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Caminhos da educação

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  (Foto: Perkins Eastman)

Recebi em minha mesa um artigo sobre a escola nova-iorquina Avenues: The World School. Aberta há quase um ano, ela traz um conceito muito atual – mas não diria que inédito nem único, como ela se posiciona. Sua ideia é expandir as fronteiras na educação; é trazer um modo de educar que foge da educação tradicional – que tem as doutrinas religiosas como principais instituições – nem segue as escolas alemãs de uma educação sem regras formais e que leva os alunos a não conseguirem ingressar nas universidades. Sua ideia é ter sedes em diferentes metrópoles mundiais a fim de que seus alunos possam fazer intercâmbios entre elas, mantendo o mesmo período e padrão escolar, mas aprendendo novas culturas e línguas. A ideia é muito boa, tenho de admitir.

Mas o ponto que me chama a atenção é sua edificação, digna desse post. Em pleno Chelsea, NY, um antigo edifício de lofts, de 215 mil m², construído em 1928, em concreto armado, recebeu um belíssimo trabalho de retrofit, planejado pelo Perkins Eastman Architects. Suas janelas foram ampliadas e multiplicadas, assim, praticamente todas as salas de aula têm três delas, o que trouxe maior conforto térmico e iluminação – uma das maiores reclamações nas escolas localizadas no centro da cidade. Vizinho ao High Line – queridinho dos locais – o projeto ainda fez do parque a varanda do refeitório dos alunos com mais de 13 anos, trazendo para a escola a cidade que está ao redor. E, se eles pregam um mundo de fronteiras continuamente desaparecendo, nada como uma arquitetura que mostre isso.

Não esquecido, o design de interiores foi desenvolvido por Bonetti/Kozerski Studio. Uma série de inovações tecnológicas, cuidados com a ergonomia e o design ambiental, trouxeram o antigo edifício para a contemporaneidade. Soluções simples, ambientes multifuncionais e que se requalificam foram amplamente explorados.

Segundo a previsão do The World School, até 2015 São Paulo e Pequim também receberão suas sedes. Espero que também aqui o cuidado com a arquitetura seja exemplo das fronteiras que se diluem.

  (Foto: Perkins Eastman)

 

  (Foto: Perkins Eastman)

 

  (Foto: Perkins Eastman)

 

  


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