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Elegância e volumetria cruas

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  (Foto: Chan)

O projeto do escritório Metroquadrado em Joinville, SC, poderia ser descrito por muitos vieses, mas um deles chama atenção: a crueza dos materiais. Se do lado de fora o concreto dialoga com o aço corten, no interior da casa o cinza do material é validado pela madeira. Para deixar a volumetria mais interessante, as esquadrias das janelas foram recuadas. Tais peças foram pintadas de preto. Embora a construção seja bonita vista da rua, é a parte posterior que causa surpresa. Lá os volumes se relacionam com equilíbrio e leveza, integrando-se com um deck de madeira e com a piscina de azulejo de vidro azul.

O desenho do projeto em si surgiu a partir das características do terreno, bastante acidentado. A insolação também foi levada em conta, em relação à disposição dos ambientes na planta. O acesso fica no ponto mais alto, num nível um pouco rebaixado em relação à altura da rua. A frente da casa é muito discreta – são grandes volumetrias com poucas aberturas. A área de serviços fica próxima à entrada. Por sua vez, as áreas íntimas, de lazer e convivência se voltam para os fundos do terreno. A vista destes cômodos não poderia ser melhor: trata-se de uma área de preservação.

A sala de estar – que tem pé-direito duplo – é integrada à sala de jantar, ao espaço gourmet e à cozinha. Há muita fluidez entre os espaços da ala comum. As esquadrias desses ambientes são grandes planos de vidro formados por portas de correr. Toda ventilação é cruzada. Os revestimentos simples e o paisagismo seco nos remetem aos ares desérticos da arquitetura modernista californiana dos anos 50 e 60. Mas, de forma inesperada, basta entrar na casa para estarmos inseridos numa atmosfera totalmente tropical e contemporânea, com vista para a mata brasileira.

O uso de concreto na garagem foi estratégia estrutural. O objetivo era vencer o vão e conseguir uma espessura esbelta. O mesmo aconteceu na sala de estar. Como a proposta era um espaço livre de modismos optou-se por deixar o concreto da laje aparente. “Para nós estava claro que neste ambiente não poderia haver gesso ou qualquer outro forro”, disse um dos arquitetos. Já o aço corten foi empregado por razões simbólicas. O material reveste o volume que encapsula a circulação vertical da residência. Além disso, com o tempo o aço tende a modificar suas tonalidades, o que dará dinâmica visual ao lar.

  (Foto: Chan)

 

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