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O lugar onde a biodiversidade reina

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  (Foto: Sergio Grazia)

Números podem resumir uma vida inteira dedicada ao trabalho: 5 mil aves, 150 mil insetos e 4,5 mil plantas. Durante seus 78 anos de vida o botânico, ornitólogo e entomologista Georges Durand transformou seu oficio em paixão e conseguiu alcançar o status de um dos mais notáveis naturalistas da primeira metade do século 20. Após seu falecimento a casa e todas as suas coleções foram deixadas para o Museu Nacional de História Natural de Paris. Apesar de pertencerem até hoje à instituição seu domínio foi concedido em 2007 para a cidade francesa La Roche-sur-Yon, onde Durand nasceu e local escolhido para ser a sede do Museu e Centro de Pesquisa Beautour, inaugurado em junho deste ano.

De uma propriedade de 206 hectares restaram apenas oito, completamente aproveitados para o Beautour. A mansão de Durand foi conservada e houve a restauração de janelas, pisos e toda a estrutura de madeira. As paredes exteriores foram revestidas de material cinza claro e gesso, e o teto de telhas de cimento ganhou novas peças. Essa ala de atmosfera doméstica ficou reservada para os espaços associativos e laboratórios de pesquisa. No piso térreo há uma passagem para o hall de entrada localizado em uma área construída posteriormente.

O estúdio de arquitetura Guinée*Potin, responsável por todo o projeto de renovação da casa e construção do anexo, buscou preservar ao máximo a natureza local. Para minimizar os impactos no solo foram escolhidas fundações pré-fabricadas de madeira, ao invés da opção pelo concreto. A calefação durante o inverno funciona graças ao telhado e paredes – de 35 centímetros – feitos de palha. Já no verão o superaquecimento é evitado por painéis de isolamento e da posição das janelas, que faz com que a luz não vá diretamente para dentro.

No interior há um local reservado para exposições permanentes que ressaltam o trabalho dos naturalistas. Ali também existem salas de estudos, de conferências, refeitório e um jardim abandonado que foi transformado em campo de insetos. A área externa também é utilizada para atividades como visitação do lago onde, devido à pouca drenagem, é formada uma argila de ótima qualidade e também ao projeto de purificação de água realizado de forma natural pelo cascalho ali presente. 

O Museu e Centro de Pesquisa Beautor foi construído como um espaço onde projetos educacionais e científicos possam ser desenvolvidos visando a preservação da biodiversidade da região e, consequentemente, conscientização dos visitantes. 

   (Foto: Sergio Grazia)

 

  (Foto: Sergio Grazia)

 

   (Foto: Sergio Grazia)

 

  (Foto: Stephane Chalmeau)

 

  (Foto: Sergio Grazia)

 

  (Foto: Nicolas Pineau)

 

  (Foto: Sergio Grazia)

 

  (Foto: Guinée*Potin Arquitetura)

 

  (Foto: Xavier Poirier)

 


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