Paulo Werneck foi artista plástico, mas seus trabalhos não se restringiam apenas a galerias e feiras de arte. Pelo contrário, aparecem em cartões postais, livros de história, e são frequentes em postagens do Instagram. Isso porque o carioca dedicou boa parte da sua vida aos murais em prédios públicos.
Os mosaicos coloridos e de formas orgânicas dão tempero a grandes obras da arquitetura moderna brasileira. Marcam, por exemplo, a silhueta ondulada da Lagoa da Pampulha em Belo Horizonte, do Ministério da Fazenda, Senado e do Palácio do Itamaraty, em Brasília, todos projetos de Oscar Niemeyer. Enfeitam também cerca de 300 outras casas, edifícios públicos e residenciais.
Belo Horizonte recebe até 1º de março uma completíssima mostra sobre o artista, Paulo Werneck – muralista brasileiro no Museu da Pampulha. A exposição tem curadoria de sua neta, Claudia Saldanha, que já dirigiu a Escola de Artes Visuais do Parque Lage e atualmente comanda o Paço Imperial, no Rio de Janeiro.
Na mostra, os visitantes poderão conferir 150 projetos para painéis – feitos em guache sobre papel – documentos, reproduções de fotos e ilustrações para livros folclóricos infantojuvenis, como A Lenda da Carnaubeira e Negrinho do Pastoreio. O documentário Paulo Werneck – arte e raiz, dirigido por Claudia Saldanha e o vídeo P.W. Pincéis e painéis, de Vivian Ostrovsky, completam a imersão no universo do artista.
Paulo Werneck - muralista brasileiro
Data: até 1 de março
Local: Museu de Arte da Pampulha
Endereço: Av. Otacílio Negrão de Lima, 16585, Pampulha, Belo Horizonte, MG
Horário: de terça a domingo, das 9h às 18h30
Entrada gratuita