Ka’á-eté significa floresta verdadeira. A palavra tupi também é o nome do novo livro do fotógrafo especializado em natureza Octavio Campos Salles. Fascinado desde a infância pelo Contínuo de Paranapiacaba, uma faixa de mata atlântica preservada, o fotógrafo dedicou cinco anos de trabalho para registrar a diversidade biológica da região, reconhecida desde 1999 como Patrimônio da Humanidade.
“Muito da Mata Atlântica foi destruído, é verdade, mas meu objetivo é mostrar que nem tudo está perdido”, conta o fotógrafo, que usou equipamentos de última geração, esconderijos e armadilhas com raios infravermelhos especiais para registrar os animais mais ariscos. E o resultado é surpreende. São 161 imagens dentre jatobás, orquídeas, jaguatiricas, bugios e pássaros coloridos. Além das fotos, Ka’á-eté: A Floresta Atlântica Intocada traz quatro desenhos do livro Voyage Pittoresque dans le Brésil, do alemão Johann Moritz Rugendas, publicado em 1835, complemento da história da ocupação da área.
O livro, que será lançado hoje, é parte de um projeto maior, que busca conscientizar o público quanto à preservação. Além de um site com fotos e informações detalhadas, foi programada uma exposição itinerante com 20 fotos do livro, que já foi vista por mais de 8 mil pessoas. Salles também palestrou sobre o assunto em cinco escolas públicas da região. Um trabalho ecologicamente consciente, mas que usa o deslumbre da natureza como argumento principal de convencimento. Cool!
“Ka’á-eté: A Floresta Atlântica Intocada”
Lançamento e noite de autógrafos: dia 24 de abril
Local: Livraria da Vila da alameda Lorena, 1.731, Jardins, São Paulo;
Horário: a partir das 18h30