Depois de dois anos procurando o apartamento ideal, Noga Harizman e Zwika Pres decidiram aceitar um canto não tão perfeito assim para eles e seus três filhos. Compraram, por 1,45 milhão de dólares um apartamento antigo de 177 m² no Upper West Side de Manhattan. Ela sabia; ele sabia. Seria preciso uma reforma profunda para que o imóvel se transformasse num lar. “O local havia permanecido intocado pelos últimos 40 anos”, disse Harizman.
Dentre todos os problemas, o maior deles era a escuridão. Isso porque o apartamento foi construído numa época diferente. No passado, a privacidade era um princípio mais relevante que o bem-estar. Assim, cada cômodo deveria ser independente, enclausurado em si, às vezes escuro e mal ventilado. A cozinha integrada com o estar, por exemplo, era o maior pesadelo das donas de casa. Afinal, como aceitar que os convidados vissem a bagunça dos bastidores?
Bem, os tempos mudaram. E com a ajuda da arquiteta Ronny Piotraut, do escritório My Home, a morada se atualizou.
Paredes vieram abaixo. Várias delas. Cozinha, salas de jantar e de estar se uniram. Outras paredes subiram. O apartamento, em seu layout original, contava com dois banheiros. Depois da reforma, três. O maior deles foi dividido. Metade serve o dormitório do casal e o outro banheiro, os filhos, voltando-se para o corredor.
Os três quartos existentes foram ocupados – um pelo casal e os outros, cada um por um filho. O dormitório de empregada foi reformado para que um dos rebentos ocupasse com conforto. O banheiro menor liga-se a esse cômodo. Outra área cuja função foi alterada é o foyer, transformado num escritório.
A renovação, que havia sido orçada em 200 mil dólares, acabou custando 320 mil. O casal ficou surpreso, mas nem tanto. Assim é morar em Nova York.