Após uma reforma de três anos, está aberto ao público o prédio em Nova York no qual viveu e trabalhou o artista americano Donald Judd. A restauração foi comandada pela Judd Foundation, que visa preservar os espaços em que o artista atuava, aumentando assim o conhecimento sobre seu legado. O projeto resgatou a identidade visual do edifício na época em que Judd o ocupou, entre 1968 e 1994, ano de sua morte.
O prédio de cinco andares, no bairro do SoHo, foi erguido em 1870 pelo arquiteto Nicholas Whyte, e fica no número 101 da Spring Street. Construído em ferro fundido, sua fachada conta com janelas maiores do que a média dos edifícios da mesma era. Tal característica, junto com a ausência de paredes internas, resultou em ambientes bem iluminados e amplos, ideais para as experiências espaciais de Judd, que preencheu-os com diversas instalações artísticas. Estas eram tanto de sua autoria quanto assinadas por nomes de peso, como Jean Arp, Carl Andre e Marcel Duchamp. “Muitas das minhas principais ideias vieram do pensamento sobre os espaços e sobre a situação daquele prédio”, declarou Judd, em 1977, sobre seu lar em Spring Street.
O prédio está aberto à visitação para pequenos grupos guiados. Eles podem conhecer cada andar da forma que Judd os idealizou, incluindo diversas obras de arte do acervo de mais de 500 peças do artista. Além do valor cultural da construção, ela também pode ser apreciada historicamente, já que é um dos últimos prédios da era nova-iorquina da construção em ferro fundido.