Mais que simplesmente utilitários, alguns objetos alcançam o status de arte e tornam qualquer decoração única. A convite de Casa Vogue, arquitetos elegeram seus favoritos. Veja abaixo e escolha você também o seu!
Bel Lobo, arquiteta
“A poltrona Adriana foi paixão à primeira vista! Quando a conheci, fiquei fascinada com seu desenho leve, feminino e supercool! É incrível como ela é contemporânea e retrô ao mesmo tempo. Além disso, carrega uma história emocionante: estava esquecida havia anos na garagem da casa de seu criador, o designer Jorge Zalszupin, quando foi encontrada por sua filha. Restaurada, a peça encantou tanto a neta do designer que ele decidiu batizá-la com o nome da moça, Adriana.”
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René Fernandes Filho, arquiteto
“Tudo que foi desenhado ou concebido pelo designer e arquiteto Josef Hoffmann me agrada e me fascina. Melhor ainda é descobrir a data das suas criações e o que elas representaram na história do design e da arquitetura. Esses utilitários de 1912, por exemplo, revelam sua originalidade na estampa com linhas verticais e horizontais, elas dão elegância e sofisticação à superfície de vidro fosco”.
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Zezinho e Turíbio Santos, arquitetos
“Num primeiro momento, a Table Gun parece apenas um abajur irreverente. Gostamos de irreverência, claro, mas a peça vai além – ela faz parte da coleção Guns, um manifesto pessoal de Philippe Starck contra a violência. O revólver aponta para a cúpula negra e, em seu interior, pequenas cruzes douradas representam pessoas que podem ter sido feridas por armas. O acabamento em ouro 18 K representa o dinheiro por trás da indústria bélica”.
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Guilherme Torres, arquiteto
“Me encanta o fato de um móvel quase centenário manter-se tão atual. Fico imaginando o quão transgressora esta poltrona de tubos de aço e tiras de couro devia parecer quando foi criada. A ideia, no entanto, era propor mobiliário acessível, viável para a produção em massa. A Wassily foi a primeira peça de design que comprei e ela me acompanha há décadas”.
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Carico (Carlos Alexandre Dumont), arquiteto
“Gosto muito dos objetos decorativos de vidro desenhados pelo tcheco Borek Sipek. Eles encantam pelas cores e seu aspecto criativo e inovador. Cada um tem individualmente os seus atrativos, mas, acho mais interessante usá-los em conjunto, como uma coleção colorida, que pode ficar exposta num aparador, por exemplo. O efeito do grupo é surpreendente”.
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Suite, arquitetos (Carolina Mauro, Daniela Frugiuele e Filipe Troncon)
“Nada como ter um item que foge do comum para compor uma ambientação original. É o caso da cadeira Toga, criada pela designer Reut Rosenberg. Ela seduz por sua leveza e seus elementos contrastantes: a estrutura de madeira, mais rígida, e o PVC moldado, que parece um tecido jogado sobre a peça. É uma verdadeira obra de arte, discreta e ousada ao mesmo tempo, e superelegante”.
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Henrique Steyer, arquiteto
“O sofá Hippopotamus, assinado pelo mestre espanhol Máximo Riera, é uma cópia perfeita do animal, exceto pela escala. Ele não apenas chama a atenção por sua originalidade e realismo – a pele, por exemplo, é muito fiel –, mas me agrada especialmente por refletir a coragem do designer para propor algo tão inusitado. Definitivamente, o mundo precisa de mais iniciativas como essa.”
* Matéria publicada em Casa Vogue #349 (assinantes têm acesso à edição digital da revista)