A Sliver House, em Londres, abriga uma família em seus interiores minimalistas ocultos atrás de uma fachada discreta. Parece o descritivo de uma construção bastante simples. Mas projetá-la exigiu bom jogo de cintura dos arquitetos do escritório Boyarsky Murphy Architects.
A morada espreme-se entre duas enormes casas vitorianas em um lote com apenas 3 m de frente. A área tem 11 m de comprimento e 7,5 m de largura nos fundos. Como o nome indica, o espaço é pequeno. A arquitetura, no entanto, garante ambientes agradáveis para a família.
"O terreno havia funcionado como estábulo para um vendedor de vinhos da época vitoriana", contam os arquitetos. "Ficou abandonado por décadas porque não havia maneiras óbvias de construir", acrescenta.
O ponto de partida do projeto foi criar uma construção que recebesse o máximo de luz possível, enquanto ainda retinha a privacidade em relação às múltiplas janelas ao redor. Para isso, a morada volta-se para o quintal. Próxima à rua fica apenas uma discreta fachada de material translúcido.
No porão da casa localizam-se cozinha, sala de jantar e uma sala íntima. Os ambientes têm clarabóias que recebem a luz do sol. Já o piso superior abriga o jardim e a sala de estar. Os próximos dois níveis, mais estreitos, abrigam três quartos.
Para receber mais luz, cada andar tem uma planta diferente. Do exterior, os andares parecem empilhados de forma solta, quase aleatória. O contraste com a aparência severa e antiga das construções ao redor traz um toque de bom humor ao velho bairro.
