Quando os arquitetos do escritório britânico Stanton Williams assumiram o projeto dessa casa no norte de Londres, uma das preocupações foi erguer uma construção que gerasse pouco impacto visual no entorno e que pudesse oferecer uma experiência bucólica e, ao mesmo tempo, elegante aos seus moradores. A construção com quase 600 m² ocupa uma área de conservação no Fitzroy Park, onde havia originalmente uma habitação dos anos 1950.
Para maximizar o aproveitamento da vista, os arquitetos desenharam uma casa de linhas contemporâneas, com faces transparentes que diluem os limites entre o interior e o exterior. Os espaços internos são todos muito amplos, favorecidos pela esbelta estrutura com pilares circulares.
A planta tira partido do terreno inclinado. Os ambientes se espalham por dois pavimentos e por um subsolo integrado ao jardim. O acesso principal acontece pela fachada leste, por meio de uma passarela metálica sob a sombra de uma árvore frondosa.
No térreo, onde se concentram as circulações, foi alocada uma ampla sala para o piano logo na entrada. No andar inferior há um espaço com áreas de estar generosas e integradas, além da cozinha separada por portas deslizantes. O pé-direito de seis metros e os painéis de vidro que se estendem do teto ao piso aumentam a sensação de amplitude.
O pavimento superior é definido por uma ampla caixa retangular que pousa sobre o bloco parcialmente envidraçado. É nesse nível mais reservado que ficam os quatro quartos colocados lado a lado e voltados para o verde, todos eles com varandas revestidas por folhas de madeira africana.
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Os arquitetos contam que, em função da localização da casa, a preferência foi por materiais que existem na natureza. Daí a fachada com madeira accoya pintada de cinza escuro e finas placas de granito. Em vários ambientes, foram instaladas claraboias para trazer luz e criar mais interfaces entre os usuários e a natureza.
Nos interiores, o piso e o forro de madeira adicionam aconchego. Com exceção do living, onde pendentes em forma de ninho atenuam o pé-direito, a iluminação é discreta, quase sempre embutida em paredes e forros.