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Diamantes são os melhores amigos de...

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Tefaf joias (Foto: Isabel Junqueira)

Feira de antiquariato mais reputada do mundo, a TEFAF cobre cerca de sete mil anos de artes plásticas e decorativas. Para os amantes da joalheria, é um evento particularmente especial, afinal, não é tão fácil encontrar no mercado joias gregas, egípcias, romanas e até mesmo de épocas mais próximas da nossa, como as do século 17 e 18. A explicação é simples: enquanto uma obra de arte raramente é modificada - a não ser, claro, por acidentes ou efeitos naturais do tempo - joias são feitas de matérias-primas valiosas, portanto, suas pedras eram constantemente desmontadas e seu ouro e prata derretidos, mudando de forma de uma geração para outra.

Uma peça da imperatriz Eugênia, notória colecionadora de joias, escapou deste trágico destino: a S.J. Philips colocou à venda no seu estande um broche realizado em 1865, composto de diamantes e uma pérola no centro – Eugênia pegou o gosto por pérolas de Maria Antonieta, seu ícone de estilo! A galeria londrina também tinha ótimos colares e brincos ibéricos dos séculos 17 e 18. Falando em realeza, a Kugel expunha um objeto comemorativo preciosíssimo, dado de presente ao rei Carlos VI da Áustria durante a sua coroação em 1711. Feito de bronze dourado e ornado das mais diversas pedras preciosas, o objeto representa todos os monumentos efêmeros construídos durante este tipo de ocasião e é repleto de símbolos da dinastia imperial.

Tefaf joias (Foto: Isabel Junqueira)

Além das suas joias inspiradas na rica história da Itália (da época romana até o período renascentista), a marca milanesa Buccellati apresentou um objeto que destoava dos demais: uma capa de iPhone feita em ouro gravado e diamantes, formando desenhos inspirados numa ilustração de sol de Leonardo da Vinci. Quem quiser um acessório precioso para seu celular terá de desembolsar 150 mil euros! Ainda na Buccellati, os objetos de prata eram um espetáculo à parte.

Antiquário de Amsterdã especializado em joalheria, o Marjan Sterk tinha ótimas peças da época de René Lalique, mas caí de amores mesmo por um conjunto inteiro da Van Cleef & Arpels de ouro e... madeira! A sorte é um dos temas prediletos da maison francesa e foi, inclusive, tema para uma coleção recente de alta joalheria. A marca vêm fazendo joias Touch Wood, misturando madeira com pedras preciosas, há um século. Na Epoque Fine Jewels, o grande highlight foi, sem dúvida, um colar em estilo etrusco do final do século 19, assinado pela dupla Carlo e Arthur Giuliano. Motivos etruscos tiveram um revival nesta época por conta das diversas escavações arqueológicas. A proeza técnica desta peça é impressionante, mas outro aspecto logo chama a atenção: o uso de pérolas de caverna, formadas quando a água que goteja dentro de grutas de calcário perde o dióxido de carbono e vira calcita.

Tefaf joias (Foto: Isabel Junqueira)

Especializada em joias assinadas por artistas, a galeria Didier trouxe uma exposição showstopper de pintores, escultores, arquitetos e designers italianos do pós-guerra, como Afro Baseldella, Giorgio de Chirico, Umberto Maistroianni e Ettore Sottsass. O restante do acervo também impressionava: do par de brincos em espiral de Man Ray, passando pelos colares de Niki de Saint Phalle e Sonia Delaunay, a galeria exibia até peças de Picasso.

Na galeria argentina de arte colonial espanhola Jaime Eguiguren, uma mesa do século 17 parecia uma joia: realizada provavelmente no México, o objeto composto de madrepérola e tartaruga mostra a influência oriental na América desta época. O trabalho é de inspiração oriental, mais especificamente das Filipinas.

Reino dos diamantes, a Graff apresentou um anel com a versão amarela da sua pedra fetiche de nada menos que 90,14 quilates. Um outro anel solitário, com menos quilates, na cor azul bebê era, no entanto, mais raro! No estande da A la Vieille Russie, vi alguns dos objetos mais interessantes, como um colar feito de ouro, diamantes, safiras e pérolas de Fabergé com inspiração bizantina. A peça de 1910 representava o motivo do Cristo Pantocrator, típico da arte bizantina, e é na verdade a réplica de um colar que está no MoMA. Mas o que conquistou meu coração foi um ratinho de dar corda, todo em ouro e pérolas, do início do século 19.

* A jornalista viajou a convite da feira.

Tefaf joias (Foto: Isabel Junqueira)

 

Tefaf joias (Foto: Isabel Junqueira)

 

Tefaf joias (Foto: Isabel Junqueira)

 

Tefaf joias (Foto: Isabel Junqueira)

 

Tefaf joias (Foto: Isabel Junqueira)

 

Tefaf joias (Foto: Isabel Junqueira)

 

Tefaf joias (Foto: Isabel Junqueira)

 

Tefaf joias (Foto: Isabel Junqueira)

 

Tefaf joias (Foto: Isabel Junqueira)

 

Tefaf joias (Foto: Isabel Junqueira)

 

Tefaf joias (Foto: Isabel Junqueira)

 

Tefaf joias (Foto: Isabel Junqueira)

 

Tefaf joias (Foto: Isabel Junqueira)

 

Tefaf joias (Foto: Isabel Junqueira)

 

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Tefaf joias (Foto: Isabel Junqueira)

 

Tefaf joias (Foto: Isabel Junqueira)

 

Tefaf joias (Foto: Isabel Junqueira)

 

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