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Um edíficio para revisitar o passado

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Cité de La Musique et La Dance (Foto: Antonio Martinelli / Divulgaçã)

A assinatura do arquiteto francês Henri Gaudin já estampou projetos como o Grand Théatre de Lorient, o Palais de Justice de Besançon e a École Normale Supérieure de Lyon. Por isso, sua expertise em projetos públicos foi requisitada para criar o Cité de la Musique et de la Danse (Centro de Dança e Música) em Soissons, uma comunidade no norte da França. 

O edifício de 4 mil m² nasceu com a proposta de criar novas possibilidades para a música, a dança e o teatro local, norteado pela ideia de criar um bom centro de ensino dessas práticas - antes, o edifício que abrigava essa função não possibilitava o conforto acústico e espacial para tal. Por isso, cada uma das áreas recebeu a devida atenção: um auditório de 500 lugares, um anfiteatro de 120 lugares, um espaço para orquestra e uma sala de órgão, além de um espaço para documentação. 

Cité de La Musique et La Dance (Foto: Antonio Martinelli / Divulgaçã)

O ponto de partida arquitetônico que inspirou o projeto foi a abadia de Saint-Jean-des-Vignes, um monastério que serviu para os agostinianos, localizada na montanhas da comunidade e próxima ao sítio de construção. Fundada em 1076 por Hughes Le Blanc, hoje apenas suas ruínas sobrevivem - daí a necessidade de preservar a memória e o estilo gótico francês, que caberia perfeitamente nas palavras de Marcel Proust no Em Busca do Tempo Perdido.

Assim como a abadia, o edifício se estende em linha horizontal sob um telhado de vidro que protege a nave central, localizada entre os arcos da construção - essa forma tem como função balancear o caráter vertical das duas torres. E, claro, privilegiar a iluminação, que atravessa os vidros e se projeta nas duas principais entidades do projeto: o auditório e o conservatório.

Cité de La Musique et La Dance (Foto: Antonio Martinelli / Divulgaçã)

Os interiores privilegiam o concreto, o mármore e a madeira - além de, claro, o branco total e um pé-direito sem precedentes. Todas as salas de aula são localizadas no segundo andar e se conectam por longos corredores e escadas - com guarda-corpo envidraçado - ao pavimento inferior.

Na fachada, os arquitetos escolheram tijolos ocre para expressar a densidade projetual. Em contrapartida, os arcos têm tijolos revestidos por camadas brancas de tinta. A antiga abadia pode ser observada de dentro, através das grandes janelas, ou refletida nos vidros espelhados da construção - é o passado que veio fazer uma visita. 

Cité de La Musique et La Dance (Foto: Antonio Martinelli / Divulgaçã)

 

Cité de La Musique et La Dance (Foto: Antonio Martinelli / Divulgaçã)

 

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Cité de La Musique et La Dance (Foto: Antonio Martinelli / Divulgaçã)

 

Cité de La Musique et La Dance (Foto: Antonio Martinelli / Divulgaçã)

 

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Cité de La Musique et La Dance (Foto: Antonio Martinelli / Divulgaçã)

 

Cité de La Musique et La Dance (Foto: Antonio Martinelli / Divulgaçã)

 

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