Nas grandes metrópoles os prédios não param de ficar cada vez mais altos. Agora junte os cenários urbanos ao olhar precioso de um fotógrafo. Foi o que fez o francês Romain Jacquet-Lagreze ao clicar esses momentos e reunir as imagens no livro Vertical Horizon, 160 páginas. Porque tão lindo quanto olhar para cima e ver um belo céu é ter como moldura arranha-céus de tirar o fôlego.
Quando o artista mudou-se para Hong-Kong o hábito de olhar para o alto começou a ser feito com mais frequência. “Sempre o pratiquei em florestas, mas aqui passei a ver os edifícios por outros ângulos. Aos poucos fui fotografando o que via e isso acabou por se transformar em um projeto”. Romain passou então a explorar muitas áreas da capital chinesa até conseguir imagens de grande parte dos distritos.
Seu olhar sobre uma das cidades mais verticalizadas do mundo foi apelidado, por ele, de corrida arquitetônica para o céu. O trabalho reflete essa visão de competitividade no skyline de Hong Kong, mas também tem o objetivo de estimular a reflexão nas pessoas. “Nossas vidas são como edifícios: começamos de baixo, querendo alcançar o céu, mas para isso é fundamental criarmos bases sólidas”, conta Romain. Além disso, o francês quer chamar a atenção para os detalhes que passam desapercebidos devido à correria do dia-a-dia. Para ele existem muitos horizontes que não levam somente à luz no final do túnel, e o horizonte vertical é apenas um deles – talvez um dos mais belos.