Criadas nos anos 1970, as casas pré-fabricadas dos subúrbios da Suécia não mudaram muito nas últimas quatro décadas. Agora elas ganharam um inimigo: o arquiteto Tommy Carlsson. O profissional decidiu criar a Happycheap House, uma nova versão das moradas, com estética contemporânea e uso ousado de materiais.
Ele tirou a ideia do papel e construiu um protótipo de 110 m² com módulos pré-fabricados de madeira compensada. O material é abundante e fácil de fabricar — especialmente na Suécia.
Na opinião de Carlsson, o projeto lança vários questionamentos. "Como viveremos no futuro, o que precisamos ter ao redor dentro do mundo doméstico e quão grande nossas casas precisam ser", enumera o arquiteto.
A ideia é que as fachadas sejam revestidas com diferentes materiais, ao gosto do morador. Para o exterior desse projeto específico, o arquiteto escolheu aço galvanizado corrugado. O material brilhante e incomum combina bem com o formato da construção, semelhante a um cubo cujas bordas foram aparadas em formatos angulosos.
Essa volumetria ajuda no funcionamento da casa: a inclinação do teto garante que a chuva e a neve não sobrecarreguem a estrutura; o corte em uma das pontas cria uma proteção para a porta de entrada. Também reflete o interior, cujos cômodos têm planta angulosa.
Dentro da morada, pisos e divisórias são feitos com madeira compensada — mesmo material que reveste o pórtico. O corredor de entrada é dominado por uma escadaria de 7,5 m, que leva ao primeiro piso. Quem segue no térreo chega a uma cozinha integrada à copa. Se subir, o visitante passará à sala de estar, lado a lado com dois quartos. Uma porta grande une ou separa os dormitórios do ambiente de convívio.