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Fábrica de criatividade e exagero

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  (Foto: Randy Harris/The New York Times)

No número 135 da rua Plymouth, no Brooklyn, existe uma imensa fábrica do século 19 que tem uma vista privilegiada de um dos cartões postais de Nova York: a Manhattan Bridge. O lugar, que já foi a maior fábrica do mundo e produziu munição para Segunda Guerra Mundial, sofreu uma enorme transformação nos anos 1980. A partir dessa data, o prédio comercial se tornou o lar de moradores nada comuns.

Os mais de 55 mil metros quadrados do local foram ocupados por artistas, músicos e toda espécie de gente criativa que transformou, com as próprias mãos, os antigos galpões manufatureiros em lofts mais que habitáveis. As residências foram lotadas de arte e design handmade. Túneis, instalações de arte, flores gigantes e palcos musicais são apenas algumas das intervenções criadas por lá, sem contar a própria construção de paredes, troca de piso e revestimentos em geral.

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  (Foto: Randy Harris/The New York Times)

A construção era tão decadente que as únicas coisas possivelmente encontráveis eram espessas camadas de lixo e ratazanas do tamanho de gatos. A transformação causada pelos moradores é quase inacreditável mas, apesar disso, o lugar ainda não alcançou o ideal para a habitação. Tanto que é comum que os corredores sirvam de locação para filmes e videoclipes graças à atmosfera inusitada. Mas para tudo se dá um jeito. Hoje, entre as centenas de moradores do lugar, existem também pessoas menos alternativas, como advogados e engenheiros que fugiram dos altíssimos aluguéis da região e encontraram uma alternativa criativa para morar.

Naturalmente, habitar um edifício comercial – no caso da fábrica, sem condições sanitárias e estruturais para abrigar pessoas – é ilegal. Mas, em Nova York, existe uma lei chamada Loft Law que, desde os anos 1980, ajuda a regulamentar tais moradas irregulares. Os moradores do endereço na Plymouth agora lutam para proteger duas importantes coisas construídas com os próprios braços: as extravagantes moradas, nas quais dispuseram de tempo, dinheiro e dedicação e a comunidade integrada e unida que se criou entre tantas mentes criativas.

  (Foto: Randy Harris/The New York Times)

 

  (Foto: Randy Harris/The New York Times)

 

  (Foto: Randy Harris/The New York Times)

 

  (Foto: Randy Harris/The New York Times)

 

  (Foto: Randy Harris/The New York Times)

 

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  (Foto: Randy Harris/The New York Times)

 

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  (Foto: Randy Harris/The New York Times)

 

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