Paredes com ângulos inclinados, grandes esquadrias de vidro e ampla integração com a natureza são as marcas da Casa Nó. Tudo isso sem perder a privacidade e belas vistas para a praia na ilha de Geoje , na Coréia do Sul. Mas não espere uma mansão.
A boa arquitetura ajudou o Atelier Chang, de Londres, a conjugar todas as qualidades em uma construção pequena. A propriedade é, na verdade, um conjunto de cinco moradas construídas um terreno estreito e inclinado. Somam juntas apenas 403 m².
As casas se acomodam lado a lado no terreno e foram rotacionadas 40° na direção do oceano. Além de garantir que ninguém veja o que está acontecendo na morada abaixo, a estratégia cria uma composição dinâmica e uma interessante perspectiva para quem transita na calçada. Uma linha de pinheiros à beira do barranco filtra o sol, impedindo-o de incidir com força nas vidraças.
O formato anguloso das casas é resultado de uma tentativa dos arquitetos de "criar um nó" no terreno longo e estreito. Assim, conseguiriam uma conexão sem fronteiras entre a paisagem e o interior.
"Precisamos parar de fazer separação entre a construção e o solo. Em vez disso, imagine uma superfície que se origina da paisagem, a qual finalmente forma um nó para criar um abrigo", escreveram os arquitetos. "A paisagem selvagem inunda o terraço, cria padrões no jardim de ervas e gradualmente alcança o interior de uma maneira sem costura", acrescenta.
As casas foram criadas para a empresa de aluguel de temporada House of Mind. Por isso, possuem especial cuidado com a diversão. A construção mais alta do conjunto sedia um clube, com restaurante e uma piscina de borda infinita. Cada residência também possui um jardim de ervas, que convida a cultivar o próprio chá, e uma banheira de madeira, para relaxar olhando o oceano.