Nos anos 1960, havia um programa televisivo na Itália chamado Carosello, em que a personagem principal, Carmencita, tinha o corpo em formato de cone. Quando Armando Testa criou a famosa personagem, ele não imaginava que, décadas depois, ela seria a inspiração para um jogo de café criado por um designer italiano e um estúdio canadense.
A colaboração entre Luca Nichetto e a galeria Mjölk começou quando o veneziano visitou o Canadá e conheceu o espaço, usado para exposições e para a venda de objetos de design japonês e escandinavo. Conversas e conversas depois, firmou-se uma parceria com o estúdio para produzir um produto exclusivo, que seria lançado junto a uma exposição solo de suas obras anteriores. Assim nasceu Sucabaruca, um jogo de café multicultural.
Com a colaboração de uma equipe multifacetada de profissionais vindos de várias partes do mundo, deu-se início à produção do conjunto de cerâmica. Tanto o corpo cônico do estilizado bule quanto a superfície das xícaras são cobertos por padrões feitos à mão. As texturas geométricas aplicadas às peças deixam evidente o seu caráter artesanal. Na bandeja, os desenhos do bordo, uma madeira canadense, tornam cada peça exclusiva. Assim, ao combinar as peças, criam-se jogos completamente diferentes um do outro. Para completar uma cartela de combinações variadas, as peças foram produzidas em duas paletas de cores: o branco total, inspirado no estilista Martin Margiela, e os tons pastel, vindos da arquitetura japonesa.
O objetivo do coletivo, ao criar Sucabaruca, era produzir um utensílio que combinasse o ritual moderno de café filtrado da América do Norte e da Escandinávia com a tradição da Itália, onde o café é uma bebida cult há séculos. O resultado são peças de design afinado, que transformam um simples hábito do dia a dia em um momento, no mínimo, especial.