da fotografia: a sombra. Nesta série, Cançado elege a burca – uma espécie de “sombra tridimensional em movimento”, como ele próprio descreve – como objeto.

A foto aí de cima mostra uma figura feminina vestida com uma burca espelhada (feita especialmente para o projeto) e me chamou atenção pela estética, mas também tinha me deixado bem intrigada. Então resolvi perguntar ao Fábio Cançado qual tinha sido a motivação dele para essa foto. E ele me contou o seguinte:

“O espelho é uma interpretação ao contrário da burca como sombra. Esta é uma mancha fechada que não reflete nada. No caso, aqui, criei uma espécie de ‘fantasia da reflexão’. O espelho reflete a luz e a realidade. E a própria ideia do lago – e desta figura à beira dele, uma espécie de narciso – também brinca com a ideia da reflexão”.

Belo incentivo para um fim de semana iluminado, não?

 

  

Arthur Casas recebe Carlos Junqueira

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  (Foto:  )

O arquiteto Arthur Casas recebeu no início da semana em sua residência um seleto grupo de amigos para comemorar o aniversário do empresário Carlos Junqueira. Carlos é proprietário da Espasso - galeria e loja de mobiliário brasileiro instalada em Nova York, Los Angeles e Londres. Entre os convidados, estiveram grandes personalidades da arquitetura, do design e da arte nacional.

Confira em nossa galeria quem prestigiou o evento!

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Nesta galeria você vê fotos de Adriana Trussardi , Aline Trindade, Ana Joma Fasano, Ana Nasser, Andrea Junqueira Tovar, Arthur Casas, Beco Dranoff, Camila Carmina, Carlos Junqueira, Carlos Motta, Cláudia Moreira Salles, Eduardo Leme, Elisa Stecca, Etel Carmona, Fernando Mendes, Gisele Schwardsburd, Isabella Giobbi , Kelly Lobos, Ligia Casas, Luisa Moraes, Marcelo Bratke, Mariannita Luzzati, Renata Aragão, Rodrigo Botti, Romeu Trussardi, Scott Mitchen, Sibila Motta, Silvia Prado, Virgilio Viana e Zanini de Zanine.
 

 


 


Alexandre Mazza

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  (Foto: Divulgação)

Uma das boas surpresas da semana foi poder ter ido à abertura da exposição do artista plástico Alexandre Mazza no Rio de Janeiro.

Com curadoria de Bernardo Mosqueira, Mazza transformou todo o espaço da galeria num grande espaço de luz. Os trabalhos, quase todos formados por caixas de luz com cenários minuciosamente desenhados. O artista explorou diversos materiais e técnicas para produzir todos os trabalhos e conseguiu reunir varias equipes de especialistas, como por exemplo, o maquetista de 74 anos que produz manualmente todos os objetos que vão compor o cenário idealizado pelo artista (destaque para as miniaturas das cadeiras Diz do designer Sergio Rodrigues que o artista usa em vários trabalhos), o vidreiro que produz vitrais similares as catedrais europeias, entre outros.

Desafiando a gravidade e ao mesmo tempo, criando grande impacto, Alexandre coloca na árvore da frente da galeria uma grande casa toda feita de neon criando uma inédita e bela instalação. Num exercício de criatividade e parceria, Alexandre criou a mesma cena em escala reduzida e convidou Zanini de Zanine para desenvolver a base que sustenta o trabalho.

  (Foto: Divulgação)

 

  (Foto: Divulgação)

 

  (Foto: Divulgação)

 

  (Foto: Divulgação)

Setembro 2013 (#337)

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  (Foto: Denilson Machado/ MCA Estúdio)

Editorial

33 Taissa Buescu apresenta a edição

Antena

36 News: Exposições mundo afora e um hostel-boutique no Rio

50 Expo: Arte feita a partir de azulejos, pedras e outros materiais

54 Shopping: Tons primários, secundários e terciários no décor

60 Shopping On-line: Flores inspiram objetos para a casa

62 Bienal: A inventividade é tema de mostra em Porto Alegre

64 Design: O melhor das feiras de agosto realizadas no país

76 Biodesign: Criações se propõem a mimetizar a natureza

Estilo

82 Ideia: Objetos únicos tiram partido da experimentação

84 Tendência: Preto e branco em versão artsy

90 Paredes: Papel, tecido, mosaicos de vidro... a ordem é colorir!

98 Coreia: Artistas e designers do país ganham destaque

104 Inspiração: Peças que adicionam frescor e leveza à decoração

106 Arquitetura: A cor como diferencial em projetos atuais

110 Produto: Vasos de diferentes estilos para decorar o living

Gente

114 Em Casa Com: A morada minimalista de Flavio Borsato

122 Expert: As paletas do momento de quatro grandes nomes

126 Confidencial: Beatriz Milhazes fala à Casa Vogue

128 No Décor: O universo neutro de Debora Aguiar

134 Novos Talentos Casa Vogue: Desafios e aprendizado marcam as experiências dos participantes do projeto

142 Entre 4 Paredes: India Mahdavi e seu estilo neopop

Especial

149 Matizes da natureza em tecidos das mais diferentes texturas e composições

Universo Casa Vogue

164 Mesmo sem se conhecerem, Guilherme Torres e os moradores iniciaram a reforma da casa em São Paulo. O projeto deu à construção a vivacidade desejada

172 De um lado, o galerista Daniel Roesler. De outro, o arquiteto Ruy Ohtake. Da união desses talentos, nasceu uma residência cheia de estilo na capital paulista

180 Os longos invernos suecos não assustam os moradores de uma fazenda na pequena Trosa: eles vivem numa casa aquecida pelo estilo clássico e pelo colorido intenso

188 Existe cor em São Paulo: é o que prova este apartamento no qual cada cômodo exibe um tom diferente

194 Tonalidades cítricas e um quê de retrô são a tônica do projeto de Anthony Baratta para seu dúplex em Miami

204 Depois da reforma, a residência em São Paulo conquistou vivacidade e um visual cosmopolita com toques bem-dosados de turquesa, amarelo e berinjela

Lazer

212 Viagem: Museus ao ar livre para quem ama natureza e arte

218 Hotel: Um hot spot para curtir Veneza em alto estilo

222 Casa Vogue Evento: Inauguração do showroom Holly Hunt no Brasil e brunch no interior paulista marcaram o mês

Last Look

282 Tecidos tingidos com pigmentos vegetais

Viagem: arquitetura e design em Tóquio

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  (Foto: eefeewahfah (flickr))

Tadao Ando, um dos arquitetos mais influentes do Japão, disse certa vez que, trabalhando em Tóquio, pôde se convencer de que, “ao contrário do que muitas pessoas pensam, ela é realmente uma das cidades mais lindas do mundo”. De fato, é surpreendente descobrir a beleza da superpopulosa capital japonesa, que abriga mais de 13 milhões de habitantes em um cenário urbano caótico e diversificado. Destruída por um grande terremoto em 1923 e, posteriormente, na Segunda Guerra Mundial, a metrópole revela um interessante mix de arquiteturas moderna e contemporânea – de torres com estruturas pensadas para suportar os efeitos dos frequentes sismos a construções minimalistas e retrô, além de emaranhados de fios elétricos. E, ainda assim, consegue manter a aura tradicional japonesa na sua forma de apresentação: civilizada, limpa e silenciosa. É impecável tanto nas ruas quanto no metrô e até no táxi, cujo motorista usa luvas brancas.

Para o skyline em constante transformação, Tadao Ando e outros mestres da arquitetura contribuíram com obras-primas. Um exemplo é a Tokyo Sky Tree, a torre de TV mais alta do mundo, com 634 m, concluída no ano passado e projetada por Ando e pelo escultor Kiichi Sumikawa. Suba ao observatório e admire a visão panorâmica. Outros cartões-postais incluem a St. Mary’s Cathedral, do japonês Kenzo Tange, revestida com placas de aço inox, o Asahi Super Dry Hall, sede da marca de cerveja homônima, do francês Philippe Starck, e o Za-Koenji Public Theatre, cujo conceito de tenda fechada foi criado por Toyo Ito, ganhador do Pritzker deste ano.

  (Foto: divulgação)

São de Ito também os projetos da joalheria Mikimoto Ginza, como um tubo com aberturas irregulares, e da italiana Tod’s, inspirada na geometria de galhos e troncos. São muitas as lojas de grife assinadas por grandes arquitetos, boa parte na região de Omotesando e no bairro vizinho Aoyama. A flagship da Prada, de vidro esverdeado, dos suíços Herzog & De Meuron, é uma das que se destacam na paisagem. Em Ebisu, a Maison Martin Margiela ocupa uma antiga fábrica, com interiores que parecem uma megainstalação. No sofisticado bairro de Ginza, há a Tiffany & Co., obra de Kengo Kuma, que quis traduzir no prédio a forma como as pedras preciosas são cortadas, e a maison Hermès, concebida pelo italiano Renzo Piano, com blocos de vidro e inspiração nas lanternas japonesas.

Exemplares da arquitetura tradicional são raros na cidade, salvo joias como o santuário Meiji. Para ter contato como passado japonês, o minimalista Nezu Museum, desenhado por Kengo Kuma, abriga um jardim sagrado e mais de 7.400 peças – de objetos arqueológicos a cerâmicas. O museu 21_21 Design Sight – criado por Tadao Ando e sob direção de três famosos designers locais, Issey Miyake, Taku Satoh e Naoto Fukasawa – foca em exposições de design internacional. Tadao assina, ainda, o projeto da Yu-un, galeria particular de arte contemporânea do empresário Takeo Obayashi, marcada pelas paredes revestidas de azulejos de cerâmica com esmalte platinado, criados por Olafur Eliasson. Para conhecer a arte japonesa de hoje, o Hara Museum tem ótimas mostras. Ao roteiro artsy, vale incluir o National Art Center – maior museu do Japão –, ao menos para ver o prédio, de Kisho Kurokawa, com “ondas” de aço e vidro.

  (Foto: divulgação)

Aficionados do design têm duas paradas certas: a loja de Koichiro Kimura, conhecido por seus objetos laqueados, e a Found Muji, com peças do dia a dia garimpadas ao redor do mundo, ambas em Aoyama. O bairro Meguro também não pode faltar: é a Meca dos móveis e artigos avant-garde e vintage. É lá que está situado o escritório da marca Nendo, do designer Oki Sato, que só vende per request.

Fica também em Meguro o primeiro design hotel de Tóquio, o Claska, cujo espaço inclui galeria de arte e loja. Os quartos têm décor individual concebido por designers como Kaname Okajima e Torafu. Falando em hospedagem, o Hotel Okura, de 1962, possui o estilo modernista de Yoshiro Tanigushi. No rol de hotéis internacionais, o Ritz-Carlton Tokyo, na torre mais alta da cidade, de 248 m, integra o complexo de lojas Tokyo Midtown, com um andar inteiro dedicado a artigos para casa.

Quando cai a noite, Tóquio ganha vida em forma de neons. Um dos endereços preferidos pelos boêmios sofisticados é o Bar Trench, em Ebisu, com atmosfera vintage e um menu de 30 variedades de absinto. Aliás, come-se muito bem na capital japonesa. O Two Rooms Grill & Bar, sobre os telhados de Omotesando, exibe ambiente moderno de madeira, aço e vidro e é o favorito para saborear cortes do boi wagyu. Restaurante cool, o A to Z Cafe tem design (e obras) do japonês pop Yoshitomo Nara. E, para provar gastronomia contemporânea japonesa com princípios sustentáveis, o Narisawa, do chef Yoshihiro Narisawa, foi eleito este ano pela revista inglesa Restaurant o número um da Ásia. “A forma de cozinhar pode ser moderna, mas a essência é tradicional”, diz.

Tóquio é assim.

* Matéria publicada em Casa Vogue #336 (assinantes têm acesso à edição digital da revista)

  (Foto: Labeyrie & associés (flickr))

 

  (Foto: lesley (flickr))

 

  (Foto: camknows (flickr))

 

  (Foto: divulgação)

 

  (Foto: Haseo (flickr))

 

  (Foto: divulgação)

 

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Casal atrevido, arquiteto extremo

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  (Foto: Gui Gomes)

Eles ainda não se conheciam, mas já cultivavam o hábito de manter os olhos em permanente estado de atenção para tudo o que é belo, bom e inusitado. Quando se casaram, somaram antiguidades e obras de arte, grandes móveis e delicados mimos raros, livros e informações. O resultado poderia ser o desatino, o caos, a acumulação despropositada. Mas surgiu na vida do casal – uma advogada e um executivo – o arquiteto Henrique Steyer que, distante anos-luz de qualquer convencionalismo, é o autor do projeto de interiores desta casa de quatro níveis e 500 m² na capital gaúcha.

A moradora havia deparado com um trabalho do profissional em uma revista: “A matéria mostrava uma plotagem da cantora Madonna ao lado de uma espécie de tonel, o tipo de coisa que eu gosto”. A composição exibia ainda santos barrocos e um nu do artista plástico Alex Flemming. “Era uma mistura de sagrado e profano”, lembra Steyer. Quando os dois se encontraram, perceberam que não se tratava de acaso, mas de destino. “Ele logo se tornou alguém muito próximo”, conta a moça. O arquiteto confirma, lembrando que costuma viajar com os clientes em busca de novas e preciosas aquisições.

Em uma dessas jornadas, saindo do MoMA, em Nova York, viram um africano que expunha ráfias de diferentes cores, perfeitas para forrar as cadeiras da sala de jantar. Mas o dono das ráfias só aceitava dinheiro, e, na hora, o trio não dispunha da quantia requerida. Tudo bem, ele vendeu fiado, como se estivesse diante de velhos conhecidos. Steyer voltou com a proprietária para saldar a dívida, mas o rapaz havia evaporado. Só lá pelo terceiro dia reapareceu, para alívio dos compradores.

  (Foto: Gui Gomes)

São ideias originais, como essa, que aproximaram o arquiteto da família. Além, é claro, da capacidade que ele tem de reunir com bom gosto e irreverência calculada o acervo de que a casa dispõe. “Precisávamos de alguém que olhasse para o que já tínhamos e arranjasse tudo de modo a fazer sentido”, diz a moradora. Foi assim que as peças antigas ganharam, pelas mãos de Steyer, a companhia de móveis contemporâneos – alguns assinados pelo profissional, que acaba de lançar sua primeira coleção.

Além de promover esse diálogo entre épocas e materiais, ele mira certeiramente o espaço que cada item deve ocupar, da arte indígena às máscaras africanas. Um casulo assinado pelo artista Siron Franco, por exemplo, fica ao lado de anjos barrocos. “É a minha Madonna com o tonel”, compara a moradora, ao elogiar o talento do amigo para associar de forma instigante o que parece, à primeira vista, inconciliável.

O trabalho de Steyer não acaba. “Agora minha filha, aos 6 anos, decidiu que não é mais criança e o quarto dela está sendo refeito”, afirma a moradora. E, com tantas e constantes aquisições, não é mesmo possível finalizar. “Não quero que acabe”, ela fala. “Gosto de pensar que a casa é um organismo vivo, que muda à medida em que nós mudamos.” Steyer completa: “Há vários depósitos espalhados pela residência. Nós olhamos, pegamos alguma peça e damos um novo lugar a ela”. Mesmo assim, às vezes, um objeto acaba perdendo o seu significado aos olhos dos donos. Aí, ele vai para um leilão, geralmente no Rio de Janeiro ou em São Paulo. Se por acaso você estiver em um deles, pode ser o seu dia de sorte.

* Matéria publicada em Casa Vogue #336 (assinantes têm acesso à edição digital da revista)

  (Foto: Gui Gomes)

 

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  (Foto: Gui Gomes)

Décor do dia: alma do norte

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  (Foto: Marcin Ratajczak/ Mode:Lina Architekci)

Na casa localizada em Poznań, na Polônia, o escritório Mode:Lina Architekci concebeu um projeto fiel ao gosto do casal proprietário, amante da estética escandinava de design de interiores. Isso explcia a aposta no contraste entre o preto e o branco, além do uso de madeira clara no piso e na bancada da cozinha. A residência não esconde sua alma moderna, revelada em elementos como a crueza do concreto exposto do teto, a lareira e as grandes janelas que se abrem para o entorno rural. Para contrabalancear a simplicidade do visual contemporâneo, um sofá de camurça se posiciona aconchegante na sala de estar.

Giro Casa Vogue: Conheça boas lojas de decoração em Fortaleza com Inês Cavalcante e Mônica Albuquerque

Ruy Ohtake Tombamento

Antena Biodesign


Estilo Inspiração Equilíbrio

18 vasos de fazer inveja às flores

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  (Foto: Fáustulo Machado e divulgação)

Há séculos, os vasos marcam presença em moradas de inúmeras culturas. A Casa Vogue selecionou 18 lindos exemplares que se adaptam aos mais diferentes estilos de decoração. Lisos ou enfeitados, seus materiais variam desde a madeira ao cristal e os formatos vão do esférico ao retangular. Independentemente do modelo ou da textura, estes vasos emprestam charme a qualquer living!

Clique aqui para conferir a seleção!

* Matéria publicada em Casa Vogue #337 (assinantes têm acesso à edição digital da revista)

Novos Talentos falam à Casa Vogue

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  (Foto:  )

Em curso desde maio, o projeto Novos Talentos do Design Casa Vogue entra agora em sua reta final: a produção dos protótipos pelos alunos de arquitetura e design da FAAP junto às empresas parceiras –A Lot Of Brasil, Artefacto, Bertolucci, By Kamy, Deca, Empório Beraldin, Guardian, La Lampe, Mekal e Ornare.

Para selecionar os estudantes, o júri – composto por Adriana Benguela (representando seu sócio, Marcelo Rosenbaum), Claudia Moreira Salles, Edison Barone, Marco Aurélio Lobo Junior e Taissa Buescu – analisou fatores como criatividade, técnica, inovação, estética, funcionalidade e sustentabilidade dos projetos por eles apresentados. As duplas autoras das melhores propostas foram alocadas nas empresas participantes para uma experiência profissionalmente transformadora: o desenvolvimento do protótipo de suas criações. Para acompanhar e orientar os estudantes nesse processo, cada indústria destacou um coordenador interno, com supervisão do prof. Milton Francisco, da FAAP. Em novembro, todos os protótipos participarão de uma exposição no Museu de Arte Brasileira – MAB, naquela faculdade, com cobertura completa na Casa Vogue.

A seguir, os selecionados falam sobre os desafios enfrentados e o processo de crescimento pessoal nesse primeiro contato com a indústria.

  (Foto: Janete Longo e Marta Santos)

A Lot Of Brasil

Henrique Marques Fraga e Gabriela Junqueira Franco, estudantes de arquitetura, falam empolgados sobre o aprendizado no desenvolvimento de uma luminária de piso: “O processo está sendo melhor do que pensávamos, pois a vivência na fábrica é bem diferente do dia a dia em sala de aula. Percebemos que nem tudo é tão simples como imaginávamos. Levaremos essa experiência para o trabalho e para a vida”, diz Henrique.
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  (Foto: Janete Longo e Marta Santos)

Artefacto

As alunas de arquitetura Marcela Stecca Wandenkolk e Daniela Dias Garcia Diniz nunca haviam trabalhado com mobiliário e consideram benéficas as adaptações que estão sendo feitas no projeto ao longo dos meses para viabilizar sua produção. “A experiência tem de ser realista”, diz Marcela. A coordenadora Fernanda Vello reforça: “É importante os estudantes terem essa noção de que o que é bonito no papel nem sempre funciona no processo produtivo”.
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  (Foto: Janete Longo e Marta Santos)

Bertolucci

“Ter consciência do processo como um todo é muito importante. Isso certamente influenciará meu trabalho como arquiteta”, aponta Amanda Balthazar, que desenvolve, ao lado de Mara Liz Ferrentini, o protótipo de uma luminária de emergência com apelo estético. Para a coordenadora Eneida Bertolucci, a dupla de estudantes encontrou uma ótima solução para uma tipologia problemática. “O projeto é tão bem pensado que há várias opções de utilização do produto de forma decorativa”, afirma.
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  (Foto: Janete Longo e Marta Santos)

By Kamy

A possibilidade de trabalhar com tapeçaria foi o que instigou Fernanda Cristina Afonso de Almeida e Guilherme Vasconcellos do Amaral Filho, alunos de design de interiores. A experiência vem dando bons frutos: “Compreendemos que pensar o produto em sua totalidade faz parte do ofício do designer. Além disso, melhoramos nossa visão mercadológica”, comemora Guilherme. A By Kamy ainda contemplou uma segunda dupla com menção honrosa: Nicole Medaglia de Lima Nigro e Camilla Pinheiro Mattos também estão realizando um protótipo de tapete.
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  (Foto: Janete Longo e Marta Santos)

Deca

Durante a faculdade de design, as alunas Maria Eugenia Collaço e Thais Guimarães Costa já haviam trabalhado com cerâmica em aulas específicas. Contudo, ficaram impressionadas com as possibilidades ao visitar a fábrica da Deca. Foi então que decidiram apostar nesse material para realizar seu projeto. Segundo a coordenadora Fátima Barnabé, o aprendizado é mútuo: “Essa experiência nos traz frescor”.
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  (Foto: Janete Longo e Marta Santos)

Empório Beraldin

João Augusto Anfe e Souza e Jussara Fernandes dos Santos, alunos de design de interiores, não tinham experiência no ramo da estamparia até conhecer o Empório Beraldin. Agora, coordenados por Zeco Beraldin (à esq.), vêm aprendendo a explorar a padronagem que desenharam em bordados e outras técnicas. “Percebemos também a importância de considerar o uso que as criações terão. Isso influencia a escolha de materiais, tecidos e cores”, diz João.
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  (Foto: Janete Longo e Marta Santos)

Guardian

Projetar com vidro era, até agora, uma experiência inédita para as estudantes de arquitetura Luiza Maraschin Militão e Katty Stefanie Effa Kaitazoff, cuja criação surgiu a partir do aprimoramento de um trabalho desenvolvido na faculdade. A dupla demonstra entusiasmo: “Visitar a fábrica da Guardian e entender mais sobre o vidro e suas propriedades foi um grande aprendizado. Isso nos ajudou a adaptar o projeto ao material”, diz Katty.
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  (Foto: Janete Longo e Marta Santos)

Mekal

Ronaldo da Silva (ao centro) e Alan Patrício (à extrema dir.), alunos de design de produto, identificaram-se com a empresa pelo interesse em trabalhar com o aço, mas levarão mais do que essa afinidade como experiência. “A gente aprende que está criando para alguém. É gratificante a interação com o mercado de trabalho”, aponta Alan. Para o coordenador Ken Kadow (à esq.), as sugestões dos estudantes estão em sintonia com as tendências detectadas pela Mekal.
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  (Foto: Janete Longo e Marta Santos)

La Lampe

Alice Costa Franco e Fabiana Villegas cursam arquitetura e acreditam que o projeto é uma oportunidade de se aprofundar no design de objetos. “Passamos as férias inteiras lá e aprendemos muito! Precisamos ter um pensamento focado na produção, pensar na lógica de montagem, nos processos industriais, nos materiais...”, conta Fabiana. Para a coordenadora Adriana Fernandes, essa é uma oportunidade para testar novos limites de materiais e técnicas já usadas pela La Lampe.
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  (Foto: Janete Longo e Marta Santos)

Ornare

O processo produtivo também tem desafios. Foi o que aprenderam Paula Veiga, estudante de design, e Fernando de Arruda Camargo (à esq.), recém-formado no mesmo curso. “Não tínhamos a visão de que é preciso analisar o que existe no mercado, os materiais disponíveis no fabricante. Começamos também a pensar no usuário do produto”, diz Paula. O coordenador Diego Villela Simões conta que a peça desenvolvida pela dupla, depois das adaptações que vêm sendo feitas, estará apta para comercialização.

Acompanhe todo o desenrolar do projeto Novos Talentos do Design Casa Vogue aqui

* Matéria publicada em Casa Vogue #337 (assinantes têm acesso à edição digital da revista)

Alex Hanazaki no nosso Pinterest

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  (Foto: Yuri Seródio)

É hora de o Pinterest da Casa Vogue ficar mais verde. Desta vez, Alex Hanazaki, um dos grandes expoentes do paisagismo nacional, apresenta sua seleção de imagens em um mural para lá de pessoal. Foto a foto, ele passeia por cenários verdejantes (ou não) do mundo todo. Como não poderia deixar de ser, em dado momento presta uma singela homenagem àquele que é considerado o maior nome do paisagismo tupiniquim, Burle Marx.

Sobre Hanazaki, cabe ainda saber que ele é o único brasileiro a integrar a Asla (American Society of Landscape Architects). Por essa e outras razões, Casa Vogue se alegra em poder mostrar um lado mais pessoal deste profissional especial.

Veja aqui todas as imagens escolhidas por ele.

Conheça também os murais criados pelas meninas do Triplex Arquitetura, por Guilherme Torres, João Armentano, Roberto Migotto e Sig Bergamin. Cada álbum tem uma aura bastante particular, que ilustra bem as escolhas estéticas de seus autores. Vale conferi-los todos e comparar. Afinal, boas arquitetura e decoração nascem das boas referências visuais.

Se você ainda não conhece o Pinterest, aproveite para ficar por dentro da rede social de fotos e painéis que tem tudo a ver com Casa Vogue. Ali, os usuários criam murais a partir de fotos que podem ser categorizadas de maneiras diferentes e também compartilhadas ao lado do conteúdo de outros perfis. Visite-nos e compartilhe!

Décor do dia: o descortinar automático

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  (Foto: reprodução)

O living da residência em Seattle projetada por Chris Pardo é amplo e arejado - impressão conferida principalmente pelas janelas, suas grandes protagonistas. Elas garantem a entrada de muita claridade, além de enquadrarem a bela vista do jardim e da vizinhança. O arquiteto fez uma opção bastante moderna ali: as cortinas totalmente retráteis. Essas caixas brancas junto ao topo das aberturas escondem o sistema elétrico e o rolo de tecido. O enrolar e desenrolar das cortinas são automáticos. O descortinar dos novos dias se dá de maneira quase mágica.

Giro Casa Vogue: roteiro de decoração em Fortaleza desenhado por Inês Cavalcante e Mônica Albuquerque

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