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Café Royal, o retorno, por Chipperfield

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  (Foto: divulgação)

Um ícone volta ao centro das atenções como hot spot na capital inglesa. O Café Royal, antigo e glamouroso restaurante frequentado, ao longo de seus 150 anos de história, por intelectuais, políticos e celebridades, como Oscar Wilde, George Bernard Shaw, Virginia Woolf, Cary Grant, Elizabeth Taylor, Winston Churchill e Muhammad Ali, reabriu as portas como um badalado hotel contemporâneo. No número 68 da Regent Street, com o bairro de Mayfair a oeste e Piccadilly Circus a poucos passos, a construção foi adquirida por Alfred e Georgi Akirov, pai e filho, empresários por trás do novo grupo de lifestyle hotels The Set. Foi restaurada nos últimos quatro anos pelo escritório de arquitetura do consagrado britânico David Chipperfield, cujos trabalhos mais recentes incluem a curadoria da Bienal de Arquitetura de Veneza no ano passado, a flagship store da grife Valentino em Milão e a renovação do Neues Museum de Berlim.

O resultado nos interiores é um mix do novo e do antigo: o décor do século 21 e a suntuosidade preservada dos grandes salões históricos das décadas de 1860 e 1920, recuperada em parceria com a Donald Insall Associates. O lendário The Grill Room, estabelecido em 1875, foi remodelado como um lounge de champanhe e caviar. No espaço para até 60 pessoas, peças de mobília contemporânea se misturam à atmosfera do passado, em evidência no teto e nas paredes ornamentados no estilo Luís XVI. Foi lá que Oscar Wilde se apaixonou pelo lord Alfred Douglas, e Mick Jagger e os Beatles dançavam noite adentro. O traje recomendado para os boêmios de hoje: saltos altos e vestidos e blazers assinados.

  (Foto: divulgação)

Nas 159 acomodações – incluindo seis Historic Suites, de 81 a 212 m² –, há pisos de carvalho, móveis de linhas retas e portas com detalhes de cobre. Cores neutras se misturam ao verde-pistache, amarelo e rosa nos acessórios e estofados, que aquecem os ambientes. Os banheiros são de mármore de Carrara, e o serviço, superexclusivo, com mordomo atento aos mínimos desejos.

O novo Café Royal compreende, ainda, um club restrito a membros, o restaurante Domino Room, de alta gastronomia em espaço com molduras clássicas, o Ten Room, do tipo brasserie britânica moderna, e o Café 1865, inspirado na era dourada do antigo Café Royal e point para saborear bolos e strudels. Um spa holístico de 1.200 m² inclui uma piscina de 18 m e hammam (banho turco). No bar, paredes de azulejos verde-esmeralda, poltronas de couro verde-escuro e mesas de mármore preto fazem contraponto ao balcão arredondado. E surpresa: o carro-chefe da carta é a bebida favorita da high society do passado – o absinto, servido como no ritual tradicional, com uma fonte, ou em drinques ultracriativos, pensados para os clientes de um Café Royal reinventado.

* Matéria publicada em Casa Vogue #335 (assinantes têm acesso à edição digital da revista)

  (Foto: divulgação)

 

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