A Universidade de Orléans, na França, ganhou um Centro de Pesquisas carregado de história: o prédio do século 17, conhecido por Hôtel Dupanloup, que já serviu como moradia de clérigos por dois períodos, foi confiscado e alugado como residência particular, e abrigou também uma biblioteca. Para adaptá-lo ao novo uso, a Comissão Nacional e Artística Francesa convocou os profissionais do escritório alemão Studio Makkink & Bey, que se dedicaram a criar espaços públicos, salas de reunião e ambientes de trabalho nos diversos cômodos do edifício.
“São ambientes dentro de ambientes. Mesmo quando não estão sendo usados, são intrigantes 'naturezas-mortas' dimensionais, que exibem as várias camadas da passagem do tempo”, contam a arquiteta Rianne Makkink e o designer Jurgen Bey. Os espaços muitas vezes são delimitados por cortinas finas ou tapetes, que levam estampas de figuras do museu de belas-artes de Orléans, o Frac Museum.
Já o mobiliário mistura peças antigas, cadeiras e assentos criados pela dupla alemã, e reedições de móveis da Ikea, criadas pelos estudantes da École Supérieure d’Art et de Design d’Orléans, sob a supervisão de Rianne e Jurgen. Os profissionais também desenvolveram uma peça especialmente para o centro de pesquisas: trata-se da Dupanloup, que combina mesa e cadeira num só móvel.
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Outros elementos de destaque são as inserções gráficas coloridas nos lambris das paredes, que conferem movimento e um quê de inusitado para os ambientes. O piso de parquê e mesas com tampo de mármore contribuem para criar uma atmosfera de lar. Afinal, a primeira função do prédio foi como morada. E a ideia é agora que os visitantes se sintam acolhidos como se estivessem numa casa. Com isso, os espaços fogem completamente ao padrão comum dos locais de pesquisa: são lugares com estética leve, que instigam a imaginação e a criatividade. “Os espíritos do passado e do presente se combinam nas ambientações, ajudando a criar um contexto rico para os pesquisadores”, dizem os profissionais.