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Chez Oscar, novo e moderno

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  (Foto: Filippo Bamberghi)

Instalado em um prédio-escultura na Oscar Freire, em São Paulo, o mais novo restaurante comandado pela trupe Karina Mota, Seba Orth, Rafael Pelosini, Lucas Mello e David Laloum, chamado Chez Oscar – para seguir a lógica do grupo que criou o Chez Lorena (já extinto) e o Chez MIS –, é dividido em quatro espaços, um em cada andar, que oferecem diferentes experiências. Seguir direto rumo ao cubo suspenso no quarto nível para um drinque é uma opção; atravessar a entrada dramática do primeiro e ali permanecer para o jantar é outra; uma terceira possibilidade é acomodar-se nas mesinhas na calçada, ao estilo dos cafés parisienses, para admirar o flanar na rua. No menu? A mesma filosofia dos demais Chez liderados pelo chef Leo Botto: comida com ar caseiro que valoriza os produtos orgânicos. Nesta filial, porém, haverá uma atenção especial às carnes.

A linguagem da marca Chez se mostra aqui com mais personalidade do que nos demais estabelecimentos. A montanha de velas está mais exibida do que nunca. Uma parede de vidro que separa os banheiros do salão tem seus quase 11 m de extensão recobertos por cerca de mil quilos de parafina, formando uma cachoeira de velas – sinal ritualístico que agrada ao sócio francês Seba Orth, responsável pela direção de arte do grupo, que garimpa matérias-primas e cria os móveis no próprio canteiro da obra. “Às vezes, encontramos sobras de material ou recebemos peças danificadas e criamos algo que não estava nos planos. A mesa de espera, por exemplo, chegou rachada na ponta. Então derretemos estanho na parte lesada”, ilustra.

Azul, verde-inglês, creme e muito preto-fosco são os tons da casa, além do prateado na dose generosa de aço inox. No salão do bistrô, dois sofás de 10 m, revestidos de couro verde, são acompanhados por mesinhas rústicas que, quando unidas, formam um tronco de garapeira. Seba explica: “Buscamos a essência dos materiais, que emocionam e, por isso, são luxuosos. Assim, usamos metais de verdade, objetos feitos à mão, madeiras com o mínimo de transformação”.

  (Foto: Filippo Bamberghi)

Além da madeira predominante, a corda na base das luminárias e as pedras sobre a mesa, outras marcas do Chez, aquecem a linguagem industrial do espaço. “As pedras, que vêm das montanhas, carregam mais história do que o plástico, por exemplo, que sai de uma fábrica. Gosto de brincar com as formas que elas trazem para o ambiente”, declara o francês.
O edifício inusitado, com projeto do premiado escritório de arquitetura Triptyque, é marcado por uma caixa metálica suspensa no quarto piso. Esse volume, concebido como um contêiner, parece independente e visualmente instável, mas se apoia sobre três outros volumes desalinhados e recuados. Um espetáculo visto da rua, pois o material espelhado reflete o que se passa no exterior. “A ideia do projeto foi verticalizar um pouco as atividades da rua”, diz o arquiteto Guillaume Sibaud, do Triptyque.

De olho no boom turístico da Copa deste ano, os sócios pretendem transformar o novo Chez em um cartão-postal da cidade, sem deixar de cuidar do entorno. “Queremos diminuir ao máximo o impacto na área – ser um benefício para a região, e não um desconforto”, diz Seba. Não haverá som alto de casa noturna nem tumulto com carros, pois a casa tem garagem no subsolo. Aos privilegiados vizinhos, desconto especial.

* Matéria publicada em Casa Vogue #341 (assinantes têm acesso à edição digital da revista)
 

  (Foto: Filippo Bamberghi)

 

  (Foto: Filippo Bamberghi)

 

  (Foto: Filippo Bamberghi)

 

  (Foto: Filippo Bamberghi)

 

  (Foto: Filippo Bamberghi)

 

  (Foto: Filippo Bamberghi)

 

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  (Foto: Filippo Bamberghi)

 


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