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Expo histórica de Lygia Clark no MoMA

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Lygia Clark no MoMA (Foto: Scott Rudd / courtesy MoMA)

Considerada uma das artistas mais importantes da vanguarda mundial, a brasileira Lygia Clark terá seu papel na história da arte finalmente reconhecido de forma definitiva : o Museum of Modern Art (MoMA) de Nova York abre, no próximo sábado (10/5),  a exposição Lygia Clark: The Abandonment of Art, 1948–1988, uma grande retrospectiva do trabalho da artista pioneira da arte relacional. Será a primeira exposição na América do Norte a mostrar de maneira abrangente as idéias revolucionárias de Lygia, reunindo mais de 250 itens de coleções públicas e privadas e também do próprio acervo do MoMA. Lá, exposições desse nível e escala tornam-se referência cultural e, sem dúvida, esse será o caso também com essa retrospectiva.

Numa conversa com o curador de arte latina do museu, Luis Perez-Oramas, que, juntamente com Connie Butler, curadora do Hammer Museum de Los Angeles, organizou a exposição, ele ressaltou a relevância dela no cenário artístico global: “A recepção crítica que o trabalho de Lygia tem tido, seja no Brasil, na América Latina ou internacionalmente, a confirma como uma das artistas mais significativas da segunda metade do século 20. E, mesmo depois de sua morte, em 1988, a influência da  inteligência orgânica de sua obra  continuou crescendo, tanto no Brasil como ao redor do mundo.”

Lygia Clark no MoMA (Foto: Scott Rudd / courtesy MoMA)
Lygia Clark no MoMA (Foto: Scott Rudd / courtesy MoMA)

Comentando sobre a importância das idéias de Lygia ainda hoje, Perez-Oramas disse: “Uma das funções da arte é uma relação crítica com o mundo que vivemos. E na cultura contemporânea - tão centrada em comunicações eletrônicas através de redes digitais, com uma anulação do corpo, da experiência física, do contato sensorial -, sem dúvida a questão relacional que a obra de Lygia Clark propõe assume também uma precedência crítica de muita relevância e atualidade.”

Organizada em torno de três temas principais: abstração, neoconcretismo, e o "abandono" da arte, cada um desses eixos se relaciona a um conceito e momento significativo na carreira de Lygia. Uma exposição sem dúvida dificil de montar devido ao caráter táctil das idéias promovidas pela artista.“Em sua radicalidade, o objeto artístico não tem caráter de finalidade absoluta, mas é um instrumento de transição entre nossas experiências. Ela retornou ao objeto artístico, que no final da modernidade havia se tornado um fetiche estético”, explica Luis.

Além do desafio narrativo de apresentar o trabalho para um público que não conhece a rica trajetória da artista, há também o desafio de se apresentar peças que foram originalmente idealizadas para a manipulação dos usuários e visitantes, mas que hoje são valiosas obras de arte e que pertencem a vários colecionadores e instituições. A solução encontrada foi a construção de réplicas de algumas delas. Dessa forma, há uma seleção da famosa série “Bichos”, cujas obras poderão ser manipuladas conforme o conceito prescrito por Lygia.

Um aspecto importante da exposição é o período final da trajetória criativa de Lygia e os trabalhos desenvolvidos a partir dos anos 1960, quando seu desenvolvimento investigativo a levou a colocar a arte em segundo plano, em favor de novas preposições terapêuticas  associadas à terapia psicanalítica. Esses trabalhos, que requerem participação física individual, se alinham bem com o atual conceito contemporâneo em museus de criar uma experiência mais rica para o visitante através de uma participação ativa durante a visita. Portanto, com a ajuda de Pablo Helguera, artista e diretor de educação do museu, foi criada uma parte complementar à exposição chamada MoMa Studio: Breathe With Me, onde algumas das idéias de terapia através do objeto artístico serão postas em prática.

“Essa exposição, para nós, é uma grande oportunidade de interagir mais profundamente com o visitante”, diz Pablo. “Convidamos os artistas Carlito Carvalhosa e Ricardo Basbaum para criar trabalhos interativos que respondem ao legado da artista.” Contribuindo para a experiência mais compreensiva da exposição, um time de educadores foi treinado para estar presente no espaço das galerias, guiando o público para como interagir com os objetos (ou como Lygia os chamava, “preposições”). “Nunca houve antes no museu uma mostra com esse nível de participação e envolvimento dos visitantes”, comenta Pablo. “Será uma exposição sem precedentes na história do MoMA.”

Lygia Clark: The Abandonment of Art, 1948–1988
Local: Museum of Modern Art (MoMA)
Endereço: 11 West 53 Street, Nova York, Estados Unidos
Data: de 10 de maio a 24 de agosto de 2014

Lygia Clark no MoMA (Foto: Scott Rudd / courtesy MoMA)

 

Lygia Clark no MoMA (Foto: Scott Rudd / courtesy MoMA)

 

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