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Morada antiga com toques modernos

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Hanok em Seul (Foto: Marcel Lam / The New York Times)

“Quando você está em uma construção moderna, é como se estivesse emparedado, separado do mundo lá fora. Em um hanok, você esta cercado pela natureza, pelo céu e pelo cheiro da madeira, sem ter que sair de casa”. Com essas palavras a sul-coreana Hongnam Kim explica porque escolheu morar em uma típica construção oriental, que remonta aos tempos da dinastia Joseon, de 1392, em vez de um lar moderno.

Mas engana-se quem pensa que esta senhora de 64 anos, que é professora da Universidade para Mulheres de Ewha, em Seul, comprou um antigo hanok para morar. Perfeccionista, ela resolveu erguer sua própria versão. Como ela é uma historiadora de arte, que já foi diretora geral do Museu Nacional da Coréia e hoje ajuda a coordenar o Fundo Nacional de Proteção Ambiental e Histórica do país, ela sabe muito bem quais são as características essenciais na hora de construir uma casa como essa.

Hanok em Seul (Foto: Marcel Lam / The New York Times)

Tanto que, quando o muro de granito que cerca a propriedade foi erguido, ela mandou que os operários o demolissem e começassem tudo de novo. “O muro de um hanok precisa estar voltado para o topo do telhado em um ângulo de 10 a 15 graus, ou então ele parecerá inclinado para fora”, explica Hongnam, sobre a ilusão de ótica que as paredes verticais feitas inicialmente causariam caso tivessem sido mantidas.

Para o projeto perfeito, ela gastou certa de um milhão de dólares, dois anos e muita ajuda de Lee Moon-ho, um arquiteto local expert em arquitetura tradicional. Mas o ideal de Hongnam não é exatamente o mesmo que o das construções originais. Um hanok clássico era composto por um espaço de entretenimento, uma área para homens, outra para mulheres e mais uma para os serviçais. Na versão moderna da sul-coreana, que vive sozinha com seu cão, foram erguidos dois hanoks conjugados, cada um com seu próprio jardim, de 150 m² cada: um para ela e outro para convidados – isso sem falar nas modernidades que foram acrescidas.

Uma cozinha equipada, banheiros confortáveis e ar condicionado foram incorporados à arquitetura de época de uma maneira muito sutil. Todas as características modernas foram elegantemente cobertas por superfícies de madeira oriental, que combinam harmoniosamente com o mood natural e relaxante da casa e deixam os detalhes mais brilhantes se destacarem.

Todo o espaço é banhado por uma luz mágica, criada quando o sol passa pelas treliças de madeira das portas e janelas cobertas de papel, típicas do décor oriental. Com o movimento do sol, um jogo de luz e sombra brilha no piso de madeira durante todo o dia, criando uma atmosfera ainda mais especial.

O quarto de Hongnam fica no segundo andar da metade particular da morada. Em baixo, fica o lugar em que ela passa a maior parte do tempo: uma biblioteca com milhares de livros que tem até uma entrada separada para que seus alunos possam frequentá-la. Na outra metade, fica uma bela cozinha de acabamento branco e, subindo as escadas, um quarto de hóspedes, que também é usado como estúdio para esculpir madeira.

O hanok de Hongnam Kim é uma grande homenagem às memórias do passado. Quando criança, ela viveu em uma construção desse tipo na cidade de Jinju. Além da nostalgia, a historiadora escolheu uma morada tradicional como uma maneira de manter a cultura da Coréia viva. De fato, uma bela união do útil ao agradável.

Hanok em Seul (Foto: Marcel Lam / The New York Times)

 

Hanok em Seul (Foto: Marcel Lam / The New York Times)

 

Hanok em Seul (Foto: Marcel Lam / The New York Times)

 

Hanok em Seul (Foto: Marcel Lam / The New York Times)

 

Hanok em Seul (Foto: Marcel Lam / The New York Times)

 

Hanok em Seul (Foto: Marcel Lam / The New York Times)

 

Hanok em Seul (Foto: Marcel Lam / The New York Times)

 

 


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