Esta morada localizada em Alibag, na Índia, é dividida por um riacho. De um lado fica o pavilhão social, do outro a ala íntima. A construção perde-se entre o rústico e o contemporâneo. Ou melhor, ela se encontra na extrema integração com a natureza. Por fora, as paredes apresentam-se de concreto, mas do lado de dentro, a maioria das superfícies são alvas. Trata-se de um refúgio simples, com ar sereno.
A construção elaborada pelos profissionais do Architecture Brio respeita a natureza de forma completa. A própria inserção da obra no terreno é bastante cuidadosa, tendo sido feita de modo a impactar minimamente no ambiente e em seus contornos. A volumetria peculiar da casa justifica-se pelas vistas que os arquitetos elegeram como as melhores. Certas faces foram alteradas de modo a capturar a visão de uma árvore ou uma cena particular.
As duas alas da morada ligam-se através de uma fina ponte coberta. O riacho, claro, passa por baixo dessa estrutura. Partem dos dormitórios e da sala de estar pequenos anexos que não tocam o chão. De algum modo paradoxal, por essas fatias da casa estarem em balanço, elas reafirmam o aterramento da construção. Por outro lado, os terraços elevados dão leveza ao conjunto, que tendo como acabamento o concreto poderia ser pesado demais.
Internamente, a cozinha é o coração deste lar de 300 m². O ambiente, que liga-se diretamente com o meio externo, é iluminado por uma grande clarabóia. A sala de jantar, que fica próxima dali, abre-se para a piscina, que foi desenhada de modo alinhado ao riacho. Algumas árvores existentes a sombreiam. O pavilhão íntimo pode ser acessado pela área da piscina. É um sutil pergolado que indica o caminho a ser traçado.
