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Os melhores points de Copenhague

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Lazer Viagem Copenhague (Foto: Line T. Klein)

O povo mais feliz do planeta. Assim foram eleitos os dinamarqueses no ano passado, segundo o Relatório Mundial de Felicidade da ONU. E a capital, Copenhague, figura no topo das “melhores cidades para se viver no mundo”, de acordo com a revista Monocle. Por aqui, todos amam o sol e, quando ele sai, até mesmo no inverno, os hipsters vestem seu suéter e se acomodam ao ar livre – por isso, quase todos os cafés têm mesas a céu aberto e uma cesta cheia de cobertores ao lado. No inverno, nada de depressão: hygge (pronuncia-se “ruga”), que pode ser traduzido como “aconchego”, é um conceito extremamente dinamarquês. Ou seja, apagamos as luzes não para economizar na conta, mas para criar uma sensação calorosa auxiliada pela presença de (muitas) velas, suéteres, meias de tricô, chocolate quente e conversas sobre a vida e o amor.

Se a reputação no mobiliário e na moda já está estabelecida e a cena gastronômica é vibrante (marcada pelo ousado movimento New Nordic, ancorado pelo Noma, restaurante nº 1 no ranking The World’s 50 Best Restaurants), esta “cidade de torres” – são mais de 500 – também produziu alguns dos arquitetos mais criativos do século passado, de Arne Jacobsen e Jørn Utzon a outros contemporâneos, como Bjarke Ingels. Reino mais antigo da Europa e lar do escritor Hans Christian Andersen, a Dinamarca costuma ser vendida como um “país de conto de fadas” e os personagens desta fábula valorizam a igualdade, a individualidade e a democracia. Não à toa, orgulham-se de viver no país do primeiro casamento gay e que é comandado tanto por uma rainha, Margrethe II, quanto por uma primeira-ministra, Helle Thorning-Schmidt.

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Lazer Viagem Copenhague (Foto: Line T. Klein)

Aqui, mais da metade dos moradores (55%) se locomove em duas rodas! Seguindo esta tendência, embarque na Cycle Snake – a mais nova ciclovia da cidade, que serpenteia o porto – e vá direto à Baisikeli, misto de loja e café onde é possível alugar ou comprar sua própria bike, criada na África com peças reaproveitadas. Se quiser uma versão exclusiva e feita à mão, a pequena Cykelmageren deve estar no topo do seu roteiro.

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Strøget é o principal calçadão para pedestres, que vai da prefeitura, ao sul, até Kongens Nytorv (Nova Praça do Rei), ao norte. A ponta norte desta artéria é mais refinada, com lojas como Gucci, Lanvin e Max Mara. Na rua de cima, København, no bairro conhecido como Grønnegade-kvarteret – ficam as concept stores descoladas Wood Wood, Storm e Holly Golightly. Para o almoço, faça como os locais: compre um lanche e vá saboreá-lo no coração verde de Copenhague – criado no século 17, o Kongens Have (Jardim do Rei), ainda tem preservados seus pavilhões, lago e floreiras, além do charmoso castelo Rosenborg, que guarda as joias da coroa atrás de portas espessas de ferro. Outra boa ideia gourmet é o Atelier September, famoso por seu sanduíche de abacate no pão de centeio. Se a ideia for gastar um pouco mais, vá ao Geist, novo estabelecimento do chef-celebridade Bo Bech.

Lazer Viagem Copenhague (Foto: Line T. Klein)

Em Nyhavn é fácil se distrair com as casas coloridas e o clima agitado, mas se quiser agir como os locais, evite a distração e vá ao The Standard para tomar um drink curtindo a vista. No caminho, não deixe de passar no Studio Oliver Gustav, pequena butique que oferece peças de designers e artistas como Rick Owens e Louise Bourgeois. Para compras mais acessíveis, volte à rua principal e visite a Hay House, que oferece objetos de décor divertidos e provocantes. Outra opção é a pequena butique Stilleben, dos ceramistas Ditte Reckweg e Jelena Schou Nordentoft, com tecidos, cerâmicas, gravuras e acessórios de artesãos dinamarqueses como Helena Rohner, Ditte Fischer, Made a Mano e Kæhler. Ou vá direto para a Illums Bolighus – paraíso do design com três andares, com tudo o que há de melhor no mundo para a vida contemporânea. Se quiser um gostinho de conto de fadas, dirija-se ao vizinho e super fun Royal Café, com azulejos coloridos, mesas altas e retratos irreverentes de reis, rainhas e nobres. Cruze a ponte até Christianshavn, parte da cidade rodeada por água – e, por isso, apelidada de “a ilha” –, para esbarrar em figuras que moram em barcos e visitar antigos armazéns que dão ao lugar uma atmosfera com sabor de passado. Lá, experimente o verdadeiro “danish” (doce folhado típico) na confeitaria Lagkagehuset e aproveite para ir à vizinha The Apartment, um universo único onde arte e móveis assinados – pense em Michael Anastassiades, Muller Van Severen e McCollin Bryan – são expostos como em um apartamento, em um predinho antigo supercharmoso.

Se você quiser mesmo estar por dentro do movimento gastronômico nórdico, tome a direção oposta e vá ao inaugurado No.2, do chef Søren Selin, com vista arquitetônica para o Den Sorte Diamant (Diamante Negro), extensão à beira-mar da Det Kongelige Bibliotek (Biblioteca Real), projetado por Schmidt Hammer Lassen Architects. Não quer gastar muito? Opte por um lanche em uma das barraquinhas do Copenhagen Street Food, localizado em Papirøen (Ilha do Papel), uma antiga área de armazenamento de papel e tome um mocha no recém-aberto café Den Plettede Gris, do designer Henrik Vibskov. Para uma atmosfera parecida, visite Torvehallerne, do outro lado da cidade, o mais novo (e maior) mercado de Copenhague. Ainda está com fome? Não deixe de fazer uma refeição no Höst, com decoração assinada pela empresa dinamarquesa Norm Architects, que combina minimalismo chic ao tradicional aconchego escandinavo.

Lazer Viagem Copenhague (Foto: Line T. Klein)

Em Vesterbro – região que tinha má reputação pela prostituição, mas que, nos últimos anos, foi tomada pelos trendsetters –, estão a loja de design Danskmadeforrooms e a Dora, que vende objetos de decoração com toque scandinavo. Na pequena Værnedamsvej, também conhecida como “a rua da comida”, procure pelo Granola, simplesmente o melhor lugar para comer ovos quentes. Reserve o único quarto do Central Hotel & Café, o menor hotel do mundo, localizado em cima do menor café do mundo. Mas que quarto! E que xícara de café! Um delicioso cappuccino também pode ser encontrado no Radisson Blu Hotel – templo do bom design dinamarquês. Projetado no final dos anos 1950 pelo arquiteto e designer Arne Jacobsen, tem uma fachada que é ponto turístico, e as famosas cadeiras Swan e Egg no lobby. Programe-se: somente um quarto, o 606, foi mantido com a decoração original.

Apesar do inglês fluente da maior parte dos dinamarqueses, pode ser que eles não respondam com profundidade à pergunta “como vai você”, mas apontarão com prazer onde fica o bar, a praia ou a bicicleta disponível mais próxima.

* Matéria publicada em Casa Vogue #349 (assinantes têm acesso à edição digital da revista)

Lazer Viagem Copenhague (Foto: Line T. Klein)

 

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