O nova-iorquino Arthur Casas é visto com frequência no Chelsea, em Manhattan. “Meu escritório fica na 27, entre a 10 e a 11”, diz, suprimindo os supérfluos “street” e “avenue”, como qualquer cidadão local. E por que as avenidas 10 e 11? “Esse é o epicentro das galerias. Vou a todas, sempre”, conta. Não, ele não nasceu em Nova York. Mas é onde se sente à vontade, caminha com prazer pelas ruas, trava contato direto com as pessoas. A poucos quarteirões do estúdio, o arquiteto acaba de concluir um apartamento na cidade – é o segundo, já que o anterior, com apenas um quarto, ficou pequeno para abrigar a família, que cresceu com a chegada do segundo filho.
Foram cinco anos no primeiro endereço. Neste, de 105 m², ele foi buscar no design americano dos anos 1940 e 1950 a inspiração para compor a ambientação, alicerçada na marcenaria. Nada aqui foi feito da noite para o dia. Acompanhado de sua equipe, Arthur esquadrinhou antiquários locais à caça de peças como a mesa de centro e a poltrona de Paul Evans. Uma mesa lateral leva a assinatura de Frank Lloyd Wright. O garimpo delícia (quem não adoraria essa tarefa?) rendeu outras preciosidades, como a luminária fabril encontrada na Cosmo, uma galeria vintage e outro reduto do arquiteto, e a Plycraft Lounge Chair, de George Mulhauser.
E aí entra outro conjunto afinado que ajuda a compor os ambientes e faz bem aos olhos: as obras de arte. Ana de La Cueva, Beatriz Milhazes e Christian Vinck fazem parte desse acervo. No living, chama a atenção a tela Anjos Dançando, de Marcelo Paciornik. Algumas peças vieram do primeiro imóvel, outras foram adquiridas na mudança para o novo.
Nas suas andanças, Arthur costuma fazer paradas no Café Angelique, um dos seus pontos preferidos nessa cidade que ele admira pela diversidade. “São várias Nova Yorks [em uma só]”, elogia ele, “tão diferentes umas das outras”.
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