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Paul Smith conversa com Casa Vogue

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  (Foto: Divulgação)

Ele é um dos símbolos do luxo British no mundo. Seu nome é um universo que combina moda, arte e design. A chave de seu sucesso é um patchwork de estilo e ironia, English style e experimentação. E as inconfundíveis listras coloridas, seu leitmotiv, seu arco-íris, sua assinatura. Estamos falando de Paul Smith, nomeado Sir pela Rainha Elizabeth em 2000 e agora homenageado com uma grande retrospectiva, inaugurada no Design Museum, de Londres. Batizada de Hello, My Name Is Paul Smith, a exposição conta a vida de Sir Paul, com histórias e imagens de seu sucesso internacional e também de seu arquivo pessoal.
 

Uma vida no fio do destino e da ironia, a deste fashion designer, que aos 14 anos abandona a escola com o objetivo de se tornar um ciclista, mas tem seu sonho interrompido por um grave acidente e se vê na necessidade de levar à frente o trabalho do pai em uma boutique masculina. Por outro lado, a descoberta da alfaiataria de Savile Row e da criatividade dos estudantes de moda, aliada ao entusiasmo dos anos 1980, logo faz com que Paul mude o rumo da própria vida. Sua primeira loja foi aberta em 1970 na cidade de Nottingham, no espaço diminuto de 3 x 3 m. A última, em Albermarle Street, Londres – entre elas, fama em nível planetário. Com vocês, Paul Smith.

  (Foto: Divulgação)

O que essa mostra significa para você?
O Design Museum me dedicou uma primeira exposição em 1995, pelos 25 anos de minha carreira. Hoje sou, obviamente, entusiasta da nova homenagem – mais que uma retrospectiva, espero que seja um encorajamento para os jovens talentos.

Você é, ao mesmo tempo, objeto e sujeito da mostra, porque está muito envolvido em sua organização
Com a grife Paul Smith, não desenhamos apenas roupas,mas tambémas nossas lojas, fazemos muitas colaborações – como, por exemplo, com a água Evian e com o automóvel BMW Mini –, e eu mesmo fotografo as campanhas publicitárias. Portanto, essa mostra fala de Paul Smith em 360 graus, como marca e como homem.

Sua primeira loja será recriada no museu. Que tipo de recordações existem daquela época?
A mostra parte desse ambiente, que não era propriamente uma loja, mas um aposento sem janela em um subterrâneo, aberto somente dois dias por semana. Um cartaz informará: “Estas são as medidas reais da primeira loja”. Tudo para mostrar aos visitantes que a partir das pequenas coisas é possível fazer grandes progressos.

Hoje, com quantas lojas conta a brand?
São quase 2 mil, entre lojas monomarcas, franquias, revendedores autorizados e lojas de departamentos. Nos cinco continentes.

É conhecida sua paixão pelo acúmulo de objetos e inspirações. Há um fio condutor em suas coleções?
Meu estúdio é repleto de objetos, mas não existe um denominador comum. Coleciono coisas preciosas e despojadas de valor, belas e kitsch, escolhidas por mim ou recebidas como presente, portanto não escolhidas!

Qual é sua concepção de interior design e decoração? Vai haver alguma coisa na mostra relativa ao mundo“casa”?
Há 15 anos, o design de interiores era muito minimalista e monocromático. Agora estão voltando a fantasia, a cor, e eu gostaria de sugerir, portanto, que não tenham medo, mas, ao contrário, pintem a casa não com as cores julgadas mais cool no momento, mas com aquelas que os façam se sentir bem. O mesmo vale para a decoração. É fabuloso adquirir um móvel, uma escultura, um tapete quando se está viajando ou em um momento particular da vida. Aquela peça guarda para sempre uma bela recordação. E assim a habitação se transforma numa casa.

E quais são seus próximos projetos?
Continuar a abrir lojas. A crise está fazendo com que muitos de nossos pequenos revendedores fechem suas portas. Queremos continuar a manter o relacionamento com eles, mas o futuro prevê mais lojas monomarcas. No momento, trabalhamos em novas unidades na Alemanha, na Suíça, na China e na Austrália.

Moda, comunicação, design... Paul smith é criatividade a 360 graus. O que significa ser o “criador” deste mundo?
Os criativos em geral desejam continuar a conduzir em vez de seguir, mas hoje infelizmente muitas grifes são parte de uma indústria da moda homogênea. Para o futuro, espero continuar a ditar tendências e não me subjugar!

Hello, My NaMe Is Paul Smith
Local: Design Museum de Londres
Endereço: Shad Thames, London SE1 2YD 
Data: até 9 de março de 2014

  (Foto: Divulgação)

 

  (Foto: Divulgação)

 

  (Foto: Divulgação)

 

  (Foto: Divulgação)

 

  (Foto: Divulgação)

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