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#rolêartsyrj

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  (Foto: divulgação)

Já tem programa para o fim de semana? Que tal ignorar a praia ( #sóhoje) e mergulhar em um roteiro artsy? Os bairros da vez são o Jardim Botânico e Botafogo – cada vez mais charmosos. Como a safra artsy não anda lá essas coisas (as melhores mostras estão sendo guardadas para Setembro, quando acontece a Art Rio), não resisti e desta vez resolvi incluir um pouco de moda, design e bastante gastronomia entre obras de arte que vale ver. Não são lugares necessariamente novos, mas espaços que sempre vale visitar! 

  (Foto: Cristiano Mascaro)

Acorde cedo porque o dia vai ser longo! Comece pelo próprio Jardim Botânico. Turístico? Sim. Mas é delicioso ( não há como negar) dar uma voltinha pelas palmeiras-imperiais e tomar o café da manhã no La bicyclette: amo os pães artesanais e o bolo de tapioca com doce de leite (!). De lá, caminhe até a Lopes Quintas e visite o “La em cima”, novo espaço no segundo andar de uma das multimarcas mais bacanas da cidade, a Dona Coisa. O projeto de decoração é do Estudio Manus, que ganhou, ainda, um corner na loja para vender suas peças – lá, eles garantem, você pode comprar criações feitas exclusivamente para o público carioca. Para os amantes de gastronomia, o “La em cima” também vende geléias e cervejas artesanais feitas pelo restaurante Aprazível e garrafas de vinho da Era dos Ventos (rótulo queridinho de Alex Atala e Roberta Sudbrack). Se você curte arranjos de flor, compre um mimo da Fernanda Fehring Flores. O espaço abriga, ainda, a primeira loja da Cosac Naify. Delícia, ne?

  (Foto: Beta Germano)
   (Foto: Beta Germano)
 (Foto: Beta Germano)
  (Foto: Beta Germano)

 

Na mesma rua, vale conhecer a Casa Soma, onde funciona um co-working de moda e design. Lá são organizados eventos animados como o +Brechó, que reúne peças dos brechós mais legais da cidade em um local só...O próximo deverá ter participação de olheiros de roupas vintage de São Paulo e será no início de Agosto, mas se a curiosidade bater forte, vale passar na OS/ON já neste fim de semana: uma multimarca bem da bacaninha que fica dentro da Casa Soma que vende pequenas marcas cariocas e paulistas como  Mocha, Pyramid, Benta Studio, Krya, Wymann, Flow, Limonada. A idealizadora da marca é Marina Azevedo que resolveu fazer a campanha da loja no destino mais artsy do momento: Marfa!

Deu fome? Ali na própria Lopes Quintas a dica é a Casa Carandaí  - um mix de misto de bistrô, delicatessen e padaria comandado por João Luiz Garcia (a.k.a. Janjão), ex- Garcia e Rodrigues. Além de um almoço gostoso, lá é possível arrematar uma goiabada ou mangada de Ponte Nova, queijos da Serra da Canastra e azeites trufados deliciosos. Outra opção é descer um quarteirão e almoçar no restaurante Volta, onde os sócios da casa de tapas ¡Venga! investem em clássicos caseiros, como arroz de forno, picadinho, salpicão e ovos recheados. O décor é assinado por Chicô Gouveia e a iluminação é do Maneco Quinderé, que fez luminárias feitas com panelinhas, pratos e  canecas de ágata. O resultado é um espaço aconchegante e charmoso no ponto certo. De lá, também dá para sair com uma sacolinha: minha dica é o licor de lichia.

  (Foto: Larissa Lax)
  (Foto: Larissa Lax)
  (Foto: Larissa Lax)
  (Foto: Demian Jacob)
  (Foto: Demian Jacob)

 

Ok. Agora é hora de começar a ver arte! Vá a pé para o Parque Lage para conferir uma parte da exposição Artevida, curada por Adriano Pedrosa e Rodrigo Moura. Na piscina do antigo casarão (berço da revolução cultural promovida pela Geração 80), um cubo de vinil vermelho suspenso se destaca na paisagem tropical e gera curiosidade dos visitantes e estudantes. Trata-se de Red Cube, da japonesa Tsuruko Yamazaki, e é uma das quase 300 obras espalhadas pelo Rio de Janeiro que compõem a mostra que busca, com o próprio nome diz, uma relação entre “arte e vida” e, mais do que isso, um diálogo (consciente ou não) entre trabalhos de artistas do Brasil e de outros 24 países do chamado “sul político”, entre os anos 1950 e 1980.  Ainda no parque, confira obra de Georges Adéagbo e Martha Araújo e tente passar (outro dia!) na Casa França Brasil e MAM para ver o resto da mostra. Nesses espaços as relações ficaram ainda mais claras: se os embates entre corpo, participação do público e geometria propostos pelos nossos neoconcretos influenciaram o mundo inteiro (Yamazaki, por exemplo, fez parte do Gutai, grupo japonês que também criou experiências plásticas em busca do rompimento com a natureza estática da pintura buscando o movimento do corpo), as discussões políticas abraçadas pela sociedade criativa daqui também podem ser vistas no portfólio de artistas da África, Ásia, do Oriente Médio e das Américas. 

A próxima parada é a Casa Daros que apresenta, até dia 10 de Agosto, 23 obras da brasileira Vânia Mignone e do cubano René Francisco, dando continuidade à temporada de pinturas do centro cultural mais chic da cidade. Vânia Mignone + René Francisco Rodríguez – Pinturas, com curadoria de Hans-Michael Herzog,  destaca pinturas mais gráficas, com o uso de palavras. Os trabalhos de René Francisco são irônicos e remetem à propaganda cubana, dentro do realismo socialista. Já os de Vânia Mignone, que também usam conceitos de imagens da publicidade, abordam o universo feminino, “em uma variação mais poética”, de acordo com o curador. Para quem não conhece, o instituto suíço com um extenso acervo de arte contemporânea da América Latina abriu as portas ano passado em um prédio do  séc XIX em Botafogo depois de 6 anos de restauro. De lá para cá, só montagens de tirar o chapéu. É o típico lugar que você pode visitar sempre que passar pela cidade, sem nem entrar no site para saber a exposição em cartaz. Passeio delicioso e cultura na cabeça - always!

Ainda tem fôlego? Ainda em Botafogo, visite o Comuna, o centro criativo hipster do Rio que bomba desde 2001, para um pouco de nightlife e mais compras (!). No bar, o melhor hambúrguer da cidade. Na galeria, a Casa Mata, performances e pequenas individuais de jovens artistas cariocas. Na lojinha, a Sala de Estar, peças de 29 pequenas (não menos bacanas) marcas feitos por e para meninos e meninas do Rio.

Se preferir algo mais easy going, minha sugestão é voltar ao JB e jantar na cevicheria La Carioca. A comida é deliciosa, o preço é justo e os donos são simpaticíssimos. Meu pedido sempre envolve o pastel de siri com molhos peruanos ou os tentáculos de polvo crocante, sobre salada de batata, com quinua crocante! Para beber, Pisco Sour ou a cerveja feita pela casa...a gente merece!

  (Foto: Beta Germano)
  (Foto: Beta Germano)
  (Foto: Beta Germano)
  (Foto: Beta Germano)
  (Foto: Beta Germano)
  (Foto: divulgação)
  (Foto: divulgação)
  (Foto: Beta Germano)
  (Foto: Beta Germano)
  (Foto: divulgação)
  (Foto: divulgação)

 

 


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