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Quando quem decora é o morador

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Apartamento no Plano Piloto (Foto: Haruo Mikami/Divulgação)

O economista João Carlos Magalhães chegou em Brasília aos três anos, mas nunca se importou muito com os móveis modernistas que povoam a cidade. Tudo mudou em 2001, quando reformou sua morada. Ele começou a frequentar os leilões da capital e se apaixonou pelas obras de Sergio Rodrigues, Jorge Zalszupin e Florence Knoll.

Quando chegou a hora de mudar de casa, Magalhães escolheu um prédio na Superquadra 105 Sul, uma das primeiras a ficar pronta na capital federal. Criado por Hélio Uchôa, arquiteto da equipe de Lúcio Costa, o apartamento oferecia janelas generosas, cobogós e colunas delgadas típicas do período. Um cenário perfeito para abrigar a coleção de móveis recém-criada.

O primeiro passo foi expandir a cozinha até a sala de estar, criando uma planta ainda mais integrada. Em seguida, foi a vez de trocar as paredes do quarto por vidraças. Agora o morador consegue enxergar a sombra dos elementos vazados se movimentando pela casa – para seu grande prazer. "Você pode dizer que o cobogó é uma arte cinética", compara.

Apartamento no Plano Piloto (Foto: Haruo Mikami/Divulgação)

Revestir os pisos com tacos de madeira da Indusparquet crio um ar de aconchego dos anos 1950. A única exceção é a cozinha, onde ladrilhos hidráulicos geométricos lembram as igrejas que o morador visitou. Abrir o espaço para a sala de estar foi uma tentativa (malsucedida) de cozinhar mais para si mesmo. "Não deu certo, mas pelo menos me sinto feliz por lá", confessa.

É mesmo difícil se lançar ao trabalho quando a sala de estar tem tantas peças confortáveis de design. Nela, a Amanta Lounge Chair, de Mario Belini, bate um papo gostoso com o piano e a poltrona Mole, de Sergio Rodrigues. O ambiente ao lado ganha mais móveis do carioca: os sofás Millôr e Beto. Movendo-se entre as superfícies acolchoadas, os gatos Max e Tobin passam dias longos e preguiçosos.

Os móveis baixos, típicos do modernismo, permitem à luz que entra pelas vidraças inundar a casa e brilhar sobre a tela multicolorida de Gilvan Nunes. Atrás do piano, ficam azulejos emoldurados de Athos Bulcão. O ambiente conta ainda com tela de Marcelo Brandão.

Os quartos repetem o aconchego das paredes imaculadas, peças de linhas retas e materiais naturais. "Minha mãe é de Natal. É muito comum por lá essa combinação de madeira, branco e algodão claro. O Nordeste é muito moderno". Mesmo recente, a morada está repleta de memórias afetivas.

Apartamento no Plano Piloto (Foto: Haruo Mikami/Divulgação)


 

Apartamento no Plano Piloto (Foto: Haruo Mikami/Divulgação)


 

Apartamento no Plano Piloto (Foto: Haruo Mikami/Divulgação)


 

Apartamento no Plano Piloto (Foto: Haruo Mikami/Divulgação)


 

Apartamento no Plano Piloto (Foto: Haruo Mikami/Divulgação)


 

Apartamento no Plano Piloto (Foto: Haruo Mikami/Divulgação)


 

Apartamento no Plano Piloto (Foto: Haruo Mikami/Divulgação)


 

Apartamento no Plano Piloto (Foto: Haruo Mikami/Divulgação)


 

Apartamento no Plano Piloto (Foto: Haruo Mikami/Divulgação)


 

Apartamento no Plano Piloto (Foto: Haruo Mikami/Divulgação)


 

Apartamento no Plano Piloto (Foto: Haruo Mikami/Divulgação)


 

Apartamento no Plano Piloto (Foto: Haruo Mikami/Divulgação)


 

Apartamento no Plano Piloto (Foto: Haruo Mikami/Divulgação)


 

Apartamento no Plano Piloto (Foto: Haruo Mikami/Divulgação)

 


Apartamento no Plano Piloto (Foto: Haruo Mikami/Divulgação)

 

Apartamento no Plano Piloto (Foto: Haruo Mikami/Divulgação)


 


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