As tensões da Guerra Fria e os protestos populares que varreram o Brasil em junho de 2013 são o mote da exposição Histórias Frias e Chapa Quente, de Maurício Dias e Walter Riedweg. A importante dupla de artistas contemporâneos ocupa com suas obras, até o dia 30 de novembro, a Casa França-Brasil, no Rio de Janeiro.
O brasileiro Dias e o suíço Riedweg tomam como base memórias fragmentadas da infância nas décadas de 1960 e 1970, quando cresceram em frente a aparelhos de TV.
Na instalação Cold Stories, vídeos da época da Guerra Fria, extraídos de arquivos públicos da internet, são projetados em um cubo de 5,5 m de lado. Os filmes circulam pela superfície, crescem e explodem – simbolizando fragmentos da nossa memória coletiva. Já a obra Chapa quente apresenta imagens dos protestos de 2013. A elas os artistas acrescentaram fragmentos de imagens da ditadura militar no Brasil.
"Histórias Frias e Chapa Quente destaca a constante preocupação dos artistas com o modo como histórias, identidades e memórias coletivas e individuais são fabricadas e preservadas", conta o curador Andreas Brøgger. "Mas também o modo como estas podem ser revividas ou reencenadas para interagir com o nosso presente e desafiá-lo", acrescenta.
Histórias Frias e Chapa Quente
Data: até 30 de novembro
Local: Casa França-Brasil
Endereço: Rua Visconde de Itaboraí, 78, Centro, Rio de Janeiro
Horário: de terça a domingo, das 10h às 20h
Entrada franca