Lounges e lanchonetes são pontos especiais nas casas de repouso. É ali, afinal de contas, que as famílias se reúnem com os parentes para colocar a semana em dia, trocar ideias ou simplesmente estar junto. Para decorar um desses espaços na cidade de Kawagoe, Japão, a arquiteta Emmanuelle Moureaux investiu em muita intensidade visual.
Na sala de convívio, 45 móbiles com esferas coloridas dançam no ar. As 225 bolinhas são visíveis desde a entrada do abrigo. Também é possível enxergá-las da cafeteria, separada do espaço apenas por estantes vazadas brancas.
Os móbiles têm tamanhos variados e se apresentam em 15 cores diferentes. Eles contrastam com as poltronas em diversos tons de verde e os bancos da lanchonete, azuis como o céu.
O esquema de cores passa longe do aleatório. Pelo contrário, mimetiza um campo sobre o qual flutuam bolhas de sabão. "Embora estejam no interior, os visitantes ficam absorvidos pelas bolhas que dançam gentilmente, esquecendo-se do tempo", explica a arquiteta. "Os usuários do edifício e suas famílias juntam-se naturalmente, lêem livros, tomam café e passam o tempo da sua maneira preferida neste ambiente confortável e amigável", afirma.
Nascida na França, Emmanuelle vive e trabalha em Tóquio. A arquiteta ganhou destaque na cena arquitetônica internacional pelos projetos e instalações nos quais as camadas de cores funcionam como marcadores de espaço. Para a profissional, os tons não são elementos decorativos aplicados ao fim do processo. Pelo contrário, definem os ambientes.