Quando um casal de empresários na faixa dos 40 anos adquiriu e reformou um apartamento de dois andares na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, os bons resultados do projeto mostraram que o local pedia uma decoração especial. Aproveitando o momento de obras, contrataram as arquitetas Cristina e Laura Bezamat para criar um ambiente aconchegante e sofisticado onde pudessem morar.
Depois de doze meses, quando o imóvel foi entregue, encontraram uma morada elegante, construída a partir de cores neutras pontuadas com tons de chocolate. Logo na entrada, a sala de estar já impressiona com seu pé-direito duplo. De um lado, uma parede com baixo relevo geométrico adiciona charme moderno ao espaço, enquanto do outro, uma estante ocupa toda a altura do cômodo, tornando-o ainda ainda mais imponente. Ali e no restante da área social, o décor faz um interessante mix entre a leveza do branco, presente em todas as paredes, no piso de mármore e em alguns dos móveis, e a textura dos materiais naturais, como no tapete de fibras e nas poltronas de madeira – mesmo material que dá vida a um enorme painel iluminado.
Como os proprietários desejavam passar bons momentos na cozinha, o espaço acabou incorporando a copa e ganhando uma ilha central com cooktop e área de refeições. Para valorizar ainda mais a amplitude, uma porta de correr de 2 m² foi aberta para interligar o cômodo à sala de jantar.
O apartamento de 350 m² possuía originalmente cinco suítes. Como o casal tem apenas um menino e uma menina, duas delas foram desfeitas e transformadas em brinquedoteca e escritório. Os dormitórios restantes ganharam atenção individual. A suíte máster, para propiciar relaxamento, exibe tons claros e uma acolhedora parede de madeira. Já os quartos infantis foram decorados com tons de rosa e lilás, no caso da filha mais nova, e com acabamento de cimento nas paredes e nuances de azul e jeans, no espaço do mais velho.
Passeando pela residência, seja no living do piso inferior ou na sala de apoio do superior – que, inclusive, tem vista para a o ambiente de baixo – fica evidente que o requinte nacional foi privilegiado. A mobília de linhas retas e atemporais foi toda assinada por designers brasileiros. O destaque fica por conta das peças de Maria Cândida Machado – como o sofá, a mesa de centro e as poltronas (todas para a Interni) e de Jader Almeida, a exemplo do banco Matriz, da mesa de jantar e das cadeiras Anna (Arquivo Contemporâneo).