No topo de um edifício histórico do século 18, no coração de Paris, o amplo apartamento de 500 m² precisava de um profundo retrofit para transformá-lo em uma casa condizente com o estilo de vida contemporâneo do morador. O cliente escolheu então o designer Elliott Barnes, que, apesar de norte-americano, mantém escritório em Paris e faz projetos por toda Europa - fato que o tornou perfeito para captar o estilo de vida cosmopolita dessa metróple.
Um aficcionado por jazz, Elliott sempre começa seus projetos inspirado pela improvisação encontrada no estilo musical, buscando encontrar o feeling de cada cômodo, bem como dar aos espaços um certo conteúdo emocional. Tudo, claro, desprovido de exageros para não cansar o design.
Com uma área de apartamento tão ampla, Elliott tirou partido da metragem e deu ao projeto uma fluidez entre os cômodos. Com isso, o profissional permitiu diferentes vistas e perspectivas que se sobrepõem, dando variadas possibilidades contemplativas ao olhar, e garantindo ao dia a dia do morador algo sempre novo.
Essa ideia esta bem presente no design da escada de acesso ao segundo e terceiro andar. Com degraus de aço escurecido que parecem flutuar e um delicado corrimão linear, o projeto, apesar de ocupar uma área grande, permite ver através de sua estrutura, deixando tanto a luz como as vistas abertas.
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Com um look clean e sofisticado, o luxo se faz presente nas peças escolhidas para a decoração. No living principal, que se abre para uma deslumbrante vista da Cidade Luz, sofá, cadeiras e mesa de centro, todos Christian Liaigre, sobre um tapete Tai Ping no mesmo tom. Na parede, uma foto-pintura de Zhang Huan.
Um dos destaques do apartamento é o banheiro principal, que recebeu a alcunha “Quite Zone”, já indicando a ideia por trás do design. Inspirado pelos rituais de banho japoneses, o espaçoso ambiente tem uma larga banheira, design Atelier Artea, com duas cadeiras Habitat, pia e espelho da Boffi - que também forneceu o set da cozinha -, e cortinas customizadas feitas pela firma francesa Home Sails, que filtram e graduam a abundante luz natural do ambiente.
“Tentei criar volumes, com atenção nos detalhes, e que permitissem sempre novos pontos de vista”, diz Elliott sobre o projeto. O designer, sem dúvida, conseguiu seu objetivo, criando um oasis zen de onde se pode contemplar Paris com novos olhos.