Houve uma geração de artistas que floresceu nos anos 1980 sob a influência da pós-ditadura militar. Dentre eles estava Antônio Malta, integrante do grupo Casa 7 junto a outros nomes como Rodrigo Andrade, Paulo Monteiro, Carlito Carvalhosa, Fábio Miguez e posteriormente, Nuno Ramos. Até o dia 9 de agosto, a Galeria Pilar recebe as obras recentes do pintor para uma exposição individual.
A mostra reúne peças criadas entre 2011 e 2013. Munidas de uma profusão de formas, elas evidenciam como a abstração é apenas o pano de fundo para uma construção que está intrinsecamente ligada a conceitos figurativos.
De acordo com Malta, sua produção se fundamenta no próprio processo criativo vivido no ateliê, tendo como elementos mais importantes os vestígios de formas e pedaços de corpos. A construção de cada obra guia o resultado final. A escolha de cores e soluções encontradas para a representação são os verdadeiros instrumentos do artista, que lança mão da imprevisibilidade e subjetividade na busca do equilíbrio.
“O resultado final parece sugerir uma narrativa: personagens solitários numa paisagem mínima, olhando diretamente para o vazio ou para nós, como se fossem heróis perdidos”, resume a crítica argentina Gabriela Salgado, curadora da mostra Pangaea: New Art From Africa And Latin America, na Saatchi Gallery, em Londres, onde o artista é um dos destaques.
Individual de Antônio Malta
Data: até 9 de agosto
Local: Galeria Pilar
Endereço: Rua Barão de Tatuí, 389, Santa Cecília, São Paulo
Horário: de terça a sexta, das 11 hs às 19 hs; sábados, das 11 hs às 17 hs
