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Modernismo entre ícones e etnias

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Gochkausen (Foto: Filippo Bamberghi)

O suíço Edward Neuenschwander foi um dos expoentes da era modernista de seu país graças a seus projetos únicos, que combinam arquitetura, paisagismo, biologia e arqueologia. O arquiteto e viajante, falecido no ano de 2013, tinha uma sensibilidade excepcional para entender cada espaço no qual construiria. Nada mais natural, então, que aplicasse todo esse conhecimento em sua própria morada, parte de um complexo residencial em Zurique completamente desenhado por ele.

Mas a casa Gochkausen, onde morou com sua companheira filipina Menchu, é mais que um marco estilístico. Erguida na década de 1970, ela é uma ótima representação de tudo que ele criou e viveu. A começar pela amplitude e horizontalidade da construção. Como bom modernista e discípulo de Frank Lloyd Wright, considerava desnecessário delimitar barreiras entre os espaços e muito menos com o exterior. Por isso, grandes vidraças deixam a luz e o ar banharem o interior brutalista.

Gochkausen (Foto: Filippo Bamberghi)

Outra vantagem do projeto – e também uma herança da escola de pensamento da qual fazia parte – é o equilíbrio alcançado entre a construção e o ambiente natural ao redor. Os jardins que podem ser vistos através das vidraças são selvagens e se mesclam harmoniosamente com os móveis externos.

O verde também está presente no interior. Grandes vasos com plantas tropicais crescem no meio da sala graças à abundância de iluminação natural. Nos arredores da escada e nas janelas, vasos menores abrigam outras espécies, como belas orquídeas e folhagens dos trópicos.

Gochkausen explicita a personalidade de seu criador em cada detalhe do mobiliário escultural e dos adereços étnicos. Uma harmonia exótica entre Ásia, Escandinávia, África e Suíça que revela com sutileza por onde Neuenschwander passou.

Os móveis, mais que peças de design, foram projetados por ele mesmo ou recebidos de amigos, como a chaise-longe de Le Corbusier, presenteada pelo próprio, e as peças de Alvar Aalto, de quem foi aprendiz. Já tapeçarias, pinturas e máscaras tribais são memórias das muitas viagens à África, Ásia e Oceania. Juntos, todos esses objetos formam o bem mais precioso do local: a aura de uma grande mente criativa.

Gochkausen (Foto: Filippo Bamberghi)

 

Gochkausen (Foto: Filippo Bamberghi)

 

Gochkausen (Foto: Filippo Bamberghi)

 

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Gochkausen (Foto: Filippo Bamberghi)

 

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