Se os seres humanos têm corpos diferentes, porque usamos cadeiras e sofás mais ou menos iguais? Cada pessoa tem o próprio conceito de relaxamento, então por que deixamos para as indústrias a tarefa de pensar para nós qual a melhor maneira de sentar e deitar?
The Body, um protótipo da designer finlandesa Kirsi Enkovaara, não responde a essas perguntas, mas quebra paradigmas ao propor que cada usuário crie a própria cadeira, poltrona ou sofá.
O móvel é uma fita de tecido de seis metros de comprimento preenchida com arroz. Os materiais formam uma estrutura fácil de moldar, mas resistente. Assim, a peça pode ser fabricado em escala industrial ao mesmo tempo em que assume um número de formas quase infinito.
A forma não segue a função, mas a criatividade. "Body encoraja as pessoas a escolherem a maneira de sentar confiando nos próprios toques, movimentos e sentimentos que surgem", explica Enkovaara. "Acho que a beleza desse produto é que as formas simples transformam-se em várias configurações complicadas como resultado da interação humana", celebra.
O arroz também tem uma qualidade ausente em muitos objetos de design: adapta-se ao formato do corpo. "Arroz é um material renovável e bastante acessível", acrescenta a moça. "No Japão, tem sido utilizado em travesseiros, oferecendo uma opção mais ecológica e ergonômica à espuma", destaca.