Natural do Azerbaijão, o artista Faig Ahmed possui um trabalho capaz de unir técnicas milenares de tapeçaria persa a um novo olhar multidimensional. Para ele, a “distorção” de algo que vem do passado pode transformar a maneira como as pessoas interpretam sua cultura. “Me sinto atraído por tapetes por serem um importante símbolo da cultura oriental", explica Ahmed. "Alterando-os, eu consigo ver o impacto que as mudanças exercem sobre as pessoas que pensam não ter contato com suas raízes culturais, quando na verdade elas estão por aí a todo momento."
Para tecer seus tapetes algo psicodélicos, o autor vai atrás dos formatos e materiais clássicos, usando lãs em cores tradicionais como vermelho, vinho, azul e bege. Em meio a esses padrões rígidos, o artista insere movimentos, formas desconstruídas, angulações desconexas e diferentes tons. Como quando um computador ou vídeo game tem uma falha no sistema e a tela fica toda cheia de formas e cores confusas. É nesse tipo de imagem que o artista transforma os tapetes milenares. Ele afirma que quando está criando, faz tudo sem pensar, de forma espontânea.
Faig Ahmed é natural de Baku, onde tem seu estúdio e além de tapeçaria também faz trabalhos como pintura, instalações e vídeos. Seus projetos buscam unir formas tradicionais e modernas ampliando as fronteiras existentes na arte.