Um hotel de luxo chamado The Thief, ou “O ladrão” em português, certamente pode causar estranhamento. Porém, há uma boa razão por trás do nome curioso. Ele foi construído na antiga ilha Tjuvholmen, na Noruega, reduto de ladrões no século 18. Felizmente agora o lugar ainda atrai muita gente, mas graças às suas diversas opções culturais, já que abriga galerias de arte, restaurantes, um parque de esculturas e o Museu de Arte Moderna Astrup Fearnley, projetado pelo famoso arquiteto italiano Renzo Piano.
Submetido a um grande projeto de reurbanização a partir de 2005, o bairro virou o novo centro cultural de Oslo. E por isso foi escolhido pelo empresário Petter A. Stordalen para a construção do hotel 5 estrelas: “Um empreendimento como esse não começa com um montante de dinheiro. Começa com um sonho. Num lugar que já foi pouco valorizado, surgiu uma 'nova Oslo', com toda sua energia criativa”, diz Petter. Assim, se justifica a homenagem com o nome inusitado, mas o The Thief também usa o conceito de roubar com a melhor das intenções. “São tantas as atrações do hotel que os hóspedes certamente terão seus aborrecimentos e preocupações roubados, sem que eles nem percebam”, dizem os empreendedores.
Só de olhar as fotos e a descrição do espaço fica fácil entender o porquê: instalado junto a um braço de mar da linda paisagem dos fiordes norugueses, o hotel tem 118 quartos decorados com peças de design assinadas por nomes como Tom Dixon, Antonio Citterio e Philippe Starck; além de obras de arte únicas, escolhidas a dedo para cada um dos cômodos pela designer de interiores Anemone Wille Vage e pelo curador Sune Nordgren, ex-diretor do Museu Nacional de Arte da Noruega.
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Para divertir e relaxar os hóspedes, O hotel conta ainda com o restaurante Fru K; diversos bares (incluindo um na cobertura); um spa de 800 m² com piscina, sauna, sala de ginástica, salas de tratamento e o primeiro banho turco da cidade; e também uma incrível galeria de arte pública que exibe nomes como Warhol, Richard Prince e Nate Lowman – e renova seu acervo periodicamente graças a empréstimos do museu que fica logo ao lado (do qual o proprietário do hotel, Petter A. Stordalen é um dos patronos).
O projeto arquitetônico criado pelo arquiteto norueguês Ajas Melby e sua equipe aproveita o que há de melhor na paisagem e os recursos naturais: “Nos dois primeiros andares da construção usamos janelas de vidro que vão do piso ao teto, levando abundância de luz natural para o interior das áreas sociais. As varandas dos quartos e a cobertura do prédio se voltam para a maravilhosa vista dos fiordes”, conta Melby.