
Aquela história de que você sai do lugar, mas o lugar não sai de você, é mais do que verdadeira no caso do chef Salvatore Loi. Nascido na ilha italiana Sardenha, com mais de trinta anos de carreira, ele nunca deixou de lado os sabores de sua terra. Agora, no restaurante que leva seu nome, localizado no bairro paulistano de Pinheiros, não seria diferente. O que não faltam são referencias à gastronomia sarda no menu, desenvolvido totalmente por ele.


“Criar todos os pratos foi algo demorado, mas muito bonito. Fui atrás dos melhores produtos e testei para valorizar cada ingrediente e imprimir minha personalidade”, conta Loi. Foi assim que nasceu o menu, que tem como “xodó” do chef os Cullingiones, massa fresca recheada com ricota e limão – uma das mais tradicionais de Sardenha. As massas frégula e as lereghitas também “balançam” Salvatore e trazem boas lembranças das reuniões de família – para ele, sinônimos de comida boa.


Apesar de ser um restaurante grande, com dois pisos e capacidade para 80 pessoas, o Salvatore Loi é extremamente intimista. No projeto, feito pelo arquiteto Jayme Lago, a cozinha saiu dos bastidores e virou protagonista – ela é aberta para o salão térreo. A luz natural entra pelas janelas e ilumina a arquitetura que tem influencias clássicas dos grandes restaurantes italianos, mas com toque contemporâneo na medida, com um mix de cores sóbrias e muito mármore marrom.


A preocupação com todo processo criativo não envolveu apenas menu e arquitetura, como também cada detalhe do ambiente. Os vasos, louças, copos e talheres foram trazidos da Itália, claro. E para manter o clima de exclusividade o chef encomendou cerâmicas, que foram desenvolvidas pela artesã Hideko Honma e pelo Studio Neves.

