As primeiras experiências de qualquer pessoa que envolvam criação artística e muitas cores, provavelmente estarão nas lembranças da infância. Um papel, alguns lápis de cor e horas de diversão para dar origem a uma explosão cromática e abstrata. Foi resgatando uma brincadeira de suas memórias mais antigas que o artista Itay Ohaly criou a projeto Colored Memories para a exposição Childhood, na Semana do Design 2014 do Museu de Holon, em Israel.
Mesclando nostalgia infantil com tecnologia de ponta, o israelense resgatou uma brincadeira do passado e a transformou em duas instalações. “A gravura colorida é uma técnica que eu fazia quando pequeno. Enchia uma folha com rabiscos aleatórios de todas as cores, cobria tudo de preto e depois arranhava para criar um desenho”, relembra.
Evocando a memória desse processo que, de acordo com ele “causava a sensação de surpresa, descoberta e magia”, Ohaly convida o público da mostra para descascar as paredes pretas de uma instalação e descobrir as vibrantes cores da camada inferior. Já na segunda parte, mais pessoal e hi-tech, o artista usou máquinas de alta precisão para fazer sua própria interpretação, como adulto, da brincadeira.
O projeto visa mesclar as experiências infantis com o mundo profissional, digital e adulto ao qual agora faz parte. Afinal, despertar a fascinação dos olhos de uma criança na vida adulta é uma virtude mais do que desejada na realidade implacável da fase adulta.