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Ele reformou, inclusive, a praia

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  (Foto: Tony Cenicola/ The New York Times)

Há lugares que nos conquistam à primeira vista. Pontos onde resplandece uma aura quase sagrada, que ganham significados maiores do que uma mera paisagem – por mais monumentais que sejam. Espaços capazes de provocar um arrebatamento sublime. Inexplicável. Íntimo.

Foi o que sentiu William H. Dean, em 2008, quando descobriu a região costeira da Virgínia, nos Estados Unidos. A área pouco habitada, conhecida como Northern Neck, esbanjava beleza natural. Na época, ele estava justamente à procura de um bom canto com água salgada para estabelecer uma segunda residência.

Depois de algumas visitas à região, Dean entrou em contato com uma construtora que detinha uma península na área, a Honest Point. Graças ao colapso da economia, as terras trocaram de mãos facilmente. O sonho ganhava então contornos reais. O engenheiro elétrico de Washington tinha em seu nome 56 mil m² de terra – e areia.

No entanto, a morada perfeita de fim de semana ainda estava distante. Mesmo abrigando poucos habitantes e recebendo um número ainda menor de visitantes, a Baía de Chesapeake encontrava-se em situação sofrível. O solo estava empobrecido, devido aos anos de cultivo agrícola; a flora havia sido parcialmente devastada; e uma fazenda de ostras abandonada enfeava parte do mar.

  (Foto: Tony Cenicola/ The New York Times)

Com um investimento nada tímido, de um milhão de dólares, Dean sentou-se no trono do criador. Ordenou aos paisagistas da Oehme, van Sweden: “Refaça-se a natureza!”. E a natureza foi feita. Caminhões e mais caminhões levaram ao local terra nova, para que arbustos, árvores e grama pudessem novamente viver ali.

Em seguida foi a vez dos profissionais do escritório Dale Overmyer Architects entrarem em cena – e de outros 3 milhões de dólares saírem do bolso de Dean. Os arquitetos ergueram sobre um aterro, no meio da água, um lar de madeira de 385 m².

A construção é composta por dois volumes, ligados por uma ponte encapsulada por vidro. Vida social e privada não se misturam. Uma longa passarela de madeira liga a casa ao continente. Lá se encontram as garagens e mais dormitórios, no piso superior. A construção principal oferece quatro dormitórios. Voluntários não faltam para preenchê-los. Outra passarela leva à marina, que tem vaga para seis barcos. (Dean e seus amigos costumam chegar pelo mar.)

Do lado de dentro a atmosfera rústica cede espaço à tecnologia. Como Dean comanda uma empresa especialista em elétrica e comunicações, regalos destes campos não faltaram. A “Casa Ostra” – como foi apelidada por ocupar o espaço onde antes havia tal fazenda – é dotada de touch screens por meio das quais se controla temperatura, luz e os aparelhos eletrônicos de todos os cômodos. Além disso, câmeras permitem que o proprietário monitore o lar à distância, de Washington.

Dean pensa em construir mais casas no terreno. Recentemente fez a oferta ao seu irmão, mas ele a recusou. “Por que eu construiria outra casa para mim quando posso visitar a sua?”, riu.

  (Foto: Tony Cenicola/ The New York Times)

 

  (Foto: Tony Cenicola/ The New York Times)

 

  (Foto: Tony Cenicola/ The New York Times)

 

  (Foto: Tony Cenicola/ The New York Times)

 

  (Foto: Tony Cenicola/ The New York Times)

 

  (Foto: Tony Cenicola/ The New York Times)

 

  (Foto: Tony Cenicola/ The New York Times)

 

  (Foto: Tony Cenicola/ The New York Times)

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