Nebulosas, constelações e sistemas solares encantam os homens desde épocas muito remotas. A beleza e o mistério do espaço sideral representam dimensões tão grandes que a mente humana mal consegue imaginar. No outro extremo estão as estruturas subatômicas, tão pequenas que são invisíveis a olho nu, mas ao mesmo tempo responsáveis por formar toda a matéria que existe.
Para tentar categorizar esse infinito de dimensões intrigantes, os gregos antigos criaram um sistema neo-platônico que resume tudo em macrocosmos (para escalas referentes à galáxias e buracos negros) e microcosmos (para tamanhos tão pequenos que não se pode ver). No meio, fica o homem, como ponto de referência, representado simplesmente pelo cosmos.
Virando toda essa teoria de ponta-cabeça está o artista Haari Tesla, que resolveu levar o macrocosmos para o microcosmos. Ou seja, com ajuda de uma técnica simples de fotografia e tratamento de imagens chamada tilt shif, ele criou figuras do universo, só que do tamanho de microorganismos. Ao alterar a profundidade de campo, as imagens que na verdade representam as maiores escalas que conhecemos parecem ser ampliações feitas em microscópios superpotentes.
De uma forma ou de outra, duas coisas podem ser afirmadas. A primeira, é que o macrocosmos e o microcosmos continuam sendo os maiores mistérios da ciência. E a outra é que o resultado visual encontrado pelo artista é indiscutivelmente bonito de se ver. Afinal, quem não sonharia em ter uma pequena galáxia para chamar de sua?