Quando foi convidado a participar de uma mostra de arte a céu aberto em um parque de Leiderdorp, o holandês Rob Sweere não teve dúvidas quanto ao local de sua instalação. No meio do jardim, havia uma árvore da espécie Cercis siliquastrum cujas folhas têm formato de coração. O artista descobriu que, apesar de ser chamada de Judasbaum em seu país (árvore-de-judas, em Holandês), a nomenclatura em inglês era muito mais agradável. Assim, ao redor da “árvore do amor”, nasceu Contemplatorium – Love Tree.
A obra, uma espécie de gazebo futurista em forma de arco, é equipada com dois bancos em seu interior, um em cada lado da estrutura. Entre eles, bem no meio, fica a árvore, que cresce por uma abertura retangular no teto, mesclando a luz do sol, o verde das plantas e o azul do céu. O local não poderia ser mais convidativo para uma boa conversa, um minuto de meditação ou mesmo um descanso rápido. “Meus objetos de arte não são feitos para se completarem. Eles são instrumentos para conectar as pessoas com os elementos naturais, com outras pessoas ao redor e com elas mesmas”, explica Rob Sweere, para Casa Vogue.
Contemplatorium – Love Tree é feita de madeira e tem acabamento asséptico em branco, criando um visual chocante à primeira vista. Para o artista, que já produziu dezenas de instalações em meio à área verde, a estética escolhida não poderia ser diferente: “No meu trabalho, sempre busco uma conexão com a natureza. Se interfiro no meio ambiente, como artista, não devo fazer isso de forma discreta. Acontece que sou um ser humano e tudo que faço carrega essa marca muito importante, que deve ser valorizada”, defende Sweere. “Além disso, a simetria branca e suave da instalação ainda torna todo o verde ao seu redor ainda mais deslumbrante”, completa.