De Pijp é um dos bairros mais cosmopolitas e agitados de Amsterdã. A vizinhança boêmia, marcada por antigas cafeterias visitadas por luminares como o pintor Piet Mondrian, as patisseries internacionais e a proximidade com todo tipo de loja no mercado Albert Cuyp fizeram os preços dos aluguéis quadruplicarem nos últimos anos. Não é lugar, definitivamente, para deixar ocioso um abrigo para carros de 230 m².
A garagem em questão foi transformada em casa com o projeto arquitetônico do escritório Trabinc e interiores do estúdio i29. Os arquitetos inundaram o espaço com luz natural, originária de claraboias sobre o corredor que conecta sala e cozinha aos quartos.
A paleta de cores é composta por uma combinação neutra. Armários de carvalho e mobília preta fosca contrastam com paredes brancas e piso cinza pálido. A marcenaria repetida ao longo da casa une os diferentes cômodos.
Assim, a parede posterior da cozinha é revestida com painéis de carvalho, que deslizam e ocultam os armários para mantimentos e acessórios. Fornos e outros eletrodomésticos ficam escondidos na ilha no centro do cômodo, feita com a mesma madeira. Uma folha de metal negro envolve a estrutura e funciona como bancada de trabalho e mesa para café da manhã. A peça também transforma o cooktop e a pia em uma superfície única.
Depois da cozinha ficam uma sala de jantar com mesa e cadeiras pretas foscas. Dois degraus levam ao living e resto da casa. Ali, portas de vidro conectam o estar a um lounge externo. Um tapete desenhado pelos arquitetos para lembrar musgo marca o espaço. "O excesso de luz natural em combinação com a camada suave de verde e bege se assemelham à experiência de estar fora de casa", contam os arquitetos.