A Rússia está sob os holofotes da mídia por dois motivos bem diferentes. O primeiro, mais trivial, se dá graças à cidade de Sochi sediar as Olimpíadas de Inverno. Já o segundo, mais polêmico, tem a ver com o fato de que as opiniões no país andam na contracorrente do mundo quando se trata dos direitos dos homossexuais. Em 2013, foi aprovada por lá uma lei que proíbe a “propaganda gay” em ambientes públicos. Ou seja, desde então, se duas pessoas do mesmo sexo demonstrarem afeto em uma praça, por exemplo, elas correm o risco de serem presas.
Em resposta à lei anti-gay e à recente declaração do prefeito de Sochi – de que a cidade não tem nenhum homossexual – o resto do mundo tem tomado partido. Até o Google se manifestou, tingindo seu logo com as sete cores do arco-íris no dia da abertura dos jogos.
Foi então que, mesclando arte e protesto, surgiu o Pride Propaganda. O projeto se apropriou dos clássicos pôsteres do tempo da URSS e os subverteu em propagandas a favor dos direitos LGBT. Em um país onde simplesmente balançar a bandeira gay infringe as leis, as obras mostram pessoas fazendo exatamente isso enquanto marcham contentes a favor dos direitos iguais. Talvez, as cores fortes dessas obras iluminem as ideias retrógradas de alguns políticos russos e façam com que, como diz o ditado, a vida imite a arte.