É quase um trava-língua, a chamada para essa palestra que completa o ciclo que acontece no MAM sobre a exposição P33; quem fala hoje (13/11) é o artista e arquiteto Philippe Rahm. O tema, Arquitetura Meteorológica, conceito desenvolvido em seu livro, lançado em 2009, trata de o artista e arquiteto atribuir ao setor de construção uma das responsabilidades do aquecimento global. Na prática, Rahm dá um passo além da questão dos materiais sustentáveis e propõe que o próprio clima sirva de linguagem arquitetônica ao indagar se “o vapor, o calor ou a luz poderiam constituir as novas bases de construção contemporânea”. A pertinência desse modo de construir espaços a partir de índices imateriais (cheiros, temperaturas, estímulos hormonais…) constitui também um programa estético ao convidar o visitante a mergulhar em ambientes sensoriais.
Para quem não puder ir amanhã, o 33º Panorama da Arte Brasileira fica em cartaz até dia 15/12. Sob o título “P33: Formas únicas da continuidade no espaço”, esta nova edição da mostra volta-se ao próprio museu com a missão de repensá-lo estruturalmente. Sob curadora de Lisette Lagnado e curadora-adjunta de Ana Maria Maia, 32 convidados apresentam suas visões de como poderia ser a sede do MAM. Entre os escritórios de arquitetura: Andrade Morettin, gruposp, spbr e Tacoa.