O bairro de Toronto onde foi construída essa morada é marcado por casas dos anos 1920, com telhados inclinados e linhas retas. Quando o proprietário recebeu a permissão de erguer uma nova habitação, o escritório Drew Mandel Architects enfrentou o desafio de criar uma construção que não destoasse do padrão dos arredores, definido pelas leis de zoneamento.
Assim, a casa ganhou telhado de duas águas e fachada de tijolinhos. Mas em lugar das janelas tradicionais, panos de vidro superdimensionados trazem aberturas à construção. Mais vidraças, dessa vez laterais, banham a morada de luz e calor - recursos escassos no Canadá.
Por dentro os espaços dispensam paredes e divisórias transparentes, o que cria fluidez. Em uma das laterais, a parede afasta-se alguns centímetros e dá lugar a um moderno muro de concreto. Forma-se, assim, um poço para a energia do sol chegar aos quatro pisos.
No nível da rua ficam as áreas sociais, como cozinha, sala de jantar e estar. Acima, ficam dois quartos e a sala íntima. O terceiro andar recebeu a suíte máster e as instalações do casal. Decorado com o mesmo cuidado, o porão tem espaços como sala multiuso e escritórios. Mezaninos e pisos interrompidos criam integração entre os andares.
Por conta do zoneamento, eles precisaram ter volume gradualmente menor. Os arquitetos se aproveitaram da exigência e criaram coberturas verdes no segundo andar. Assim, surgiram terraços com jardins para a suíte - perfeitos para enxergar a copa das árvores.