A decoração lúdica é a pedida certa para os quartos infantis, sem a necessidade de se ater à algum tema específico, muito menos à cores extravagantes. Este quarto mostra como aliar as formas e referência da infância com uma paleta de cor mais sóbria e minimalista. A cama preta em formato de carrinho está posicionada longe das paredes, permitindo maior circulação da criança no próprio quarto. Ao redor dela, diversos objetos de texturas variadas proporcionam conforto e acolhimento. A estrutura de madeira, que lembra uma porta de fazenda, guarda brinquedos e livros; e, junto com a luminária all white, que parece ter saído de um set de gravação, trazem certa personalidade para a decoração.
Ela é do Nordeste. Ele, do Sul. Juntos, os moradores deste apartamento de 59 m², no bairro da Bela Vista em São Paulo, emprestaram os seus regionalismos e suas personalidades únicas para o décor. Projeto da Inside Arquitetura, a ideia era unir os estilos rústico e industrial nos ambientes. “O desafio era harmonizar o diálogo dos materiais, utilizando cimento queimado e madeira de demolição, por exemplo”, conta Sara Rollemberg, que assinou o projeto com Fabiola de Souza.
Por todo o apartamento, os moradores optaram por acessórios coloridos e descontraídos que refletem quem são enquanto casal. Caso da parede lousa que revela através de uma janela a cozinha e a varanda e do arranjo de parede composto por relógio, folha, lanterna, quadros e escultura indígena. Marrom, vermelho e verde - os tons da floresta - compõem a paleta de cores do projeto.
Há também um toque de amarelo na “porta celeiro” que divide a área social dos quartos. “O modelo que usamos é de uma porta deslizante que se abre totalmente”, conta. Ao lado da porta amarela, existe um sofá e uma TV suspensa no teto. Na parede oposta, há uma bancada, ao lado da estante/adega, com home office integrada totalmente à área social. Perto da mesa de jantar de madeira, com cadeiras de diversos tipos, um bar abriga algumas bebidas e diferentes tipos de taças.
Um dos principais pedidos do casal foi uma comunicação direta entre a cozinha e a varanda. Mas havia uma área de serviço no meio do caminho. “Chegamos juntos à conclusão que a cozinha poderia ser realocada na varanda, de forma que todos os ambientes da área social fossem integrados, ampliados e recebessem luminosidade contínua e direta”, explica. O resultado da intervenção foi, portanto, uma lavanderia no centro do apartamento, sem varal, apenas um espaço para a máquina lava e seca.
Outro destaque do projeto é o lavabo impactante com lambe-lambes revestindo a parede da pia, enquanto isso o interior do boxe ganhou revestimento de porcelanato que imita madeira - fazendo o contraste entre as duas áreas.
O banheiro do casal também possui um detalhe que vale a pena destacar. A cuba de sobrepor, em tons de cinza, fica sobre a bancada que foi coberta de pedras brancas dando charme ao ambiente. O quarto do casal ganhou uma cama sob medida com um baú para guardar pertences. A parede da cabeceira foi decorada com quadros estampados com folhas sobre uma parede de tijolinho branca - reforçando a atmosfera industrial.
A cor faz referência ao tom rosado do pastrami fatiado. O ingrediente é a grande estrela do Rare Pastrami Bar, que tem acabamentos de estilo industrial no décor.
Além das placas que revestem as paredes, o metal rosa aparece nas luminárias e nas bordas e bases das mesas. Para complementar o tom predominante e dar aconchego, a madeira foi o material escolhido para o mobiliário.
Diferentes opções de assentos acomodam os visitantes: mesas redondas individuais, bancadas e até uma arquibancada bastante descontraída.
A variedade de ingredientes nativos é o que torna a gastronomia brasileira tão fantástica e aclamada. Neste bolo, mais brasileiro do que nunca, o chef Thiago Medeiros, do Restaurante Simplesmente, combina o sabor inquestionável do coco, o toque diferenciado do cacau e o azedinho-doce da manga, numa receita que tem tudo a ver com o Brasil: misturado, alegre e saboroso.
2 xícara de farinha de arroz
1 xícara de farinha de mandioca
1/2 xícara de farinha de amêndoas
1/2 xícara de farinha de coco
2 xícara de açúcar mascavo
2 xícara de leite de coco
2 colheres de sopa de óleo de coco
2 colheres de sopa de cacau em pó
2 colheres de sopa de farinha de linhaça (em 6 colheres de sopa de água)
1 colher de sopa de extrato de baunilha
1 colher de sopa de suco de limão
1 pitada de sal
1 colher de chá de bicarbonato
Ingredientes da calda
2 mangas palmer cortadas em cubos
1 xícara de suco de laranja natural
1 xícara de açúcar demerara
4 bagas de cardamomo
Modo de preparo
Em uma panela em fogo brando, misture metade do leite de coco, óleo de coco e o cacau em pó, até ficar tudo bem homogêneo. Reserve em um bowl grande para resfriar. Em paralelo, misture o limão, o extrato de baunilha e o restante do leite de coco. Reserve. Adicione as farinhas, o açúcar e o gel de linhaça (mistura da farinha com água) à calda de cacau e misture tudo até obter uma massa homogênea. Por fim, acrescente o bicarbonato, o sal e a mistura de limão com extrato de baunilha e leite de coco. Incorpore tudo à massa e despeje em uma forma untada com óleo e polvilhada de açúcar. Leve ao forno pré-aquecido a 180º por 45 minutos ou até quando espetar um palito e ele sair seco. Para a calda de manga, basta levar ao fogo as mangas cortadas em cubos, com o suco de laranja, o açúcar demerara e as sementes de cardamomo até desmanchar. Em seguida, bata no liquidificador e sirva quente sobre o bolo.
Desde agosto deste ano, estamos em débito com o planeta, no sentido de que não há mais recursos naturais que possam ser “explorados” por nós que tenha possibilidade de “reposição” dentro de um ano. Portanto, usamos mais do que temos em mãos. O tema foi, inclusive, muito bem debatido no talk sobre sustentabilidade durante o Casa Vogue Experience, com Fernanda Paes Leme, Fê Cortez e Carol Piccin. Tendo isso em vista, vale repensar todo o consumo de final de ano e o quanto os presentes que estarão embaixo das árvores de Natal estão de acordo com a nova necessidade do meio-ambiente. Por isso, Casa Vogue separou dicas de presentes sustentáveis para celebrar com consciência, que podem ser combinados em um verdadeiro kit pró meio-ambiente. Confira!
O copo Menos 1 Lixo, iniciativa criada pela influencer, ativista e embaixadora das águas na ONU Brasil, Fê Cortez, acaba de ganhar uma parceria para lá de fofa. Ao lado da Insecta, marca de sapatos e acessórios veganos, ela criou uma versão preta e branca com insetos estampados na tampa do copinho retrátil. A ideia é substituir os mais de 150 copos plásticos que, em média, cada pessoa consome em um único mês.
A arquiteta e designer Roberta Faustini viu no curto ciclo de vida de objetos a oportunidade para projetar o conjunto Vira e Mexe, jogo de móveis infantis que podem desempenhar diferentes funções com o passar dos anos. Suas peças feitas com madeira de reflorestamento e laminado PET (revestimento composto por matérias-primas recicladas) assumem o papel de mesa, cadeira, cadeirão e até estante.
O trabalho no ateliê da TOCO gera inúmeras peças incríveis para a decoração da casa e da cozinha. E para não deixar que nenhum toquinho seja jogado fora, a política zero lixo fez todo o sentido na produção artesanal - dando espaço para novos produtos feitos a partir do reaproveitamento de restos que seriam jogados fora. Caso dessas luminárias de mesa super fofas e práticas para deixar perto da cama ou criar um clima na sala de estar. A parte legal deste reaproveitamento é o resultado, que, além de exclusivo, oferece itens de cores diversas.
Quem acompanha Cristal Muniz sabe que a vida sem lixo deixou de ser apenas por um ano, projeto que lhe rendeu um blog incrível, e passou a ser um lifestyle recorrente. Por isso, após tantas experiências, vivências e testes para ver o que funciona melhor ou não, ela lançou um livro com mais de 250 páginas que indica o que você precisa mudar no seu dia a dia, partindo de cada cômodo da casa. Ao final de cada capítulo de Uma vida sem lixo, ela ainda indica o que precisamos parar de usar por ser muito problemático para o meio ambiente. Perfeito para aquele amigo ou amiga que precisa de um incentivo.
Aproveite a época de festas e viagens para investir nesse kit para refeições. Ele garante que qualquer bebida ou comida durante passeios diversos seja consumida de uma forma mais amigável com o planeta, evitando o desperdício de plástico, papel, entre outros resíduos poluentes.
O kit inclui:
Kit canudo reutilizável de vidro All Beings com 1 canudo vidro: "A(mar) o nosso lar", 1 escova para limpeza e 1 capa
Copo Menos 1 Lixo
Kit de talheres dobráveis com bag
Necessaire Lixo Zero
Inspirada nas farmácias antigas, a marca Vela Made in São Paulo desenvolve produtos para aromatizar a casa com ingredientes ecológicos e compromisso com o bem-estar. As velas são feitas a base de soja, o que evita o uso da parafina, alto poluente, ou a cera de abelha.
Marca de cosméticos naturais manufaturada tem opções de sabonetes esculturais para colocar nos banheiros da casa. Os ingredientes orgânicos e óleos vegetais auxiliam de diversas maneiras no tratamento da pele, como refrescância, hidratação e esfoliação suave. Cada produto ainda acompanha uma embalagem em saco de estopa, possível para utilização em outras funções, como guardar acessórios.
Monica Carvalho busca inspiração na natureza para criar de bijoux à esculturas para decorar a casa. Junto com o artista Klaus Schneider, ela faz um trabalho de pesquisa dentro do território brasileiro, interagindo com comunidades para aprender seus saberes artesanais e ouvir suas lendas, descobrindo nosso patrimônio cultural. Cada obra carrega essas histórias descobertas.
Com produção artesanal, familiar e caseira, a paninhos foi pensada para reduzir o uso de embalagens plásticas no dia a dia. Os tecidos novos ou reaproveitados formam cases para marmitas, frutas, sacolas para ir ao mercado ou à feira, assim como guardanapos para substituir o papel em casa. As estampas são delicadas e muito inspiradoras, tiram a estigma de que algo sustentável é feio.
Localizado em Dong Van, na província de Hà Giang, no Vietnã, o S space, um centro cultural comunitário projetado pelo escritório H&P, chama atenção não só por sua imponente estrutura de pedra, mas principalmente pelo seu caráter social e sustentável.
Reutilizando andaimes de tubos de aço, detritos de rocha e pedras descartadas, os arquitetos almejam aumentar a conscientização sobre a exploração não planejada de recursos naturais no Vietnã, que destruiu muitas rochas de valor histórico e cultural e resultou em um profundo desequilíbrio no ecossistema.
Segundo os arquitetos, o projeto é a representação do caminho de um rio que atravessa duas montanhas rochosas. Não à toa, os muros de pedra de 0,4 m de espessura e 3,4 m de altura, são construídos em ziguezague e conectados aleatoriamente entre si através de portas e aberturas.
O exterior, por sua vez, é cercado por água e árvores posicionados de forma estratégica para integrar os ambientes, tornando quase invisível as fronteiras entre parte externas e internas, aproximando as pessoas da natureza.
A cobertura também se destaca no projeto, a estrutura forma uma "nuvem" com tubos de aço e varetas de bambu delicada que protege os 300 m² de área construída do centro comunitário.
Black Sky é uma rocha ornamental exótica de xisto negro com cristais translúcidos, composta por turmalina, quartzo e biotita, entre outros dez minerais. A presença de cristais translúcidos em sua composição permite alternância de cores, conforme a iluminação em seu background.
É possível também beneficiar a rocha de forma que ressalte seu brilho natural proveniente do xisto envolvido de cristais, proporcionando cor metálica e com alto brilho natural.
A Black Sky é uma rocha versátil e ideal para ambientes internos ou externos. Uma boa escolha para quem busca a consagrada elegância dos granitos pretos aplicada à necessidade da criação de ambientes contemporâneos e sofisticados.
Com apenas três meses após o início da extração, a Mineração Guaraciaba já comercializou com empresas norte-americanas e do continente europeu. Para Renato Furtado, sócio-fundador, o grande desafio atual é expandir as vendas para outros mercados, em especial o mercado interno brasileiro, de forma que a Black Sky faça parte da evolução da tendência moderna da arquitetura mundial.
A capacidade de criar algo novo e empreender podem se tornar requisitos básicos nos currículos dos profissionais do futuro. Seja por meio de um aplicativo ou um objeto saído de uma impressora 3D, por exemplo. Uma frente que apoia e incentiva esse movimento é o movimento de educação “steam” (integração de Ciências, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática), que ganhou força nos Estados Unidos no final os anos 1990, e pode ser encontrado em espaços de ensino no Brasil.
A abordagem interdisciplinar tem o objetivo de fazer o estudante “colocar a mão na massa” e desenvolver projetos que buscam inovações e solucionar problemas.
Para o pró-reitor Acadêmico do Centro Universitário Belas Artes, professor Sidney Ferreira Leite, a demanda por esses conhecimentos pode ser observada já no mercado de trabalho do Brasil. Com isso, há cerca de 6 anos, houve a necessidade de criar cursos como o “PIM”, sigla para Projeto Integrado Multidisciplinar, que integra as ciências e é oferecido para os alunos de Fotografia, Desenho e Animação, Produção Musical e Mídias Sociais da Belas Artes. Até 2020, essas aulas devem entrar no currículo dos alunos de Design e Arquitetura e Urbanismo.
“Essa filosofia aparece com o objetivo de formar um ‘maker’, um aluno capaz de fazer, de realizar, não ser só um teórico”, explica.
De acordo com Ferreira Leite, inicialmente a filosofia do “steam” era focada apenas em Ciências, Tecnologia, Engenharia e Matemática, porém, nos últimos dois anos, algumas correntes de pensadores incentivaram a entrada de ‘Artes’, em uma busca por valores artísticos e humanistas. “É perigoso tirar dimensão dos sentimentos do campo tecnológico”, disse. “Esse ‘steam’ é para formar seres humanos, especialistas capazes de ter uma excelente formação tecnológica com dimensão humana e ética”, conta.
Outro investimento da Belas Artes apoiados por essa frente foram em laboratórios de experiências imersivas e de prototipagem, onde alunos produzem vídeos e podem imprimir projetos em 3D. Ele cita também, por exemplo, a possibilidade de apresentar projetos arquitetônicos por meio de óculos de realidade virtual.
Matérias que ensinam sobre empreendedorismo também estão sendo incluídas na grade currícular nas faculdades. “A gente precisa que eles continuem com o espírito de artista, a arte dá sentido para a vida. Porém, também é importante que eles tenham uma atuação mais incisiva na sociedade por meio destas intervenções tecnológicas”, conclui.
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Ministro das Relações Exteriores de Luís 15, o Duque de Choiseul encarnava o típico bon vivant. Mesmo libertino e ateu, conseguiu o cargo de embaixador no Vaticano, graças à amizade com Madame Pompadour, favorita do rei. Mas a prova mais concreta de sua joie de vivre é a casa de cinco andares que construiu em 1791 na chiquérrima rue Saint-Marc, a dois passos da Opéra Comique.
A história da mansão acompanha a de Paris. Foi sede do jornal Le National e abrigou o célebre restaurante Le Poccardi, onde o assassino do político pacifista Jean Jaurès jantou antes do crime que catapultou a França para a Primeira Guerra Mundial. Adquirido por Nadia Murano e Denis Nourry – do Hôtel du Petit Moulin, assinado por Christian Lacroix – para receber o Hotel Saint-Marc, o edifício esbanja, agora, a estética inconfundível do badalado Dimore Studio, deMilão, composto pelos designers Emiliano Salci e Britt Moran.
Mestre em elaborar espaços atemporais, onde clássicos do design convivem com itens vintage e customizados, a dupla precisou desenterrar dois séculos de sobreposições.“Os ícones originais tinham sido removidos”, comenta Moran. “Tivemos de reconstruir o passado, mas também pudemos desenhar elementos novos para criar esta história art déco”. O Dimore Studio concebeu, assim, móveis sobmedida inspiradosnos anos 1930e 1940 e,como de costume, harmonizou-os comobjetos garimpados em feiras. “Gostamos de ‘sujar’ os ambientes, especialmente as áreas comuns, para aquecer a atmosfera”, acrescenta Moran.
Na entrada, o tradicional piso francês de mármore preto e branco conversa com os móveis personalizados, os veludos e as sedas coloridas, enquanto a iluminação com peças da Fontana Arte e Flos engendra um clima intimista. Os 26 quartos foram decorados em seis diferentes estilos, combinando texturas e matizes que nascem do art déco: amarelos-mostarda, vermelhos-bordeaux, verdes-floresta e azuis.“O segredo é usar tons inesperados. Escolher uma cor forte, até escura, e pintar tudo, tanto as paredes quanto o teto, sem medo”, afirma Moran. Nos corredores, carpetes com estampas inusitadas – detalhe que certamente teria aprovação do Duque de Choiseul.
Hotel Saint-Marc – 36 Rue Saint-Marc; diárias a partir de €300
Uma paleta em branco e azul, materiais naturais e muita luz natural. O que mais se pode desejar em um refúgio de veraneio? Estes foram os elementos básicos para compor este apartamento de 225 m² reformado por Paula Magnani Arquitetura na Riviera de São Lourenço, praia no litoral paulista.
O casal proprietário, com sua filha pequena, queria um espaço amplo para receber amigos. “Pensamos em um layout para um apartamento integrado que pudesse ver todos os ambientes de todos os lados”, explica a arquiteta Paula Magnani. Para criar a integração das áreas sociais, foi necessário derrubar algumas paredes. Neste momento, a equipe se deparou com o maior desafio: as vigas baixas. Por conta disso, os móveis contemporâneos e baixos mantém a amplitude visual e garantem conforto.
Repare que a arquiteta repetiu as listras no tapete, da By Kamy, e nas almofadas criando uma atmosfera náutica. Aqui, a poltrona Mole, fornecida pela Dpot e um clássico de Sérgio Rodrigues, ganhou um tom de azul marinho. Na parede, até o cocar, do acervo pessoal da moradora, repete os tons predominantes. No arranjo, ele faz composição com um remo do Antiquário Arnaldo Danemberg e o quadro Casulo, da Interni.
Como o apartamento está no último andar, há um deck e uma piscina com as espreguiçadeiras Pão de Açúcar da Tidelli. O jantar fica totalmente integrado com a varanda e a cozinha, dando a sensação de estar na área externa de uma casa. “Todos os acabamentos foram pensados para conseguir um clima de praia fresco e suave”, revela.
No quarto de casal, também predomina o branco e azul - tanto na roupa de cama, quanto no criado-mudo azulejado e na luminária de mesa. No quarto das crianças, um tom de rosa e vermelho dá contraste ao restante do apartamento, criando uma atmosfera mais suave e feminina.
Depois de vermos os boomers tomarem as ruas nos anos 1970, em prol dos direitos das mulheres, da liberdade de expressão, do amor sem preconceitos, entre tantas outras questões sócio-políticas, é a vez de acompanharmos de perto outra geração colocar a cara para fora para lutar por aquilo que acreditam. Os millennials e a geração Z contestam o consumo desenfreado, apoiam a sustentabilidade em todos os sentidos da vida, querem igualdade de gênero e raça, buscam por um mundo melhor para todxs conviverem em harmonia. Não à toa, as redes sociais fazem parte deste momento de luta - coletivos surgem no meio online para discutir pautas do offline, ocupam lugares e dão voz àqueles que foram esquecidos pelas “normatividades” da sociedade contemporânea. Mas o que tudo isso tem a ver com decoração? Pode-se perguntar. E a resposta é: tudo!
“Como ser humano, indivíduo, lutamos por uma causa. Somos seres políticos, no sentido de polis mesmo, apontado por Platão. E este empoderamento humano surge quando entendemos as nossas lutas, compreendemos quem somos no nosso lugar de convivência e existência”, diz Ana Kreutzer, pesquisadora cromática e consultora de cores da Suvinil. “Em um segundo ato, mais ideológico, após o autoconhecimento e autocrítica, podemos rever nossos valores e nossa identidade, o que resulta em uma autenticidade”, complementa. Toda essa análise comportamental interfere na paleta de cores pensada para 2019, assim como a inteligência emocional. Porém, diferente dos tons neutros e esmaecidos desta paleta Magnética, a paleta Ideológica surge bold, ousada e cheia de personalidade.
“Quais são os meus valores?”, indaga Ana. “A expressão estética parte de pessoas mais confiantes de si, e elas usam as cores para externalizar isso.” A quebra da barreira do medo, do contrário que muitos podem pensar, não começa a se pintar com cores mais suaves: ela já surge bem impactante. Portanto, ambientes monocromáticos ou totalmente coloridos começam a ganhar espaço na casa. Cores como vermelho, rubi e magenta, e até mesmo o Living Coral, cor de 2019 da Pantone, fazem parte deste momento de apostar sem neuras em tons que possuem muitas estigmas no design de interiores. Como a cor não é nada sozinha, e precisa, portanto, ser composta, uma dupla certeira é o Pó de zinco, um cinza mais fechado, que não chega a ser preto - presente em ambientes do Casa Vogue Experience 2018.
A nova coleção de papel de parede da Cole & Son é uma celebração à fauna e a flora inglesa. Não à toa, a marca criou ambientes que remetessem ao universo estético que ronda o país de origem. Esta cozinha, por exemplo, recebeu a interferência delicada do modelo Sweet Pea, estampado com as flores ervilha de cheiro em uma paleta esmaecida. Sem contrastar com o elemento gráfico, a decoração minimalista apresenta as mesmas cores presentes no papel de parede: os armários verdes, as prateleiras e luminárias beges, e os acessórios em vermelho antigo complementam essa estética de fazenda vintage, típica do imaginário coletivo e presente na literatura inglesa. Um belo romance em forma de decoração.
Doce ou salgada, a panqueca é uma ótima opção de prato para o café da manhã, brunch e dias que você não quer perder muito tempo na cozinha. Separamos, portanto, receitas de panquecas com recheio de biscoito, com salmão, sem glúten, entre outras, para você experimentar.
1. Panqueca de chocolate com recheio de biscoito Oreo
Final de semana pede um café da manhã caprichado! Então que tal fazer em casa uma panqueca americana diferente, que leva chocolate na massa e é recheada com um creme especial à base de biscoito Oreo e chantilly. Confira a receita neste link.
2. Blini: mini panquecas russas levam peras, aspargos e salmão
Aprenda a fazer esta receita que mistura sabores doces e salgados clicando neste link.
3. Receita de panqueca de coco sem glúten
Procurando uma receita saudável para começar o dia? Experimente este prato vegano, saboroso e saudável, uma ótima opção para dar uma inovada no cardápio. Clique neste link para acessar a receita.
4. Panqueca saudável: receita leva banana, pasta de amendoim e calda de cacau
Para começar bem o dia ou mesmo fazer um delicioso lanche da tarde, a panqueca sempre é uma boa pedida. Experimente esta versão fit para um café da manhã ou lanche da tarde delicioso. Clique neste link para acessar a receita.
5. Receita de panqueca sem glúten recheada com pupunha e tofu
Para mostrar que tudo na cozinha é questão de adaptação, conheça esta receita de panqueca que, além de extremamente nutritiva, é vegana. Clique neste link para acessar a receita.
6. Receita: panqueca de doce de leite irresistível
Como a proposta desta coluna é, além de apresentar lançamentos de filmes e séries, destrinchar cada obra por meio da construção visual da mesma, resolvi fazer uma retrospectiva diferente da do ano passado. Os melhores filmes de 2018, de acordo com esse olhar direcionado para a direção de arte, fotografia, figurino, maquiagem e tudo o que envolve a concepção imagética de um longa-metragem. Confira abaixo a lista:
Vencedor do Oscar de Melhor direção de arte, o filme de Guillermo del Toro resgata nossa imaginação infantil e a transforma em um conto também para adultos. A narrativa fantástica conta sobre o amor entre uma mulher que trabalha em uma base militar secreta e um homem-anfíbio, guardado a sete chaves como experimento do governo durante a Guerra Fria. Paul D. Austerberry, Jeffrey A. Melvin e Shane Vieau traduziram isso em cenários quase teatrais, algo típico de del Toro, levando em consideração a época em que se passa o filme (1962), garantindo, assim, a noção de tempo/espaço do enredo. Universidades e laboratórios em Toronto serviram como locação por conta dos elementos arquitetônicos pesados e a atmosfera sombria. Já para o espaço onde o homem-anfíbio fica e se envolve com Eliza os produtores de design tiraram o dark e transformaram em algo romântico, com o azul mais marcante. Para o ambiente íntimo de Eliza, Guillermo del Toro pensou em algo mais lírico. Apaixonado pela arquitetura do icônico Massey Hall, o diretor pediu para que a equipe de arte desenvolvesse o cinema onde a personagem vive em um apartamento conjugado com o amigo. Contrastando com os cenários acinzentados e azulados do centro de trabalho, a casa é mais acolhedora com tons quentes como o marrom, o laranja e o vermelho fechado. A água, elemento importante do filme, não deixa de dar o ar da graça. Paul D. Austerberry se inspirou nas pinturas japonesas de ondas do mar para encomendar à um artista pinturas semelhantes para pincelar a decoração das paredes do apartamento de Eliza, desde a porta de entrada.
Me Chame pelo seu Nome
Apesar de ter vencido apenas na categoria de Melhor roteiro adaptado no Oscar 2018, o filme de Luca Guadagnino é uma das melhores histórias visuais de amor. É uma mistura de Sonhos de uma noite de verão com literatura erótica - e essa sensualidade vista na química entre os protagonistas, se transpassa para os cenários. O casarão na Lombardia (Itália), que está à venda, é o local principal para este romance entre dois homens durante o verão de 1983. A construção, por si só, já resgata uma ideia romântica de paixão de férias, com quartos ligados, porão, varandas enormes, jardins verdejantes e salas de estar recheadas de livros e instrumentos musicais. Cada ambiente proporciona uma tensão diferente deste romance: espera, vontade, segredo, olhares, tesão. É uma poesia visual do começo ao fim, sem dúvida alguma. Quem não termina o filme querendo um amor como este, acho que precisa rever.
Wes Anderson tem uma estética inconfundível, mas disso todos nós já sabemos - seus filmes inspiraram bares, cafés e restaurantes ao redor do mundo. Quando o assunto é animação, caso de Ilha de Cachorros, ele não deixa a desejar. Muito pelo contrário, inclusive. A equipe de stop motion foi responsável pela fabricação de milhares de bonequinhos, colocados frame a frame no enredo. Tudo isso montado dentro de um estúdio em Londres. O designer de produção Adam Stockhausen, grande colaborador do diretor, ficou responsável pelas referências nipônicas. A homenagem ao cinema japonês, como o de Akira Kurosawa e Hayao Miyazaki, dá origem ao universo do jovem Atari, que, depois de o seu tio, o corrupto político Mayor Kobayashi, proibir cachorros em Megasaki e mandá-los para a Trash Island, vai em busca do seu cão Spots. Ilustrações japonesas do século 19, o Imperial Hotel de Tóquio, projetado por Frank Lloyd Wright, e o teatro kabuki foram inspirações para o filme, que rendeu ao cineasta o Urso de Prata de melhor direção no Festival de Berlim deste ano.
O novo filme de Spike Lee é uma ironia tão bem feita, que até assusta - principalmente se considerarmos o contexto político-social atual. Vencedor da Palma de Ouro em Cannes este ano, ele se baseou no livro escrito por Ron Stallworth, um policial afro-americano que se infiltrou na Ku Klux Klan nos anos 1970. Para auxiliar nessa reconstrução da história norte-americana, Lee contou trouxe o designer de produção Curt Beech, com quem trabalhou em She’s Gotta Have It. A narrativa frenética, com uma montagem tão cômica quanto os diálogos, se passa em três cenários principais: a delegacia de polícia, o apartamento de Ron Stallworth e a casa de um dos membros da Ku Klux Klan, Felix Kencrickson. Beech e o gerente de locação Tim Stacker se instalaram em Ossining, Nova York, para recriar Colorado Springs dentro do briefing estético eleito pelo diretor. As cores, os objetos, todos os detalhes auxiliam a construir a personalidade de cada um que aparece nas telas - por isso vale reparar nas diferenças e semelhanças entre cada locação, o que um revela mais do que o outro.
Uma das coisas mais divertidas da animação da Pixar, além da história brilhante, é perceber o quanto o filme é maduro no apuro estético para construir seus cenários. Depois de vermos referências ao movimento De Stijl, Le Corbusier, Ludwig Mies van der Rohe e até Oscar Niemeyer no primeiro filme, a arquitetura de Os incríveis 2 pende para o lado de A. Quincy Jones. A escolha do designer de produção Ralph Eggleston reflete no quanto pequenas interferências da arquitetura podem humanizar mais os interiores. A paleta de cores, por sua vez, está alinhada com os pigmentos terrosos que eram populares entre a metade e o final dos anos 1960, e ainda destacam as vestimentas vermelhas dos super-heróis. Para a localização da casa, Eggleston estava pensando sobre o North Shore de Long Island.
Dirigido por Garth Davis, o longa conta a história de Maria Madalena, reconhecida pelo Vaticano como apóstola de Jesus Cristo apenas em 2016, depois de séculos vista como prostituta. Por isso, a escolha da equipe visual se torna tão importante, já que Davis iria contar algo dentro de um contexto já representado inúmeras vezes. O figurino, assinado por Jacqueline Durran, figurinista especialista em filmes de época, enaltece os tecidos naturais e a simplicidade dos acabamentos, tornando tudo despretensiosamente interessante. Podemos perceber a evolução de Maria Madalena (Rooney Mara) como personagem, também, pelas peças usadas por ela. No início, ela é vista com tons mais acinzentados, que representam as suas frustrações mentais com a sua função dentro da família. A partir do momento que ela decide o caminho qual tomar, as vestimentas se tornam gradativamente mais claras. A paleta de cores é sucinta e restrita aos elementos disponíveis da época. O que reflete na simplicidade serena da produção de design de Fiona Crombie e na direção de arte de Cristina Onori. Os cenários são convincentes e pontuais, sendo a natureza a maior fonte de inspiração para a construção das cenas. A água do mar e as cores do trigo se misturam com as vestimentas dos personagens em takes abertos que nos fazem contemplar a beleza da própria existência. Por fim, a costura muito bem feita entre as equipes de arte ganha mais destaque com o trabalho delicado de Greig Fraser. O diretor de fotografia conseguiu captar a essência da história proposta por Garth Davis fazendo o espectador se emocionar nas mais singelas cenas.
O sexto filme da franquia protagonizada por Tom Cruise dá até falta de ar. A direção de Christopher McQuarrie acompanha muito bem as loucuras e acrobacias que Cruise faz sem usar dublês, ressignificando alguns dos clichês mais óbvios dos filmes do gênero. O que nos destaca o trabalho do diretor de fotografia, Rob Hardy, que entre tantas sequências frenéticas em ruas lotadas, em telhados de prédios ou até saltando de um avião, conseguiu manter a unidade visual do longa. Acompanhado, claro, do designer de produção Peter Wenham, que nos dá uma nova visão dos pontos turísticos mais emblemáticos de Paris e Londres - Tom Cruise subiu até no telhado do Tate Modern. Aqui, é importante notar a evolução visual da franquia. Diferente de “007”, que sempre teve uma estética afiadíssima, “Missão Impossível” sempre entregou muitas cenas de ação e roteiros excelentes, mas a direção de arte e fotografia ainda não tinham alcançado o seu máximo potencial. Felizmente, neste último isso acontece, mostrando como deixar o espectador impactado com cenas de ação muito bem ensaiadas e gravadas, com uma história consistente. Portanto, sai do senso comum e se torna uma referência ótima de como usar a estética a seu favor, tirando a imagem que muita gente tem diante de filmes de ação, normalmente tachados de vazios e óbvios.
Apesar de esbarrar em alguns clichês psicanalíticos, O Amante Duplo, de François Ozon, é uma experiência audiovisual marcante. O roteiro conta a história de Chloé, uma jovem mulher que reclama de dores estomacais, mas não encontra vestígios físicos para explicar os incômodos, o que a faz buscar ajuda psicológica. Nos encontros com o analista Paul, eles acabam se apaixonando e vão viver uma vida juntos. Ao longo dos primeiros momentos do filme, Chloé desconfia que Paul lhe esconde um segredo e, voltando um dia do trabalho, ela vê um homem exatamente igual a ele na rua. Sem conseguir dormir nas noites seguintes, ela vai atrás dele, que por coincidência é também um psicanalista, o que a leva marcar um horário emergencial para confirmar o que havia visto. A partir daí, em uma relação amorosa e perturbadora, ela se envolve com os dois, que são extremos opostos - Paul, é mais romântico e sensível, e Louis mais frio e racional. Assim como outras obras de autoria de Ozon, a direção de arte e a decoração de set são elementos importantíssimos para a parte visual da trama. Neste caso, ainda conseguimos desvendar o mistério psicológico que é colocado ao longo do filme por meio de uma análise minuciosa do cenário. Como a narrativa oferece cenas bem impactantes, com sexo, violência e diálogos assíduos com um pé no suspense, designer de produção Sylvie Olivé buscou referências elegantes e contrastantes que enfatizam o corpo e a carne. “Eu queria rigor, um certo tom de frieza. Privilegiei os materiais minerais, o mármore e as linhas retas”, diz ela. “Eu trouxe elementos da arquitetura dos anos 1930 e 1940, que retratam muito bem essas características.”
Pode parecer uma surpresa, mas as mais recentes produções da Marvel têm se empenhado bastante com a construção visual - vide o incrível Doutor Fantástico. Para o filme que bateu recordes de bilheteria este ano, o diretor Ryan Coogler trouxe a set designer Hannah Beachler, que trabalhou em Moonlight e nos clipes Sorry e Lemonade, de Beyoncé. Os universos tecnológicos de Wakanda foram concebidos depois de estudos profundos nas obras de Zaha Hadid. “Eu queria que as pessoas sentissem a arquitetura no filme”, conta ela. Após visitar as criações da falecida arquiteta, conhecida por sua corrente desconstrutivista e prédios mirabolantes, Hannah sabia exatamente o que queria para mostrar ao mundo como a cidade ficcional escapou do colonialismo e se transformou em um pólo tecnológico. “Queria brincar com os volumes, bem curvilíneos, sem muito esforço, transformando cada espaço em algo grandioso, mas ao mesmo tempo intimistas.” A tendência afrofuturista, que permeia a moda e o design há algumas temporadas, é a grande chave para o desenrolar do mood cenográfico do filme. Para fugir dos estereótipos africanos, a produtora de design trouxe, além de Zaha, elementos arquitetônicos do Buckingham Palace nas gravações realizadas entre Uganda, África do Sul, Zâmbia e Coreia do Sul.
Lady Bird - A Hora de Voar, da diretora estreante Greta Gerwig, tem muito a celebrar: a história sobre a maturidade da adolescência é cheia de diálogos espirituosos e cenários que retratam o relacionamento da jovem estudante Christine "Lady Bird" (Saoirse Ronan) e sua mãe, Marion (Laurie Metcalf). Apesar de não ter ganho nenhum Oscar, foi indicado em cinco categorias, e também trouxe Saoirse, Timothée Chalamet e Lucas Hedges para os holofotes como três dos novos talentos de Hollywood para ficar de olho. Além de tudo isso, a produção de set, a direção de arte e a decoração de set merece a sua atenção. O filme se passa em Sacramento, cidade natal de Greta e principal locação do filme. O que inclui o Fabulous Forties, bairro nobre em East Sacramento, conhecido por suas casas históricas e arquitetonicamente espetaculares, ruas largas, majestosos carvalhos e cedros. No filme, Danny (Lucas Hedges), primeiro namorado de Lady Bird, mora na região, que faz um forte e perfeito contraste com a vizinhança da protagonista, que por sua vez mistura diversos estilos, mostrando a discrepância econômica entre os “núcleos” da trama. Criar o quarto da protagonista foi um dos desafios da produção, já que a ambientação para uma jovem nos anos 2000 envolvia muitos pôsteres, cores, adesivos e roupas espalhadas pelo quarto. A sinceridade da direção de arte é algo que marca, como a leveza do roteiro. Apesar de sutil, o filme mostra o quanto se preocupar com cada detalhe é importante para garantir veracidade ao enredo.
Não conseguiu planejar uma viagem para as férias? Não precisa ficar chateado. Entre dezembro e fevereiro, a cidade de São Paulo continua em movimento, com atrações culturais e programação de cursos pensados para quem quiser aprender algo novo.
"David Bowie e a Filosofia – Políticas da Performance", com os professores Alessandro Sales e Ciro Lubliner.
Duração: 3 aulas, 3ª, 4ª e 5ª feira, das 19h às 22h. De 8 a 10 de janeiro de 2019
Valor: R$80
O curso busca pensar a produção de David Bowie segundo possíveis conexões com a filosofia e valorizando, sobretudo, os seguintes pontos: o problema do sentido no contemporâneo; as ideias de corpo e de performance; e as condições da política.
Criação de personagens, com o professor Luiz Carneiro
Duração: 5 aulas, de 2ª e 4ª feira, das 18h às 21h. De 16 a 30 de janeiro de 2019.
Valor: R$150,00
Pré-requisito: Ter mais de 16 anos e levar materiais de escrita e desenho, como canetas coloridas, lápis variados.
O curso busca capacitar os alunos a elaborar conceptings de personagens, com base em arquétipos e estereótipos literários, de histórias em quadrinhos, de animês, de games e de séries de TV.
Folclore e identidade nos quadrinhos nacionais, com Cláudia Fusco
Duração: 4 aulas, 2ª e 4ª feira, das 19h30 às 22h, de 21 a 30 de janeiro de 2019.
Valor: R$100
O curso pretende explorar a natureza do folclore e da identidade nacional embutida nas HQs que fizeram história no nosso país e representaram, de forma inteligente, sarcástica e bem-humorada, o que é, afinal de contas, ser brasileiro.
Literatura, HQ e a complexidade humana: diálogos possíveis, com Cássia V. Bittens e Eduardo Viana Junqueira
Duração: 4 aulas, 3ª e 5ª feira, das 19h às 22h, de 22 a 31 de janeiro de 2019.
Valor: R$80,00
Para maiores de 18 anos, o curso tem como objetivo estimular reflexões, sobre a complexidade da realidade humana, bem como expor aspectos literários do HQ.
Introdução à Fotografia, com a fotógrafa Karina Bacci
Duração: 4 aulas, segundas-feiras e quartas-feiras, das 20h30 às 22h30, dias 4, 6, 11 e 13 de fevereiro de 2019.
Valor: 2 parcelas de R$ 180
Com saídas fotográficas noturnas no Parque Ibirapuera, o curso instrui sobre a linguagem e técnica fotográfica em seus diversos aspectos: composição, enquadramento, ângulos e luz.
Museus no mundo, com Magnólia Costa
Duração: 4 aulas, terças-feiras, das 18h às 20h, de 5 a 26 de fevereiro de 2019
Valor: 2 parcelas de R$ 180
Este curso analisa o caráter simbólico dos museus ao redor do mundo pela perspectiva dos edifícios e a sua maneira de apresentar coleções ao público.
Poéticas da luz na arte contemporânea, com Magnólia Costa
Duração: 4 aulas, terças-feiras, 15h às 17h, de 5 a 26 de fevereiro de 2019
Valor: 2 parcelas de R$ 180
Quatro artistas, quatro concepções de luz, elemento essencial às artes visuais. Cada aula debruça-se sobre a vida e a obra de um artista.
Quadrinhos para quem acha que não sabe desenhar, com Andrício de Souza
Duração: Turma 1: 22 e 23/01, terça e quarta-feira, das 19h às 22h.
Turma 2: 16 e 17/02, sábado e domingo, das 15h às 18h.
Inscrições online a partir do dia 15/1
Classificação indicativa: 16 anos
Valor: R$ 25 (inteira)/ R$ 12,50 (meia entrada) / R$ 7,50 (credenciados no Sesc)
O minicurso propõe que qualquer pessoa pode criar quadrinhos, até quem acha que não sabe desenhar. Os participantes saem da atividade com peças gráficas produzidas por eles mesmos.
Quatro Quadros: Narrativas em Serigrafia, com Zansky
Duração: 29/01 a 03/02, terça a domingo, das 10h às 13h.
Inscrições online a partir do dia 15/1
Classificação indicativa: 16 anos
Valor: R$ 25 (inteira)/ R$ 12,50 (meia entrada) / R$ 7,50 (credenciados no Sesc)
O minicurso propõe a criação de narrativas visuais por meio da observação e do uso do imaginário, do concreto e abstrato, utilizando a serigrafia como parte da criação.
Quadrinho mudo, com Gervasio Troche
Duração: Turma 1: 13 e 14/02, quarta e quinta-feira, das 19h às 22h.
Turma 2: 16 e 17/02, sábado e domingo, das 10h às 13h.
Inscrições online a partir do dia 15/1
Classificação indicativa: 16 anos
Valor: R$ 25 (inteira)/ R$ 12,50 (meia entrada) / R$ 7,50 (credenciados no Sesc)
O artista uruguaio apresenta o quadrinho como um veículo sincero para narrar uma história e propõe percorrer um caminho diferente, realizar novas buscas para encontrar outras formas de transmitir uma mensagem.
Colorização, com Cris Peter
Duração: 13, 14 e 15/02, quarta, quinta e sexta-feira, das 19h às 22h
Inscrições online a partir do dia 15/1
Classificação indicativa: 16 anos
Valor: R$ 25 (inteira)/ R$ 12,50 (meia entrada) / R$ 7,50 (credenciados no Sesc)
Estudar sobre as cores não precisa ser chato. Como combiná-las? Como transmitir sentimentos através delas? Como harmonizá-las e encantar o olhar do espectador? Em 3 encontros, o minicurso apresenta aos alunos as técnicas mais usadas no mercado de quadrinhos.
Introdução às HQs: narrativas negras, com Marcelo D’Salete
Duração: 19/01 e 02/02, sábados, das 15h às 18h.
Retirada de senha 30 min. antes na Loja Sesc
Classificação indicativa: 16 anos
Grátis
A oficina traz uma apresentação sobre a história e a estrutura dos quadrinhos permeada pela experiência e obra do autor sobre narrativas negras. A atividade também inclui exercícios práticos de montagem de uma cena de HQ a partir de recorte e colagem, seguida pela criação de nova narrativa pelos participantes.
Bazucas poéticas , com Coletivo Transverso
Data: 09/02, sábado, das 14h às 18h; 21/02, quinta, das 18h às 22h
Retirada de senha 30 min. antes na Loja Sesc
Classificação indicativa: 16 anos
Grátis
A oficina consiste na construção coletiva de um equipamento, batizado de Bazuca Poética, que projeta poemas e imagens para intervenção no espaço público.
Lambe-lambe: arte urbana como expressão poética, com Paulestinos
Datas: 12/01, 23/01, 09/02 e 20/02 - Sábados, das 15h às 18h; e Quartas, das 19h às 22h.
Retirada de senha 30 min. antes na Loja Sesc
Classificação indicativa: 16 anos
Grátis
A oficina tem como objetivo a iniciação teórica e prática à técnica do lambe-lambe. A partir de textos impressos em papel, os participantes misturam, recriam e criam novos poemas.
Bolsa de guidão para bike, com Ciclocostura
Pré-requisito: conhecimento de costura à máquina
Datas: 25/01, sexta-feira, e 02/02, sábado, das 14h30 às 17h30
Retirada de senha 30 min. antes na Loja Sesc
Classificação indicativa: 16 anos
Grátis
A atividade consiste na confecção de uma bolsa resistente a água para uso em guidão de bicicleta. O acessório permite transportar kit de reparo para a bike, documentos, capa de chuva, lanches - uma mão na roda para quem pedala pela cidade.
Como Usar Cores e suas Tendências, com Paula Csillag
Duração: aulas de segunda a quinta-feira, 28 a 31/1/2019, das 19h30 às 22h30.
Valor: até 6 parcelas de R$ 248.
Este curso ensina como usar cores nas diversas formas tais como, paletas de lançamento de coleções ou produtos, folders, banners, embalagens, sites, filmes, marcas, identidade visual, livros, revistas, pinturas, ilustrações, arquitetura, decoração de interiores, vitrinismo, visual merchandising, cosméticos, embalagens, produtos de consumo, entre outros projetos cromáticos.
Orientação de trabalhos de artistas ilustradores, com Fernando Vilela
Duração: 2 aulas, sexta-feira, 19h - 22h; sábado, 9h - 18h, 1 e 2 fevereiro
Valor: R$450
Esta oficina tem como foco a análise e reflexão de trabalhos, projetos ou portfólios dos participantes. A partir dos trabalhos dos participantes, será elaborado e apresentado um breve recorte investigativo da ilustração contemporânea.
Introdução ao universo da gravura em metal, com Manu Maltez
Duração: 4 aulas, quinta e sexta-feira, 19h - 22h; sábado, 10h - 18h; domingo 10h - 13h. Dias 21, 22, 23 e 24 fevereiro
Valor: R$ 480
Os encontros propõem uma reflexão sobre a gravura, suas particularidades como linguagem e seu papel na contemporaneidade. Sua autonomia como linguagem plástica e seu papel na ilustração de textos literários também fazem parte da oficina.
Intensivo de pintura, com Ana Prata
Duração: Sábado e domingo. Dias 19 e 20 de janeiro, das 11h às 16h
Gratuito
15 vagas, a partir de 16 anos
Inscrições pelo site a partir do dia 8 de janeiro (www.institutotomieohtake.org.br)
Aberto durante um período de 6 horas no sábado e domingo, o ateliê de pintura é concebido como local de experimentação com os mais diversos suportes, e conta com a orientação de professores-artistas que sugerem ações, atividades e estimulam o diálogo.
Oficina de bordado em lettering para iniciantes, com Clube das Miçangas
Duração: Quinta-feira, dia 24 de janeiro, das 10h30 às 13h30
Gratuito
15 vagas
Inscrições pelo site a partir do dia 8 de janeiro ou pelo aplicativo do Clube das Miçangas.
Criação e produção de bordado em lettering. Serão ensinadas combinações de pontos variados para contorno e preenchimento, assim como dicas de acabamentos. Não é preciso ter conhecimento prévio em bordado e os materiais serão fornecidos pela organização.
Mão na terra!
Atividades ambientais de curta duração voltadas ao contato com plantas por meio de ações práticas e que promovam a criatividade. Com Embaúba Socioambiental. 14 anos. Grátis.
Terrário Fechado e o Ciclo da Água
19 e 21/12. Quarta, 15h às 17h. Sexta, 11h às 13h
Grátis
Minimimos - Vasinhos de Rolha
21, 26 e 28/12. Quarta e sextas, 15h às 17h
Grátis
Patches Bordados, com Andréa Orue
A partir de 16 anos. 26 e 27/1. Sábado e domingo, 10h30 às 13h30.
Senhas 30 min antes. Grátis.
Mini Paisagens de Lã em Potinhos de Vidro, com Guta Moraes
A partir de 12 anos. 8 e10/1. Terça e quinta, 14h30 às 17h30
Senhas 30 min antes. Grátis.
Miniaturas em Lã, com Guta Moraes
A partir de 12 anos. 9 e 11/1. Quarta e sexta, 14h30 às 17h30
Senhas 30 min antes. Grátis.
Mini bordado, com Beth Aquino
A partir de 10 anos. 9 a 30/1. Quartas, 14h30 às 17h30
Senhas 30 min antes. Grátis.
Ocupação – Quadrinhos Modulares, com Gus Morais
Livre. 5 a 27/1. Sábados e domingos, 10h30 às 13h30
Senhas 30 min antes. Grátis.
Micro e Macro Origami, com Márcio Okabe
A partir de 10 anos. 5 a 13/1 e 2 e 3/2. Sábados e domingos, 14h30 às 18h30
Senhas 30 min antes. Grátis.
“Promessas de Ano Novo: do Luto à Luta Uma reflexão psicanalítica”, com Professor Pedro de Santi
Duração 3 aulas, terças-feiras, das 20h às 22h. Encontros 8/1, 15/1 e 22/1.
Valor: 3 parcelas de R$ 185.
O momento da virada de ano costuma evocar o balanço do que foi vivido no ano que está por acabar. Entre realizações e frustrações, confrontamos a realidade, reencontramos velhos impasses e reabre-se a possibilidade de projetarmos novamente nossos ideais. O curso apresenta uma reflexão psicanalítica sobre esses temas.
“Quem Disse que ia Ser Fácil? Mindfulness e equilíbrio emocional para pais e filhos”, com os professores Etienne Janiake e Patricia Franco
Duração 4 aulas, sábados, das 11h às 13h. Encontros 2/2, 9/2, 16/2 e 23/2.
Valor: 4 parcelas de R$ 185.
Como compreender a linguagem da criança e estabelecer uma relação de respeito e não de medo? Como se manter estável diante de tantas situações estressantes? Os encontros exploram essas questões de forma reflexiva e participativa, mostrando como a meditação de atenção plena, conhecida como Mindfulness, pode ser uma ferramenta efetiva para promover o equilíbrio emocional de pais e filhos.
Gerenciamento de Obras para Arquitetos e Designers de Interiores, com Leonardo Moretto Rio
Duração: 7/01 à 11/01, segunda à sexta (18:30 às 22:30)
ou 19/01 à 24/01, sábado das 8h às 12h e segunda à quinta, das 18:30 às 22:30
Valor: 4 parcelas de R$300
Repassar conhecimentos práticos e teóricos sobre o gerenciamento de obras, com foco na organização dos trabalhos, gestão produtiva de pessoas e atualização constante de todas as equipes envolvidas, além do próprio gestor da construção, incluindo instruções sobre a legislação vigente, segurança do trabalho, modelos de contratos e custos envolvidos.
DNA das Cores, com Elcio Sartori
Duração: 7/01 à 11/01, segunda à sexta (13:30 às 17:30)
Valor: 4 parcelas de R$275
Apresentar aos alunos o poder das cores e sua linguagem, bem como a sua aplicabilidade por meio de diversas técnicas, mostrando o uso prático das teorias. O curso apresenta as cores sob uma ampla ótica multidisciplinar, com dados de pesquisas e estudos recentes e de novos autores.
Lighting Design, com Eder Ferreira
Duração: 14/01 à 18/01, segunda à sexta (19:00 às 22:00)
Valor: 4 parcelas de R$325
O curso busca oferecer aos participantes os conceitos luminotécnicos, bem como levá-los compreender a luz em sua escala quantitativa e qualitativa, relacionando-a com espaço, arquitetura e com o ser humano.
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"Eu sempre tive um sonho. Era unir todas as tribos do mundo, seria um encontro de almas" disse Antonio Abuelo Oxte na abertura do Ik Lab Uh May. Um dos mais respeitados descendentes maia vivo no México, “o Abuelo” aprendeu com a avó processos de cura (física, emocional e da alma ) ancestrais que são aplicadas, hoje, em sua clínica na cidade de Sisbicchén, no México. E parece que o arquiteto argentino Eduardo Neira (conhecido como Roth) ouviu as preces do líder espiritual e está prestes a transformá-las em uma realidade. O primeiro passo, pelo menos, já foi dado. E que passo!
Roth reuniu figuras chave da arte, design, arquitetura, moda em seu hotel Azulik, em Tulum, para uma imersão sobre sustentabilidade ecológica e social. Como preservar o planeta e culturas indígenas preciosas? Se juntaram ao Abuelo, à Camila Argel Cayun, da comunidade indígena Mapuche que fica na Patagônia chilena, e à César Tangoa da tribo amazônica Shipibo-Conibo nomes como Ralph Nauta e Lonneke Gordijn do Studio Drift; a arquiteta Frida Escobedo; o artista Ernesto Neto; o sócio do Therme Group Mikolaj Sekutowicz; o criativo multidisciplinar Oskar Metsavaht; e, a empreendedora Sophia Swire especializada em desenvolvimento de artesanato no mundo inteiro.
Toda essa turma estava lá, ainda, para conhecer de perto a cidade artsy criada por Roth no coração da floresta maia. “Minha ideia é unir a criatividade ocidental com a sabedoria de povos indígenas, a sabedoria das mãos”, explicou o arquiteto no dia da inauguração. Ele acredita, ainda, que a força da floresta também tem muito a ensinar. “ A reconexão com a natureza e entre pessoas de comunidades antigas e modernas é o único caminho para a evolução humana”, explica. “Presta atenção. Vocês precisam escutar a floresta.O que acontece nela também está acontecendo dentro da gente.”, explicou Ernesto Neto que já havia anunciado no Casa Vogue Experience: Quem corre risco não é o planeta Terra, somos nós.
Roth desenhou então, com ajuda dos descendentes maias locais, o o Ik Lab Uh May: um complexo interdisciplinar que inclui um museu de arte contemporânea, um laboratório de moda sustentável e design, uma escola de artes, um estúdio de gravação e residências para promover a troca cultural, além de sua própria casa. E a realização do sonho do Abuelo não para por aqui: o arquiteto argentino já comprou terras na Patagônia chilena e na Amazônia peruana para fazer outras cidades culturais promovendo o intercâmbio entre criativos ocidentais e sabedorias locais ancestrais.
Mas ao contrário do tradicional cubo branco, o espaços aqui são feitos em homenagem à floresta. Respeitando-a sempre. Para não interferir na estrutura da natureza, Roth seguiu as linhas orgânicas propostas pelos próprios troncos e solo da selva e não tirou nenhuma árvore do lugar: criou espaços e móveis com cimento e bejuco retorcido ( a trepadeira local pode ser moldada quando fresca e fica super resitente depois de seca!). Na entrada, os convidados recebem uma limpeza espiritual com sons e fumaças e são orientados a tirar os sapatos para sentir a força da terra tateando com os pés o piso que não foi aplanado. Parece papo hippie, mas é real: energia do lugar simplesmente acontece. Pontes flutuam e se contorcem. A arquitetura desafia os artistas a ocupar estes espaços. Mas os brasileiros Ernesto Neto, Oskar Metsavaht e Paulo Nazareth - artistas escolhidos para a primeira exposição do local chamada de Conjunctions - não se sentem acuados. Pelo contrário, parece que o Ik Lab Uh May foi criado para receber estas obras. No centro do espaço, uma fogueira para evocar os espíritos da floresta. “ É disso que eu estou falando. Esse povo de museu vive implicando com as minhas obras quando uso fogo”, exclama Neto que costuma usar velas e ervas em suas esculturas.
“A escolha destes artistas é motivada pela ressonância do trabalho deles com a intenção de Ik Lab Uh May, que é permitir que nos reconectemos com nós mesmos, com a comunidade e com a natureza”, explica a curadora Claudia Paetzold. “Os trabalhos de Ernesto Neto incorporam crescimento orgânico e conectividade dentro e entre organismos. A obra Every Tree is a Civilizing Entity é escultura em forma de árvore feita de crochê de algodão, conecta-se com as árvores abrigadas no espaço e as circundantes. Ela preenche a lacuna entre a cultura e a natureza. Enquanto Healing House é uma capela como escultura imersiva, abre um espaço para recordação e meditação”,continua.
As performances e instalações interativas de Paulo Nazareth buscam pensar e ressignificar a presença humana na terra, enquanto a obra de Oskar Metsavaht convida os telespectadores a se reconectarem com seus “eus” mais profundos por meio de um vídeo com sinais indígenas sobrepostos em imagens da floresta amazônica. É o resultado de uma vivência que ele teve com os índios e opera como um questionamento dos limites entre a percepção e a visão.
Ele também foi o idealizador e fundador do famoso eco-resort Azulik ( “vento azul” em maia arcaico) a uma hora e meia dali que também está em diálogo com todas as intenções do complexo cultural. No Azulik não tem internet nos quartos e os banhos são só de banheira - tudo para ajudar na conexao com a natureza. No spa do hotel, há um laboratório onde são estudadas as propriedades da plantas e raízes locais ( a ideia é criar uma linha de óleos, sabonetes e chás com base na sabedoria maia ancestral!) e os tratamentos são mais ligados aos processos de cura do povo local do que a um espaço estético. Logo no primeiro dia, o hóspede recebe uma limpeza espiritual com música tribal e fumaças criadas a partir destas matéria primas sagradas. Está esperando o que para fazer as malas e começar a sua passagem?
Que tal investir em duas tendências de pintura em um ambiente só? Esta sala de estar mostra como usar paredes bicolores de um jeito elegante, usando um terracota na parte de baixo, contrastando com o off white da parte de cima e da janela. As texturas também estão presentes: a madeira antiga do piso e da luminária são o contraponto ideal para as superfícies das diversas cerâmicas coloridas. O toque final fica com o quadro vintage com estampa floral.
Se existiu algum artista completo nesse país, o nome dele era Roberto Burle Marx ( ao lado de Geraldo de Barros!). Filho de pai alemão e mãe pernambucana, ele começou a colecionar plantas quando tinha apenas sete anos de idade e formou-se em artes plásticas e arquitetura em 1993. Foi para Berlim estudar e a saudade ajudou a aumentar ainda mais o seu interesse pela flora brasileira de forma antropófoga. Unindo arte e ciência, ele se destacou como um dos nossos maiores paisagistas contrapondo formas orgânicas abstratas à rígida geometria da arquitetura virando referência, ainda, em causas ambientais - Burle Marx criticou, por exemplo, a derrubada de árvores para a construção de estradas pelo país nos anos 1970.
Parece inevitável e coerente, então, uma mostra dedicada às suas múltiplas facetas do artista no MUBE. Vale lembrar que o museu foi idealizado como “Museu Brasileiro da Escultura e Ecologia ” e tem seu jardim projetado por Burle Marx. Quem visitar Burle Marx: arte, paisagem e botânica poderá conferir 70 trabalhos, entre desenhos, pinturas, esculturas, tapeçarias, peças de design, projetos paisagísticos e registros de espécies botânicas e de expedições científicas que realizou ao longo da vida.
"Paulo Mendes da Rocha e Burle Marx, a quem coube a questão da ecologia do MuBE, idealizaram um museu integrado com o bairro, que já é um jardim, o Jardim Europa. Ele integra o projeto justamente com a ideia de dar conta desse aspecto que está na origem da instituição. Cidade e natureza estão em diálogo constante em sua obra", comenta o curador Cauê Alves. De fato, sem dúvidas, a área externa no museu é um dos melhores presentes que Burle Marx deu à cidade de São Paulo e vale ver o primeiro estudo do jardim que não foi aplicado e será apresentado em tamanho real, ocupando toda a área externa do museu durante o período da exposição.
Entre os projetos particulares assinados pelo paisagista, está a casa de Ema Klabin, na frente do museu, que hoje é um espaço cultural e terá as portas abertas durante o período da exposição como uma extensão da mostra.
No núcleo de arte, é interessante ver telas que vão desde realismo figurativo à abstração informal - caso do óleo sobre tela Mangue azul (1963). Não deixe de buscar, ainda, pela pintura sobre o tecido de uma toalha de mesa e as tapeçarias de lã. Há também um núcleo de obras de artistas contemporâneos influenciados ou que dialogam com ele, como a britânica Margaret Mee, que se especializou em plantas da Amazônia, e o brasileiro Caio Reisewitz, que retrata o jardim berlinense que despertou no paisagista o olhar apurado para a flora tropical. Uma viagem imperdível.
Serviço Burle Marx: arte, paisagem e botânica
Local: MuBe - Museu Brasileiro da Escultura e Ecologia
Abertura: 15 de dezembro, sábado, das 10h às 18h
Endereço: Rua Alemanha, 221, Jardim Europa, São Paulo
Período expositivo: 8 de dezembro a 17 de março
Visitação: de terça-feira a domingo, das 10h às 18h
Mais informações: www.mube.space
Que o papel de parede é o recurso mais rápido e prático de renovar a decoração, você já sabe. Basta escolher um modelo capaz de cobrir a superfície da parede e gastar algum tempo com a instalação que o ambiente fica praticamente novo sem fazer muita sujeira. Eles também conseguem transformar o mood, dar um refresh na casa e, principalmente, causar impacto. Na seleção a seguir, você confere salas de estar e jantar em que eles fizeram toda a diferença.
Acolher e relaxar, mas também entusiasmar e inspirar. Com esse objetivo os designers de interiores Emil Humbert e Christophe Poyet, do estúdio Humbert & Poyet, investiram em uma mistura de estilos neste canto de descanso que faz parte de um apartamento em Larvotto, Mônaco. Enquanto as texturas naturais evocam acolhimento – caso do tapete e da madeira presente na day bed –, elementos coloridos injetam energia ao décor – a exemplo da mesa de apoio e da manta sobre a chaise. Para deixar tudo mais alegre, o papel de parede estampado com folhagens se destaca e ganha a companhia de obras de arte, luminárias e um espelho em formato incomum.
Nada melhor do que aproveitar o pé-direito alto do que preencher as paredes brancas com um belo papel de parede estampado. Esta sala de jantar decorada pela marca britânica Cole & Son mostra como dosar as cores, sem deixar de ter um resultado elegante. Isso porque o papel de parede Forest, inspirado na presença da natureza nos contos da literatura inglesa, brinca com os tons de verde nas diferentes árvores representadas e contrasta perfeitamente com a arquitetura clássica da casa - note como os boiseries no teto não geram conflito visual com a estampa.
4. Tropical
A BOFFO Show House é uma instalação temporária feita por mais de 100 artistas e designers, com curadoria do artista Andrew Yes. Nesta sala, os tons neutros e cinzas servem como pano de fundo perfeito para o clima de floresta urbana, que domina todos os itens de decoração. O gracioso papel de parede Tropical Birds, do artista argentino Pablo Piatti, serviu como ponto de partida para o ambiente que recebeu kokedamas gigantes, onde o verde deu o toque todo especial. A cadeira e o banco com design de Max Lamb complementam a mesa de jantar Monolith, de Alex Gil, que lembra o tronco de uma árvore centenária.
5. Floresta rosê
O rosa e o verde, contrastantes, se alternam nas cadeiras, no papel de parede floral, nas luminárias pendentes e nos batentes das janelas. A grande sacada do décor desta sala foi apostar em objetos de madeira e ressaltar o piso de espinha de peixe para quebrar o que poderia ficar infantil ou kitsch demais. O uso dos espelhos, tanto no teto quanto no biombo ao fundo, multiplicam essa fauna e flora mágica que parece sair de um conto - o ambiente é todo onírico. Como ele foi criado para a mostra de decoração Casa Decor, a designer de interiores Virginia Gash teve a liberdade poética de usar um tapete de grama sintética sob a mesa de jantar.
Em Sydney, esta é uma casa perfeita para a família de quatro pessoas. Após a reforma comandada pelo escritório Arent&Pyke, a lavanderia do lado da janela foi transformada em uma grande sala de jantar com uma mesa de madeira natural, com cadeiras de couro e o banco Ilse Crawford. O deslumbrante papel de parede Gournay tem estampa de montanhas com cores que lembram o por-do-sol. A sutileza do uso das cores proporciona um ambiente calmo e cheio de personalidade.
7. Marmorite
O papel de parede da PaperMint toma emprestado as formas irregulares do marmorite - que tem aparecido em alguns projetos de décor novamente-, dando para a parede um visual inusitado e irônico. A paleta cromática em tons pastel criada por pelo próprio papel de parede também foi seguida na cadeira e nos objetos decorativos, deixando tudo mais interessante.
Ambientes integrados garantem uma boa dose de ousadia na decoração, a exemplo dessa sala, criada pela empresa Wall & Decò. Nesse caso, o papel de parede atrai todos os olhares, com sua estampa inspirada na natureza. O fundo exibe um verde acinzentado e o contorno do desenho foi feito com um tom um pouco mais escuro, proporcionando um efeito delicado. Nobre, o piso de madeira cria uma base interessante e dispensa o uso de tapetes, deixando as peças do mobiliário brilharem. Na área do jantar, mesa e cadeiras de linhas simples, mas precisas, retomam o design dos anos 1950. E no estar, um sofá em preto e branco cria um bonito contraste com a dupla de poltronas revestidas de veludo no tom mostarda. Para complementar, o pendente de linhas contemporâneas Zettel'z 5, desenhado por Ingo Maurer.
9. Delicadeza oriental
Nesta sala de jantar, projeto do Studio DB, o papel de parede com desenhos orientais reforça a delicadeza do ambiente, formando um painel com aves e flores, onde os tons transbordam e colorem os móveis. A mesa de jantar de pedra branca ganhou pés geométricos vermelhos, que conversam com as cadeiras de madeira moldada e palhinha, evocando o artesanato. A luminária diferente se divide em três peças suspensas, como joias compondo a decoração. Para diversificar os assentos na hora das refeições, um sofá permite sentar-se confortavelmente. As paredes foram propositalmente pintadas de branco para destacar o papel de parede ao fundo os móveis, que dão personalidade.
10. Floral romântico
Este cantinho de trabalho na sala pertence à fotógrafa e stylist, Sofia, dona do blog Mokkasin. Ele surgiu da necessidade de ter um espaço off-line. O papel de parede da coleção In Bloom, da marca Boråstapeter caiu como uma luva, trazendo um ar bucólico ao espaço, enquanto os quadros pintados se camuflam no entorno. Os móveis provençais trazem um toque clássico e vintage. Já as plantas marcam presença trazendo a natureza para dentro, enquanto a luz natural se espalha e deixa tudo mais aconchegante.
“Tem uma vibe meio hippie, eu acho”, brinca Adriana Benguela, avaliando as coisas que habitamseu apartamento. “São muitas histórias de vida, elas foram acontecendo...” É uma tarde ensolarada em Perdizes, bairro da zona oeste de São Paulo, e com a luz que entra pelas enormes janelas vê-se o mundo bem vivo ao qual Adriana se refere. O jardim interno, a mesa de jantar, o piso de tacos originais... Olhe um pouco mais e encontre um dinossauro de material reciclado. Veja também, no piso, os sacos de farinha que se tornaram capas de almofadas, vindas de uma feira no Peru. Mais pistas afetivas aparecem enquanto bolo e café saem da cozinha.
O cheiro de casa de vó é o acompanhamento perfeito para o desenrolar da narrativa de como ela chegou ali. Acostumada a morar em prédios baixos, quando entrou neste edifício dos anos 1970 sentiu que era para ficar. Foram os janelões que a fisgaram de vez, mas nem esperava que o lugar marcaria uma época tão feliz. “Depois de anos tentando engravidar, na mudança tive a surpresa de que estava grávida”, conta. Era Francisco, hoje com7 anos, quem dividiria com ela este lar.
Todos os objetos presentes resultam de alguma passagem da vida da arquiteta. Adriana não é uma pessoa consumista. “Sempre penso: se comprar isso, deixo de viajar. Gosto de coisas que me lembram acontecimentos”, diz.
Suas aquisições vêm de viagens, de herança, da Feira na Rosenbaum e do escritório – há muitas criações do próprio Marcelo Rosenbaum, com quem trabalha há mais de 20 anos. Naquele tempo, ela era recém-formada e encontrou Marcelo em um lançamento de seus móveis. “Não nos conhecíamos. Era um evento estilo balada. De repente, apagaram-se as luzes e desceram os designers carregando os móveis. Achei incrível. No fim, abordei-o e ouvi: ‘Você não imagina. Foi o que deu para fazer’”, ri.
Na hora, ela achou muito esquisito, mas a piada rendeu a parceria que já dura duas décadas – ela à frente da gestão executiva de projetos do escritório. Assim como Marcelo, Adriana se envolve na esfera humanitária da arquitetura que eles conceberam e concebem até hoje.
Por isso, pegar a estrada é umaconstante na sua agenda. Ora está em comunidades no interior do Brasil, ora está em Israel, onde busca soluções para a desertificação do Piauí.
Nessas idas e vindas, observa os modos de viver. Com todas essas referências em mente, porém, ao abrir a porta do lar, quer mesmo o clima à vontade que se vê no sofá baixo e macio, e nas recordações que coleciona. “Acho que a gente vê tanta coisa, que no final gosto da minha casa mais mutante, com jeito ‘em casa’ de ser, sabe?”. A cama Patente, herança da avó, instalada no quarto de Francisco, é outra peça que ressalta essa estética despretensiosa. “É um produto lindo de design, com DNA brasileiro e que carrega muito da minha história”, aponta.
O quadro bordado que estampa a parede da sala é outro. Feito por uma mestra no Peru, é quase um portal para lembrar a ocasião. Ao redor, os demais foram reposicionados por Marcelo, que, vira e mexe, dá pitacos bem-vindos na morada da amiga. Tudo se renova vez ou outra, o que se repete na parceria da dupla. “O trabalho com ele é assim: você vai se reinventando a todo momento. Apesar de estarmos juntos há tanto tempo, nunca teve monotonia. A nossa dinâmica é legal. Existe muito respeito e uma boa troca”, reflete Adriana.
Talvez essa capacidade de se atualizar e buscar sempre a afetividade, mesmo nos mais frios dos materiais, seja a chave para que essa parceria – se depender do talento e afago de ambos – dure mais outras décadas.