Para este casal de colecionadores de arte em Manhattan, Nova York, a hora de escolher um designer para fazer o projeto de interiores da sua nova cobertura não foi uma tarefa difícil, quando se tem o nome do arquiteto Christopher Coleman. Afinal, o designer já havia feito o projeto de um casal amigo, também colecionador arte como eles, vizinhos no mesmo edifício. Admiradores da maneira como Christopher integrou as peças de arte e as usou como inspiração, o casal o convidou para fazer o projeto. Se para os amigos o toque era a cor ousada, nesse projeto a dica do tom veio das linhas e ângulos retos da coleção do casal, forte em peças abstratas e geométricas. Logo, por todos os ambientes, círculos, quadrados e retângulos se fazem presente. E variados tons de cinza dão um clima elegante como pano de fundo para as esculturas e quadros.
Começando pelo hall de entrada, um tapete customizado em esquema geométrico multicor coordenando com o esquema cromático da arte na parede. Acima a luminária Recycled Tube Light, da Castor, dá um clima retro-alternativo e indica a entrada num ambiente de criatividade sofisticada. No living principal, o sofá feito sob encomenda segue o tema do apartamento, com também uma base neutra cinza e almofadas com padrão gráfico forte em tons de cinza, preto e branco. Uma day-bed Havana, de Paul Matthieu, e uma cadeira Lafayette, da Gary Hutton Design, (em vermelho escuro) completam o esquema. As mesas de centro, da Usona, as de canto, Black Ice, de Timothy Schreiber, juntamente com o aparador Onda, da Etel, e desenhado por Arthur Casas, conferem ao ambiente um contraste de formas orgânicas.
Na sala de jantar, um esquema tonal neutro ressalta a transparência lúdica da escultura e do quadro. Os materiais aqui usados dão ao ambiente um discreto brilho e textura: nas cadeiras revestidas em tecido selecionado da Jab Anstoetz Fabrics, e no piso com tapete da Taiping. Como iluminação, a peça Branching Chandelier, por Lindsey Adelman Studio.
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No living íntimo é onde o conceito do designer para o projeto é melhor expressado. O ambiente aberto para a cozinha é ancorado na bancada monolítica vermelho escuro da Eggersman. No mesmo tom de vermelho, o espetacular teto laqueado e o tapete da Kasthall. No sofá, feito pela Design Lush, é onde mais uma vez se nota presença da geometria com os gomos retangulares - tecido da Designers Guild com uma sutil textura metálica. E no centro, a mesa “Sizzle 3-pod” do icônico designer Wendell Castle não deixa nada a desejar à arte a sua volta. Na sala de televisão, que também faz as vezes de quarto de hóspede, o cinza e vermelho escuro continuam, mas agora acrescido do preto, num sofá-cama Cosmo, da DDC.
Na suíte principal, cinzas mais claros e beges criam um clima acolhedor e tranqüilo. Já no quarto das crianças, a brincadeira de cor e formas continua, dando um toque juvenil e descontraído.